sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

"HAITIANOS TERÁ TODO SUPORTE DO GOVERNO FEDERAL BRASILEIRO"


Haitianos deixarão cidade do AC a partir de 2ª
06 de janeiro de 2012  15h18


Com o sinal positivo do governo federal de que dará suporte às ações das autoridades acrianas para resolver os problemas dos 1,2 mil haitianos que estão irregularmente em Brasileia, a tendência é que essas pessoas deixem a cidade mais facilmente. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse que, a partir de segunda-feira, 40 haitianos partirão do município diariamente com todos os documentos regularizados, como vistos de permanência no Brasil, vacinação em dia e Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
Na quarta-feira, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reuniu-se no Palácio do Planalto com os secretários executivos dos ministérios de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes, e da Justiça, Luiz Paulo Ferreira Barreto, para discutir medidas de ajuda ao governo do Acre quanto ao problema de Brasileia e da imigração haitiana. Esses dois ministérios concentrarão a maior parte das ações de ajuda aos imigrantes.
Nilson Mourão afirmou que a maior parte dos haitianos já regularizados deixará o Acre com destino a Rondônia, onde trabalharão em empresas responsáveis pela construção das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio. Outros estão sendo contratados por empresas para trabalhar em Santa Catarina, Cuiabá e São Paulo. "Recebi a informação de que uma grande empresa brasileira está interessada na mão de obra dos haitianos e virá ao Acre para contratar de 200 a 250 deles", disse o secretário. Mourão não divulgou o nome da empresa porque, segundo ele, foi feito até agora apenas um primeiro contato e não há nada oficial ainda.
O governo federal vai ajudar na área de segurança alimentar e com repasse de recursos para concessão de passagens para que eles deixem o Estado, além de fornecer serviços de saúde como vacinação e, especialmente, de detecção de vírus HIV e da hepatite. Nilson Mourão informou que o governo local enviou os kits de diagnóstico de eventuais portadores do vírus de aids. Como a rede pública do município não tem condição de fazer a análise do sangue colhido, o material seguirá para a capital, Rio Branco.
Segundo o secretário, apesar do grande número de imigrantes instaladas em Brasileia, município com 15 mil moradores na área urbana, o número de haitianos que cruzam a fronteira da cidade com o Peru tem reduzido. "Diariamente constatamos que esse número está diminuindo, o que facilitará nossas ações ainda mais com esse sinal verde dado pelo governo federal".
Ao menos 500 haitianos entraram no Brasil por meio de Brasileia, fronteira com a Bolívia, nos últimos dias de 2011 e se somaram aos cerca de 700 que vivem em um alojamento improvisado nesse povoado amazônico. Os imigrantes chegaram em massa em poucos dias diante dos rumores de que o Brasil estuda a possibilidade de restringir o ingresso de haitianos pelas fronteiras amazônicas a partir deste ano, segundo uma fonte do governo do Acre.


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***FRANCIS DE MELLO***

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