Prédio vizinho a edifício que desabou terá obras de reforço.
28 de janeiro de 2012 • 16h36 • atualizado às 18h30
Bombeiros utilizam máscaras para se proteger de gases e da fumaça que saem dos escombros
Foto: /AFP
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Uma vistoria da Defesa Civil municipal do Rio de Janeiro constatou que o edifício Capital, vizinho ao prédio Liberdade, um dos três que desabaram na quarta-feira, terá que ficar interditado até que obras de reforço em três andares sejam feitas.
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Segundo o subsecretário da pasta, Marcio Motta, o trabalho de escoramento na estrutura do prédio deverá começar assim que os trabalhos de busca nos escombros se encerrarem. O serviço será feito no sexto, sétimo e oitavo andar, onde verificou-se deslocamento da escada.
Segundo ele, as buscas ocorrem também nos dutos de ventilação do edifício Capital. Há possibilidade de que corpos tenham sido arremessados no poço do prédio vizinho, já que entulhos entraram pela área de ventilação.
Motta, no entanto, descartou que haja risco de desabamento do edifício, que fica na esquina das avenidas 13 de Maio e Almirante Barroso. "Trata-se de um trabalho de reforço da estrutura, que foi abalada com o desabamento do prédio vizinho", afirmou.
As equipes seguem vistoriando os prédios da avenida 13 de Maio durante a tarde desde sábado. As pessoas estão sendo autorizadas a entrar, aos poucos, nas salas comerciais dos edifícios para que busquem pertences e documentos. A expectativa é que os prédios, com exceção do edifício Capital, tenham o acesso liberado a partir da próxima segunda-feira.
Os desabamentos
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.
Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.
Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.
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***FRANCIS DE MELLO***
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