Desabamento: famílias se dividem entre apreensão e esperança.
Bombeiros resgataram os primeiros corpos na manhã desta quinta-feira
Foto: AP
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Em um misto de apreensão e esperança, familiares de desaparecidos no desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro se concentram no local onde ocorreu o acidente em busca de informações. "Enquanto ele não for encontrado, a gente vai ter esperança", disse o garçom Edilberto Tavares, 43 anos, que procura o irmão Amaro Tavares, que trabalhava no 4º andar da construção de 20.
"Minha mãe falou que ele não dormiu em casa e eu vim para cá", contou o garçom. "É uma situação tensa, todo mundo está muito preocupado. Eu ainda acredito que ele esteja vivo", disse ele, antes de voltar ao prédio da Câmara Municipal, onde os familiares dos desaparecidos aguardam informações.
Ele fez contato com as famílias das pessoas na esperança de obter alguma informação, mas não conseguiu retorno. "Não penso em prejuízo neste momento. Só na vida das pessoas", afirmou.
César Sabará está entre os poucos familiares presentes na área do acidente. Ele é cunhado da vítima Franklin Machado, advogado, que até agora não consta na lista de desaparecidos da Defesa Civil. De acordo com Sabará, Machado estava no 5º andar do prédio, falando com a irmã Eliete por telefone, quando ela ouviu um estrondo e perdeu a linha. Abalada com a tragédia, ela não se dirigiu ao local.
Cinco corpos já foram localizados nos escombros. A primeira vítima, segundo o coronel Sérgio Simões da Defesa Civil do Rio de Janeiro, é um homem com idade entre 45 e 50 anos. Outras duas vítimas também seriam do sexo masculino, uma é mulher e a quinta ainda não teve o sexo divulgado.
As equipes da prefeitura e do Corpo de Bombeiros iniciaram o dia tentando localizar 19 desaparecidos. O acidente deixou cinco feridos sem gravidade, sendo que uma delas já recebeu alta do Hospital Souza Aguiar.
Os três edifícios desabaram no centro por volta das 20h30 de quarta-feira. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção anexa ao Theatro Municipal.
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***FRANCIS DE MELLO***
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