domingo, 30 de setembro de 2012

" BRASIL COMANDADO POR UMA IGREJA? A UNIVERSAL TEM PROJETADO DOMINAR O BRASIL; SEGUNDO O PESQUISADOR JOHNNY BENRNARDO QUE ANALISOU O LIVRO SOBRE POLÍTICAS E INVESTIMENTOS, DO BISPO MACEDO!"




“Igreja Universal quer dominar o Brasil”: pesquisador analisa livro do bispo Edir Macedo sobre política e investimentos feitos pela denominação na mídia.








“Igreja Universal quer dominar o Brasil”: pesquisador analisa livro do bispo Edir Macedo sobre política e investimentos feitos pela denominação na mídia








Em meio às polêmicas envolvendo a campanha à prefeito de São Paulo do candidato Celso Russomano (PRB) e suas ligações políticas com a Igreja Universal do Reino de Deus, o jornalista Johnny Bernardo publicou artigo analisando as ideias do bispo Edir Macedo sobre fé e política, expostas no livro “Plano de Poder – Deus, os Cristãos e a Política”.
De acordo com Bernardo, “o objetivo é claro: A Igreja Universal quer dominar o Brasil”, e para isso, o líder da IURD montou uma estratégia complexa de crescimento e influência na sociedade.
-Para realizar seu intento – de criar uma nação evangélica e “governada” por Deus -, Macedo estabeleceu uma série de estratégias, como eliminação das concorrências, investimento maciço em meios de comunicação, influência da sociedade por meio de campanhas de marketing e defesa de temas polêmicos, a exemplo da legalização do aborto, e a busca do poder pela organização política – afirma o jornalista e pesquisador Johnny Bernardo.
Johnny Bernardo pontua ainda que as estratégias adotadas por Edir Macedo para a implementação do suposto plano de domínio tem semelhanças com iniciativas tomadas em outros países, com resultados negativos: “As estratégias definidas e seguidas por Edir Macedo possuem paralelos com diversos movimentos destrutivos dos EUA e Europa, mas, em especial, com a Igreja da Unificação, fundada em 1954 pelo Rev. Moon (1920–2012). Assim como a IU, a Igreja Universal encara a formação da opinião pública e o recrutamento de seguidores como elementos cruciais para o alcance de seus objetivos”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “A Igreja Universal e seu plano de domínio para o Brasil”, do jornalista Johnny Bernardo, publicado pelo Genizah:
O objetivo é claro: A Igreja Universal quer dominar o Brasil. Pré-definido no livro Plano de Poder, Deus, os cristãos e a política (Edir Macedo com Carlos Oliveira, 2008), o objetivo vem se desenvolvendo ao longo dos anos, e, nas eleições municipais de 2012, pretende se consolidar. Fé e política, no entender de Edir Macedo, são elementos interligados aos quais os crentes devem se engajar.
Para realizar seu intento – de criar uma nação evangélica e “governada” por Deus -, Macedo estabeleceu uma série de estratégias, como eliminação das concorrências, investimento maciço em meios de comunicação, influência da sociedade por meio de campanhas de marketing e defesa de temas polêmicos, a exemplo da legalização do aborto, e a busca do poder pela organização política.
Tomando como base São Paulo – onde o candidato do Partido Republicano Brasileiro (PRB) ao Executivo, Celso Russomanno, lidera as intenções de voto -, a Igreja Universal coloca em prática sua estratégia de dominação política. Segundo o presidente nacional do PRB e também bispo Marcos Antonio Pereira, a meta para 2012 é a eleição de pelo menos 100 prefeitos e até dois mil vereadores, em todo o país.
Questionado pela relação da campanha de Russomanno com a Igreja Universal e a TV Record – em uma entrevista concedida ao portal UOL e Folha de São Paulo, no último dia 26 de setembro – Marcos Pereira saiu em defesa da laicidade do Estado e a total independência administrativa, caso Russomanno seja eleito, mas teve dificuldade em explicar o motivo da composição “evangélica” do partido – dos 18 dirigentes nacionais pelo menos dez são oriundos da Igreja Universal ou da TV Record, segundo apontamento feito pelo cientista político Claudio Gonçalves Couto.
Um projeto de Deus
De olho no crescimento dos evangélicos no Brasil – sendo hoje algo em torno de 42,3 milhões, segundo última estimativa feita pelo IBGE – o bispo Edir Macedo lançou seu plano de domínio do Brasil, conclamando os crentes a participarem da tomada do Poder. Afirmando seguir orientações divinas, Macedo relaciona à chegada ao Poder como um projeto “elaborado” e “pretendido” por Deus.
“Vamos nos aprofundar, através desta leitura, no conhecimento de um grande projeto de nação elaborado e pretendido pelo próprio Deus e descobrir qual é a nossa responsabilidade neste processo. [...] Desde o início de tudo Ele nos esclarece de sua intenção de estadista e de formação de uma grande nação.” (Plano de Poder, pág. 8)
A Bíblia, segundo Macedo, não é apenas um livro de orientações religiosas ou de exercício da fé, mas também um livro que sugere resistência, tomada e estabelecimento do poder político e de governo. “Somente quando todos ou a maioria dos que a seguem estiverem convictos de que ela é a Palavra de Deus, então ocorrerá a realização do grande sonho Divino”, conclui Macedo colocando-se como canal da realização do “grande sonho Divino”, que é o estabelecimento do Brasil como nação “evangélica”.
Lançado às vésperas das eleições municipais de 2008, o livro Plano de Poder revela o prognóstico feito por Edir Macedo em seu plano de tomada do governo. Nele ressalta que tudo é uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. “Nunca, em nenhum tempo da História do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional (…). A potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo, tanto no Legislativo, quanto no Executivo, em qualquer que seja o escalão, municipal, estadual ou federal”, afirma Macedo.
Semelhanças
As estratégias definidas e seguidas por Edir Macedo possuem paralelos com diversos movimentos destrutivos dos EUA e Europa, mas, em especial, com a Igreja da Unificação, fundada em 1954 pelo Rev. Moon (1920–2012). Assim como a IU, a Igreja Universal encara a formação da opinião pública e o recrutamento de seguidores como elementos cruciais para o alcance de seus objetivos. Desenvolve, assim como na IU, uma acirrada guerra contra meios de comunicação e religiosos concorrentes, além de investir em times de futebol com foco em marketing de massa, e na ideia de que estão “colaborando” com o estabelecimento do Reino de Deus, no mundo. Acima de tudo, dizem atuar como canais de comunicação de Deus e dão forte ênfase ao crescimento financeiro – sinal, segundo as igrejas, da retribuição divina.

No entanto resta ver se Celso Russomanno vai realmente emplacar, e se isso acontecer, se vai estar disposto a se submeter aos caprichos de Edir Macedo, ou seja se vai aceitar que Macedo seja seu interlocutor no mando da administração da prefeitura da capital paulista, ou se vai mandar macedo dar ordens em outro terreiro/prefeitura. Contudo nada se pode duvidar, tendo em vista de Macedo ter lá os seus poderes de coação aos que no caminho dele tem se oposto. Contudo ainda é muito cedo para fazer uma analise de quem poderá mandar, não deixando porém de enfatizar que Edir macedo teve um início histórico no episódio do Bispo que Chutou uma imagem de uma santa da Igreja católica. Este teve a capacidade em unir os chamado evangélicos em prol de seus interesses contra a "ICAR/GLOBO", fazendo assim um aglomerado de natureza jamais vista no meio cristão no Brasil! Diante de tamanha manobra nos anos 90 não se pode menosprezar o poder de manipulação de Macedo!






***FRANCIS DE MELLO***

sábado, 29 de setembro de 2012

" CACARECO, MACACO TIÃO, TIRIRICA E MENINO MALUFINHO."




Neil Ferreira: Cacareco, Macaco Tião, Tiririca e Menino Malufinho.






Cacareco, lendário candidato, fazendo corpo a corpo com eleitor em 1959 (Foto: Arquivo / Agência Estado)
O rinoceronte Cacareco, lendário candidato de protesto, fazendo corpo a corpo com eleitor em 1959: acabou tendo estimados 100 mil votos (Foto: Arquivo / Agência Estado)



O Menino Malufinho seria a 3ª Via, entre PSDB e PT. Se 3ª Via for isso, voto no Negão, o Ministro Barbosa, e tenho os meus sólidos motivos. Vamos visitar um pouquinho do ontem, para entender um pouquinho do hoje.
Ontem: alguém lembra da rivalidade Rio / São Paulo no futebol? Era uma “jihad” travada entre os cadernos de esportes e as emissoras de rádio do Rio e São Paulo, tacando fogo nas torcidas. Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues, era o Mestre dos Mestres no ramo, inventou o Fla-Flu, virou nome do Maracanã.
Cada jogo durava duas semanas; uma, antes do jogão, com as torcidas fazendo contabilidade de quantos craques do seu time foram convocados. Outra, depois, discutindo o resultado.
Não havia TV nem times europeus pagando salários de pop stars aos jogadores, dos 7 anos de idade em diante. Messi é exceção, mandou-se já grisalho para o Barça, tinha uns 12 anos.
Amarcord, no meio do meu nome, é um dos mais geniais filmes do Fellini (1973), em que contava lembranças da sua cidadezinha. Quer dizer “Eu me lembro”. É uma referência à tradução fonética das palavras “mi ricordo”, usada na região de Emilia-Romagna, na Itália, onde nasceu.
“Mi ricordo”, eu me lembro; por exemplo, esse curto-circuito que deixou 11 Estados sem luz e foi uma noticinha de nada nos jornais, no tempo de FHC seria “Apagão!”, em manchetona de 1ª página, amarcord. Quem é da minha idade vai se lembrar, mas não precisamos entregar que o motivo da fortuna que custa o nosso plano de saúde é o DNA, Data de Nascimento Antiga.
Assisti as aulas proferidas no Julgamento do Mensalão por S. Excia. Excelsa Lewandowski Com a Barriga, aprendi a mutreta dele no STF e pratico-a descaradamente.
O carioca Macaco Tião, logo depois, teve esmagadora votação
O carioca Macaco Tião, logo depois, teve esmagadora votação (Foto: Cezar Loureiro / JB ZN)
Ensebo no começo durantes horas e quando todo mundo está caindo de sono, até cochilando, pronuncio as duas palavrinhas mágícas e entro de supetão no assunto: “Digo eu…”
Digo eu: No Rio / São Paulo da política, está 2 x 1 pra São Paulo nesta altura do jogo. O Rio pode virar? Pode. São Paulo pode aumentar a diferença ? Pode. Acredito em 3 x 1 pra São Paulo. A Seleção Mensaleira pode dar a volta por cima? Pode. Mas há STF no fim do túnel, sonho acordado.
Das urnas e das cabeças dos juízes pode sair qualquer coisa. Identifico, mais pelo olfato apurado do que pelos olhos já afadigados, os sinais de fumaça enviados pelo Ministro Lewandowski Com a Barriga, para tranquilizar o sono do trio atacante titular da Seleção Mensaleira, Dirceu O Inocente, Nosso Delúbio Bocca Chiusa e Genoíno O Coitadinho. Lewandô mais parece beque de espera deles.
Queria consultar o polvo holandês, que acertou todos os resultados da Copa do Mundo da África do Sul. Acho que morreu.
O primeiro golaço que São Paulo marcou nessa dura disputa, foi do craque tão inesquecível quanto Leônidas da Silva: o rinoceronte Cacareco, no comecinho dos anos 60, não sei bem.
Todos os candidatos a vereador tomaram um vareio de bola de um candidato casca grossa, gordão, sem marquetero e que nada prometeu, era mudo como uma porta. Teve estimados 100 Mil Votos, mais do que a legenda mais votada.
O Rio reagiu e empatou com competência deltiana (da Delta) para produzir fundos não contabilizados para financiar nebulosas campanhas políticas, e elegeu o Macaco Tião, com esmagadora votação, 1×1 no placar.
São Paulo, porém, não pode parar. Escalou Tiririca, vindo dos cafundós de não-sei-onde, que marcou Um Milhão e Trezentos e Cinquenta Mil gols de placa, conquistando logo de cara o título de Artilheiro Máximo. Até Romário ficou de queixo caído, 2×1 pra nós.
Tiririca e Romário são os Deputados Federais mais assíduos, Deus faz assistências corretas com passes em curva.
Hoje: há possibilidade de novo empate, o Rio vem com Eduardo Mães, com possibilidade de ocupar a vaga do Macaco Tião, nunca dantes preenchida. Não acredito; nem o craque, governador Sérgio Malandro, perpetrou a façanha de capturar o encantamento que a cariocolândia sente pelo Macaco Tião.
Por Menino Malufinho, "o ungido Bispo Edir Macedo obrou e encenou o milagre da multiplicação das intenções de voto"
Por Menino Malufinho, "o ungido Bispo Edir Macedo obrou e encenou o milagre da multiplicação das intenções de voto"
São Paulo descobriu mais um Neymar, ungido pelo Bispo Edir Macedo, que obrou a união das mais diversas confissões religiosas, incluindo São Ibope e Santa DataFalha, e encenou o milagre da multiplicação das intenções de voto.
Malufice, audácia e cara de pau para o bem e para o mal, são alguns dos ingredientes usados na fabricação do sabonete inventado para dar outra lavada na cara do “país dos mais de 80%” — o Menino Malufinho.
São Paulo é muito capaz de mandá-lo chutar o pênalti e marcar o gol, como já o fez com o rinoceronte Cacareco e Tiririca. Cidade aberta, sem preconceitos, já elegeu para a Prefeitura uma mulher nordestina; um afrodescendento carioca; uma granfina, criadora do imortal conceito de Filosofia Pura, “Relaxa e Goza”, ex de especioso indivíduo de sobrenome milionário, cabide de caríssimas grifes parisienses, atual 1ª Dama do Joquei Clube e que se diz “mulher do povo”.
Mais recentermente, São Paulo elegeu um elemento que a granfina citada insinuou que é gay. Viver e votar em São Paulo pode ser perigoso, mas é divertido.
O que vier, veio; Democracia é assim mesmo.




Por Neil amarcord Ferreira, publicado dia 7 de setembro no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo, comandado pelo querido amigo Moisés Rabinovici.






***FRANCIS DE MELLO***

"LULA NÃO TEM MAIS O MESMO PRESTÍGIO DE ANTES, AGORA É FICAR CALADO; OU PERDERÁ A OPORTUNIDADE DE NÃO PODER MAIS FALAR; SEGUNDO O PROFESSOR MARCO ANTONIO VILLA"




Professor Marco Antonio Villa: Pare de se meter em tudo, Lula. Adeus, Lula.



Lula com Dilma: o antecessor faz questão de dar o máximo de publicidade a suas reuniões com a sucessora e acabam sendo constrangedoras para a presidente (Foto: AP)

A presença constante no noticiário de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente. Dos quatros que estão vivos, somente um não tem participação política mais ativa. O ideal seria que após o mandato cada um fosse cuidar do seu legado. Também poderia fazer parte do Conselho da República, que foi criado pela Constituição de 1988, mas que foi abandonado pelos governos ─ e, por estranho que pareça, sem que ninguém reclamasse.
Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Continuar na arena política diminui a sua importância histórica ─ mesmo sabendo que alguns têm estatura bem diminuta, como José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney, ou Fernando Collor. No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Não. Ele quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário.
As reuniões nestes quase dois anos com a presidente Dilma Rousseff são, no mínimo, constrangedoras. Lula fez questão de publicizar ao máximo todos os encontros. É um claro sinal de interferência. E Dilma? Aceita passivamente o jugo do seu criador.
Os últimos acontecimentos envolvendo as eleições municipais e o julgamento do mensalão reforçam a tese de que o PT criou a presidência dupla: um, fica no Palácio do Planalto para despachar o expediente e cuidar da máquina administrativa, funções que Dilma já desempenhava quando era responsável pela Casa Civil; outro, permanece em São Bernardo do Campo, onde passa os dias dedicado ao que gosta, às articulações políticas, e agindo como se ainda estivesse no pleno gozo do cargo de presidente da República.
Lula ainda não percebeu que a presença constante no cotidiano político está, rapidamente, desgastando o seu capital político. Até seus aliados já estão cansados. Deve ser duro ter de achar graça das mesmas metáforas, das piadas chulas, dos exemplos grotescos, da fala desconexa. A cada dia o seu auditório é menor. Os comícios de São Paulo, Salvador, São Bernardo e Santo André, somados, não reuniram mais que 6 mil pessoas. Foram demonstrações inequívocas de que ele não mais arrebata multidões. E, em especial, o comício de Salvador é bem ilustrativo. Foram arrebanhadas ─ como gado ─ algumas centenas de espectadores para demonstrar apoio. Ninguém estava interessado em ouvi-lo. A indiferença era evidente. Os “militantes” estavam com fome, queriam comer o lanche que ganharam e receber os 25 reais de remuneração para assistir o ato ─ uma espécie de bolsa-comício, mais uma criação do PT. Foi patético.
O ex-presidente deveria parar de usar a coação para impor a sua vontade. É feio. Não faça isso. Veja que não pegou bem coagir: 1. Cinco partidos para assinar uma nota defendendo-o das acusações de Marcos Valério; 2. A presidente para que fizesse uma nota oficial somente para defendê-lo de um simples artigo de jornal; 3. Ministros do STF antes do início do julgamento do mensalão. Só porque os nomeou? O senhor não sabe que quem os nomeou não foi o senhor, mas o presidente da República? O senhor já leu a Constituição?
O ex-presidente não quer admitir que seu tempo já passou. Não reconhece que, como tudo na vida, o encanto acabou. O cansaço é geral. O que ele fala, não mais se realiza. Perdeu os poderes que acreditava serem mágicos e não produto de uma sociedade despolitizada, invertebrada e de um fugaz crescimento econômico. Claro que, para uma pessoa como Lula, com um ego inflado durante décadas por pretensos intelectuais, que o transformaram no primeiro em tudo (primeiro autêntico líder operário, líder do primeiro partido de trabalhadores etc, etc), não deve ser nada fácil cair na real. Mas, como diria um velho locutor esportivo, “não adianta chorar”. Agora suas palavras são recebidas com desdém e um sorriso irônico.
Lula foi, recentemente, chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente. E ele deve adorar, não? Reforça o desprezo que sempre nutriu pela política. Pois, se é deus, para que fazer política? Neste caso, com o perdão da ousadia, se ele é deus não poderia saber das frequentes reuniões, no quarto andar do Palácio do Planalto, entre José Dirceu e Marcos Valério?
Mas, falando sério, o tempo urge, ex-presidente. Note: “ex-presidente”.
Dê um tempo.
Volte para São Bernardo e cumpra o que tinha prometido fazer e não fez. Lembra? O senhor disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos.
Faça isso. Deixe de se meter em questões que não são afeitas a um ex-presidente. Dê um bom exemplo. Pense em cuidar do seu legado, que, infelizmente para o senhor, deverá ficar maculado para sempre pelo mensalão.
E lá, do alto do seu apartamento de cobertura, na Avenida Prestes Maia, poderá observar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde sua história teve início. E, se o senhor me permitir um conselho, comece a fazer um balanço sincero da sua vida política. Esqueça os bajuladores.
Coloque de lado a empáfia, a soberba. Pense em um encontro com a verdade. Fará bem ao senhor e ao Brasil.

Por Marco Antonio Villa, historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP)
Publicado na edição de hoje do jornal O Globo


Estamos próximos da eleição presidencial, e Lula já tem dado sinal que será candidato, sem dar ou respeitar o direito de sua sucessora Dilma Rousseff, mesmo sabendo dos pontos positivos dela em sua trajetória tem crescido a cada momento e a cada nova pesquisa sobre sua administração. Mesmo com a pequenina possibilidade em que ela venha se rebelar ante a possibilidade em não ser candidata a releição, Lula demostra e tem feito o possível em deixar claro que foi  ele quem a criou, porém se esquece que a criada está mais poderosa que seu criador, com isso hora que ela perceber que Lula esta sendo indigerível para sua conduta de postulante e aliada ao PT, ela poderá dar um salto daqueles que fez Marina Silva, depois das eleições! Todos sabem que Dilma, poderá com facilidade ser mais notável que Lula, mesmo ela estando em outro partido, também se é sabido que qualquer que seja este partido a receberá com o maior carinho, mas a prospecção dela escolher, se é mais coeso estar dentro de um partido de esquerda como sempre tem se demonstrado desde os tempos de sua prisão política, sempre foi de esquerda. Então o correto seria Lula dar uma trégua em suas falácias sem qualidade como já descrito pelo Professor Marco Antonio Villa!







***FRANCIS DE MELLO***