Explosão de bueiro pluvial mata 1 e deixa 2 feridos no Rio.
A explosão foi em um bueiro usado para o escoamento de água da chuva no porto do Rio
Foto: Bia Alves/Fotoarena/Especial para Terra
Foto: Bia Alves/Fotoarena/Especial para Terra
Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas após a explosão de um bueiro de águas pluviais na manhã desta segunda-feira na área do Armazém 30, no cais do porto do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre as causas da explosão no bueiro, usado para o escoamento de água da chuva.
A Triunfo Logística, arrendatária dessa área do porto, confirmou que os três homens envolvidos no acidente são todos funcionários da São Mateus, empresa terceirizada que atua no local, com serviços que vão de soldagem de peças a auxiliares de limpeza.
De acordo com informações passadas pela Triunfo, o soldador Rafael Martins de Souza, 27 anos, estava em cima da tampa do bueiro no momento da explosão. Ele foi arremessado a uma altura de cerca de 20 m e não resistiu aos ferimentos.
"Quando ele caiu, o pessoal que estava ali perto tentou ressuscitá-lo, mas ele já não se mexia, não havia mais o que ser feito", relatou uma funcionária da empresa. "Os outros dois feridos estavam bem, sentados, conversando normalmente", completou. Eles foram levados para o hospital Souza Aguiar, no centro do Rio.
Os dois sobreviventes foram identificados como o mecânico Carlos Ribeiro e o soldador Paulo Pereira, ambos de 52 anos. A Secretaria Municipal de Saúde ainda não sabe afirmar o estado das duas vítimas, mas o relato do Corpo de Bombeiros é de que eles sofreram fraturas no braço e nas pernas, além de queimaduras nos rostos.
De acordo com a companhia Docas, que administra o cais do porto, o local da explosão está isolado e uma perícia será realizada para se identificar as causas do acidente. A concessionária informou ainda que todas as medidas de auxílio às vítimas foram tomadas com a presença de ambulâncias do Órgão de Gestão de Mão de Obras (OGMO).
Jorge Mello, presidente da Docas, conversou com os repórteres no local da explosão e disse que sua hipótese para o acidente é a presença de óleo na galeria que deveria conter apenas águas das chuvas. "A princípio, a fonte do problema não é nem da Light (companhia de luz), nem da CEG (concessionária de gás). Parece que o vazamento veio de algum local próximo, não está descartado que seja do próprio porto, embora não haja locais onde se trabalha com petróleo por perto", afirmou Mello. De acordo com o presidente da Docas, uma fagulha pode ter detonado a explosão.
A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) informou em nota que o acidente não está relacionado ao gás natural. Equipes da concessionária chegaram a ser chamadas ao local, mas foram liberadas pelos bombeiros, que concluíram que a explosão era de outra natureza.
Os homens do Corpo de Bombeiros estão no local averiguando as causas do acidente, e a corporação já informou que uma obra acontecia perto do bueiro que explodiu. Segundo nota enviada pela Secretaria de Conservação Pública da prefeitura do Rio de Janeiro - que coordena um estudo independente em relação ao risco de explosões na rua da cidade -, até o momento foram encontrados 291 bueiros com alto risco de explosão na capital fluminense.
Gente, mas, como pode haver um número tão grande de boeiros em perigo de explosão, e a prefeitura ainda não tenha tomado as devidas providências? É inaceitável que um governante saiba dos perigos que rondam a cidade em que ele administra e não tome nenhuma providência no sentido de resolver um futuro desastre em proporções sem igual!
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