Padres de Arapiraca são condenados a prisão por pedofilia.
Os membros da Igreja Católica foram condenados a prisão por pedofilia.
A Justiça alagoana condenou, nesta segunda-feira (19), os padres Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edílson Duarte pelo crime de pedofilia, praticado contra três coroinhas. O monsenhor Luiz Marques foi condenado a 21 anos de prisão e os párocos Raimundo e Edílson cumprirão pena de 16 anos e 4 meses. Como os três já respondiam ao processo em liberdade, eles ainda não foram presos. Seus advogados têm cinco dias para recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), contados a partir de hoje.
A sentença foi proferida nesta tarde pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa. Além da pena de prisão, o monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, terá que pagar uma multa de 30 vezes um salário mínimo.
Os religiosos eram réus no processo que apurou delitos de atentado violento ao pudor contra os coroinhas Fabiano Silva Ferreira, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias Silva, conforme denúncia apresentada em março de 2010 pelo Ministério Público Estadual (MPE).
As investigações do Ministério Público e Polícia Civil acusaram os religiosos de prometer vantagens econômicas às vítimas em troca de sexo. De acordo com o juiz João Luiz de Azevedo Lessa, o processo tem quatro volumes com mais de mil páginas e é “muito complexo”.
Em decorrência do escândalo, os três sacerdotes foram intimados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia. O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), ouviu os depoimentos dos três e os confrontou com os coroinhas.
No dia 04 de abril do ano passado, após prestar depoimento, o monsenhor Luiz Marques foi preso. No Fórum de Arapiraca, ele admitiu que mantinha relação sexual com ex-coroinhas. Por terem mentido durante os depoimentos, Maria Isabel e José Reinaldo, respectivamente secretária doméstica e motorista do religioso, também tiveram as prisões decretadas pelos integrantes da CPI da Pedofilia.
Durante o depoimento, antes de ter a sua prisão decretada, Luiz Marques chegou a dizer: "Jesus disse: 'me tiraram a roupa, me cuspiram e me crucificaram'. É isso que está acontecendo comigo. Talvez eu que tenha me crucificado. Queria que vocês atendessem ao meu clamor. Perdoem-me”, solicitou.
Já o padre Edílson Duarte admitiu que manteve relações sexuais com dois ex-coroinhas, pagando-os com o dízimo dos fieis. A revelação, que deixou os arapiraquenses estarrecidos, foi concedida ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia da Pedofilia, senador Magno Malta.
“Sim, tive relações sexuais com dois deles, Fabiano Silva Vieira e Cícero Flávio Vieira Barbosa. Menos com o Anderson”, frisou o sacerdote. E ao ficar diante de Edílson Duarte, o ex-coroinha Fabiano salientou que manteve a primeira relação sexual na concatedral de Arapiraca, quando ele tinha apenas 16 anos.
Ainda durante o depoimento, o senador pediu para que o padre olhasse para os presentes ao Fórum de Arapiraca e o questionou: "Osenhor pagou aos ex-coroinhas com dinheiro do dízimo?". Visivelmente desconcertado, padre Edílson Duarte admitiu que "Sim", baixando a cabeça posteriormente.
À época, as denúncias ganharam repercussão internacional. O portal português A Bola, por exemplo, destacou que o caso “ganhou proporções de escândalo”. O Diário de Notícias, de Portugal, disse que a denúncia aconteceu no Brasil, que é o “maior país católico do mundo”.
A rádio Vaticano também destacou, em seu site, o escândalo de Arapiraca. A emissora assegurou que “nenhum bispo brasileiro está envolvido no episódio de abusos contra menores, emergido dias atrás no Brasil”.
A Agência France Press (AFP), uma das maiores do mundo, deu grande ênfase ao assunto e trouxe matéria entrevistando o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi. O texto traz trechos do diálogo do vídeo onde o monsenhor Luiz Marques Barbosa, aparece fazendo sexo com um jovem de 19 anos. A AFP ainda diz que “este caso se soma a uma série de denúncias de pedofilia na Igreja”.
As denúncias de casos de pedofilia em Arapiraca vieram à tona depois que um programa de TV, em rede nacional, veiculou uma reportagem revelando o caso. Em um trecho da matéria, um vídeo mostrou o monsenhor Luiz Marques Barbosa, que tinha 82 anos na época, mantendo relações sexuais com um jovem de 19 anos.
A gravação foi realizada em janeiro de 2009 por outro jovem que também teria sofrido abusos, segundo as denúncias apresentadas pelo programa de TV. O jovem contou que desde os 12 anos, quando entrou para a Igreja Católica, era alvo do assédio sexual do monsenhor. O caso consternou a opinião pública brasileira e gerou uma onda de denúncias de novos casos na imprensa e na polícia.
Notícias Cristãs
Estes padres devem sim pagar por seus erros, e até pagar por danos à moral das vítimas, e à seus familiares, por a vergonha e transtornos pessoal e psicológico.
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Os membros da Igreja Católica foram condenados a prisão por pedofilia.
A Justiça alagoana condenou, nesta segunda-feira (19), os padres Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edílson Duarte pelo crime de pedofilia, praticado contra três coroinhas. O monsenhor Luiz Marques foi condenado a 21 anos de prisão e os párocos Raimundo e Edílson cumprirão pena de 16 anos e 4 meses. Como os três já respondiam ao processo em liberdade, eles ainda não foram presos. Seus advogados têm cinco dias para recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), contados a partir de hoje.
A sentença foi proferida nesta tarde pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa. Além da pena de prisão, o monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, terá que pagar uma multa de 30 vezes um salário mínimo.
Os religiosos eram réus no processo que apurou delitos de atentado violento ao pudor contra os coroinhas Fabiano Silva Ferreira, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias Silva, conforme denúncia apresentada em março de 2010 pelo Ministério Público Estadual (MPE).
As investigações do Ministério Público e Polícia Civil acusaram os religiosos de prometer vantagens econômicas às vítimas em troca de sexo. De acordo com o juiz João Luiz de Azevedo Lessa, o processo tem quatro volumes com mais de mil páginas e é “muito complexo”.
CPI da Pedofilia
Em decorrência do escândalo, os três sacerdotes foram intimados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia. O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), ouviu os depoimentos dos três e os confrontou com os coroinhas.
No dia 04 de abril do ano passado, após prestar depoimento, o monsenhor Luiz Marques foi preso. No Fórum de Arapiraca, ele admitiu que mantinha relação sexual com ex-coroinhas. Por terem mentido durante os depoimentos, Maria Isabel e José Reinaldo, respectivamente secretária doméstica e motorista do religioso, também tiveram as prisões decretadas pelos integrantes da CPI da Pedofilia.
Durante o depoimento, antes de ter a sua prisão decretada, Luiz Marques chegou a dizer: "Jesus disse: 'me tiraram a roupa, me cuspiram e me crucificaram'. É isso que está acontecendo comigo. Talvez eu que tenha me crucificado. Queria que vocês atendessem ao meu clamor. Perdoem-me”, solicitou.
Já o padre Edílson Duarte admitiu que manteve relações sexuais com dois ex-coroinhas, pagando-os com o dízimo dos fieis. A revelação, que deixou os arapiraquenses estarrecidos, foi concedida ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia da Pedofilia, senador Magno Malta.
“Sim, tive relações sexuais com dois deles, Fabiano Silva Vieira e Cícero Flávio Vieira Barbosa. Menos com o Anderson”, frisou o sacerdote. E ao ficar diante de Edílson Duarte, o ex-coroinha Fabiano salientou que manteve a primeira relação sexual na concatedral de Arapiraca, quando ele tinha apenas 16 anos.
Ainda durante o depoimento, o senador pediu para que o padre olhasse para os presentes ao Fórum de Arapiraca e o questionou: "Osenhor pagou aos ex-coroinhas com dinheiro do dízimo?". Visivelmente desconcertado, padre Edílson Duarte admitiu que "Sim", baixando a cabeça posteriormente.
Repercussão internacional
À época, as denúncias ganharam repercussão internacional. O portal português A Bola, por exemplo, destacou que o caso “ganhou proporções de escândalo”. O Diário de Notícias, de Portugal, disse que a denúncia aconteceu no Brasil, que é o “maior país católico do mundo”.
A rádio Vaticano também destacou, em seu site, o escândalo de Arapiraca. A emissora assegurou que “nenhum bispo brasileiro está envolvido no episódio de abusos contra menores, emergido dias atrás no Brasil”.
A Agência France Press (AFP), uma das maiores do mundo, deu grande ênfase ao assunto e trouxe matéria entrevistando o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi. O texto traz trechos do diálogo do vídeo onde o monsenhor Luiz Marques Barbosa, aparece fazendo sexo com um jovem de 19 anos. A AFP ainda diz que “este caso se soma a uma série de denúncias de pedofilia na Igreja”.
Entenda o caso
As denúncias de casos de pedofilia em Arapiraca vieram à tona depois que um programa de TV, em rede nacional, veiculou uma reportagem revelando o caso. Em um trecho da matéria, um vídeo mostrou o monsenhor Luiz Marques Barbosa, que tinha 82 anos na época, mantendo relações sexuais com um jovem de 19 anos.
A gravação foi realizada em janeiro de 2009 por outro jovem que também teria sofrido abusos, segundo as denúncias apresentadas pelo programa de TV. O jovem contou que desde os 12 anos, quando entrou para a Igreja Católica, era alvo do assédio sexual do monsenhor. O caso consternou a opinião pública brasileira e gerou uma onda de denúncias de novos casos na imprensa e na polícia.
Notícias Cristãs
Estes padres devem sim pagar por seus erros, e até pagar por danos à moral das vítimas, e à seus familiares, por a vergonha e transtornos pessoal e psicológico.
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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