Atualizado: 29/12/2011 14:04
Jader volta e elege
a lei como inimiga.
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA), empossado ontem à tarde em solenidade discreta da
Mesa Diretora, elegeu a Lei da Ficha Limpa
como um de seus maiores adversários, depois
do ex-presidente do Senado Antônio Carlos
Magalhães (PFL-BA), com quem travou embates
históricos no passado.
'Eu jamais havia enfrentado, após ACM,
um adversário tão difícil', declarou o peemedebista,
que deixou de exercer 11 meses de mandato por ter
sido barrado como ficha-suja nas eleições de 2010.
Durante a entrevista concedida após a posse,
Jader pediu para homenagear ACM.
Lembrou que, antes de morrer, o pefelista declarou
que o episódio mais difícil de sua trajetória havia
sido o confronto com Jader.
'Eu queria retribuir essa homenagem', brincou Jader,
afirmando que depois de ACM, a campanha da Ficha Limpa foi o episódio mais difícil de sua carreira. '
Eu ouvia as pessoas lamentando que não votaram em mim porque os votos não seriam contabilizados,
seriam anulados', reclamou.
Ao lembrar que votou a favor da Ficha Limpa como deputado, o senador insistiu na tese de que
'as sociedades organizadas são regidas exatamente
pela vigência das leis'.
Lembrou que foi o Supremo que definiu que uma
lei não pode tratar de assuntos pretéritos e
comparou a situação à revogação da Lei do Divórcio.
'Seria como considerar bígamo todos os que tiveram
um segundo casamento.'
Embora tenha sido punido por ter renunciado ao
mandato de senador em 2001, Jader disse que
não se arrependeu porque não tinha alternativa.
Ele tomou posse exatos dez anos e 84 dias depois
de renunciar ao mandato de senador para evitar a
cassação. Caretas. Em meio ao questionamento
sobre o desconforto de ter sido barrado pela Ficha Limpa, quem constrangeu o senador foi seu filho
de 9 anos, Daniel, ao perguntar qual a maior
denúncia feita contra ele.
Jader não respondeu, mas prometeu uma 'entrevista exclusiva quando chegassem em casa'.
Nem o presidente do Congresso, José Sarney (AP),
nem o líder no Senado, Renan Calheiros (AL),
prestigiaram a posse do correligionário, realizada
em tom de 'ato administrativo' da Mesa Diretora.
Com a ausência dos colegas de partido,
coube a petista Marta Suplicy, vice-presidente do
Senado, oficializar o reingresso do paraense na Casa.
Os únicos peemedebistas presentes foram
Waldemir Moka (MS), o segundo vice-presidente da
Casa, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR).
Como o Congresso está em recesso parlamentar, a diretoria-geral do Senado informou que
Jader não receberá a ajuda de custo equivalente ao salário mensal de senador (R$ 26.723,23),
pago a todos os parlamentares no final do ano. Terá direito apenas aos quatro dias do vencimento
de dezembro (dos dias 28 a 31) - R$ 3.448,14.
Receberá também as passagens aéreas de ida e
volta de Belém a Brasília e a ajuda de custo que será
paga no início de 2012, antes do reinício dos
trabalhos legislativos, em fevereiro.
Último dos três senadores barrados pelo Ficha
Limpa - também já assumiram o tucano Cássio Cunha
Lima (PB) e o socialista João Capiberibe (AP)
Jader chega ao Senado em tempo de reforçar a
bancada do PMDB que havia perdido dois
parlamentares.
Tanto Cássio como Capiberibe substituíram
suplentes peemedebista.
Jader, por sua vez, entra no lugar de Marinor Brito
(PSOL) que não obteve liminar do STF para
suspender posse.
FONTE: O estadão!
Nunca em minha vida ví tanto demagogia por parte de qualquer pessoa como vi no caso da posse do Senador Jader; Homem verdadeiramente incorreto, incerto e demagogo, tanto que teve o disparate de relembrar que ele havia votado na lei do ficha limpa quando deputado. E depois dizer que a mesma lei em que votou foi o pior inimigo dele dentro do senado, pior até que ACM, segundo ele. De minha parte entendo que ele jamais poderia tomar posse, embora, não seja eu quem decida tal, mas, como ele mesmo disse, havia renunciado a um mandato de senador para não ser cassado, e não havia alternativa. Vejo essas renuncias como válvula de escape para os políticos fugirem da punição, devemos trabalhar, gritar, exigir que seja aprovado uma lei que o político que se envolver em escândalos, mesmo se renunciar deve pagar por seus atos dentro do rigor das leis! É exatamente a falta desse dispositivo, que vemos tantos bandidos políticos, tantos políticos envolvidos em escândalos, e se passando como homens bons e honestos, prometendo punir os que falam deles!
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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