sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

'O SIGNIFICADO VERDADEIRO DO NATAL E SEU ESPIRITO REAL"


O verdadeiro significado do Natal



Natal, dia de confraternização das pessoas, dia de reencontro daqueles indivíduos que a tempo não víamos. Esqueçamos as trocas de presentes, a beleza das ruas iluminadas, o que comeremos neste dia, não importando as diferenças sociais, religiosas, culturais: somos todos filhos de um mesmo Deus, e por conseqüência irmãos. Falaremos de um irmão querido: Jesus. Lembrando o seu nascimento, sua vida e seus ensinamentos. Tudo isso nós concordamos ser o mais importante. Mas antes de falarmos d'Ele, vamos falar um pouca da história da humanidade.
Há mais de 1500 anos antes do Cristo, houve um enviado divino - o primeiro enviado - Moisés, que recebeu os Dez Mandamentos para educar os homens de sua época. Este é o primeiro código divino da humanidade. Ele também o foi o primeiro legislador do mundo - criando a lei do "olho por olho, dente por dente". Deu a esta última uma conotação de verdade divina, criando a imagem de um Deus colérico e vingativo, para conter um povo bárbaro e rebelde.
Pensemos: 

Será que um povo tribal (as 12 tribos de Israel), com costumes e leis bárbaras conseguiria entender a Lei de Amor ? Será que este povo a aceitaria? Fez-se necessário um novo ensinamento com o passar dos séculos, pois o homem evoluiu moral e intelectualmente. Novos costumes. Novas leis. Roma domina o mundo. Os romanos iniciam a defensoria pública no Senado, dando o direito à defesa de grupos sociais elevados e nobres. A população banalizava o ato de procriar, em verdadeiras orgias. Haviam muitos problemas sociais, escravidão, discriminações raciais, dores, perseguições, controle central do Estado - o Império dos Césares (e alguns deles eram muito loucos por sinal). Deus, como pai que é, não deixaria seus filhos (que somos todos nós) ao sabor dos ventos, sem poder dar-nos um norte, um modelo, um grande exemplo. O nosso melhor irmão: Jesus. Ele nos ensinou um Deus de amor e paz, acrescentando novas leis a leis que Moisés recebeu no monte Sinai (os Dez Mandamentos), dizendo: "Eu não vim destruir as Leis, mas faze-las cumprir" (Mateus, Cap. V, v.17,18)

O Mestre, o único que conseguiu dividir as eras (Antes e Depois d'Ele) ensinou-nos em várias de suas relações com os homens da época, os quais citaremos:

"Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.", no momento em que uma mulher iria ser apedrejada em praça pública por causa do adultério (costume da época). (S. JOÃO, Cap. VIII, vv. 3 a 11.).

Ele nos pergunta: Será que não possuímos "pecados" maiores ou piores que aquela mulher ? Será que não temos pecado ?

Ele nos ensina: Quem somos nós para julgar alguém ?

Ele nos pede: Que tenhamos uma vida melhor para, moralmente, exercermos nosso mandato, através do exemplo.

"Vedes a palha que está no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Mateus Cap. VII, vv. 3 a 5),

Ele nos pergunta: O homem orgulhoso consegue mirar-se no espelho e identificar seus defeitos morais e físicos ? Não é um hipócrita convicto de suas faltas ?

Ele nos ensina: A auto-analise em nossos atos e relacionamentos.

Ele nos pede: Será que estamos corrigindo nossos erros ? Ter a primeira caridade, a mais importante e a mais bela: Conosco mesmo - para com o próximo mais próximo: nosso íntimo

"A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; porquanto, cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. - O homem de bem tira boas coisas do bom tesouro do seu coração e o mau tira-as más do mau tesouro do seu coração; porquanto, a boca fala do de que está cheio o coração." (S. LUCAS, cap. VI, vv. 43 a 45.) ,

Ele nos pergunta: Que tipo de frutos nos produzimos ? Sabemos diferenciar as atitudes alheias como falsas ou verdadeiras ? Quais os parâmetros de falso ou verdadeiro ?

Ele nos ensina: Distinguir os homens por suas atitudes e por seus pensamentos.

Ele nos pede: Bons frutos, como boas obras - servirmos de espelho para refletir sua imagem (através de exemplos) para aqueles que nos cercam.

"Não vim a este mundo para os sãos, mas sim para os doentes", queria dizer que ele veio para ajudar aqueles que mais precisavam, por os sãos já estavam no caminho do bem.


"A tua fé te curou, vá e não peques mais"

"Vos sois filho de Deus, vos podes fazer tudo que faço e ainda mais"

Ele nos pergunta: Qual a nossa destinação na Terra ? Aprendemos com as circunstancias da vida ? Temos fé ? Se sabemos o que ele quer que façamos com os sofredores do caminho? Se seriamos capazes de ajudar aqueles que precisam, como ele fez ?

Ele nos ensina: O poder da fé, no homem comum, modifica qualquer situação. Somos irmãos, filhos de um Pai Soberanamente Justo e Bom, e com as mesmas capacidades de realizações, Deus não privilegiaria uns dando dons, saúde, riqueza e em outros dando doenças, pobreza, pouco intelectualidade, etc. O que temos em nossa vida (bom ou ruim), somos responsáveis, porque realizamos ou deixamos de realizar.

Ele nos pede: Caridade, ação, luta, e conquistas contra nossas imperfeições. Expande esta ação, luta e conquista em ensinamentos para aqueles que precisam de mais força, coragem e fé para vencer angustias morais e físicas, mesmo que não estejamos de acordo com o que se faz. A fé, a evolução moral e intelectual e o conhecimento das leis divinas.

"Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus."

"Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus."

"Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra"

"Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus."

"Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia" (S. MATEUS, cap. V, v.3, 8, 4, 9 e 7.)

Ele nos pergunta: Quais dentro os homens serão os bem aventurados ? Como é a justiça de Deus? 

Ele nos ensina: Que aqueles que forem humildes, forem bons e pacíficos e que tenham compaixão pelo próximo serão bem aventurados.

Ele nos pede: Que sejamos bons, misericordiosos e humildes.

"Quando alguém bater a sua face direita, ofereça a outra"
"Sejamos mansos com a pomba, mas espertos com a serpente"
"Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 15, 21 e 22.)"

Ele nos pergunta: Quantas vezes devemos perdoar nossos inimigos ? Devo perdoar alguém que quer me prejudicar ? Devo retribuir o mal com o mal ou o mal com bem ?

Ele nos ensina: Perdoar quem nos ama é fácil. Perdoar nossos inimigos, sem restrição e com o coração (em atos e palavras) é o que pega em nosso orgulho personalístico. Retribuir o mal com o mal nos ajudará em que ? Se não formos melhores que aqueles que nos perseguem, estaremos nos igualando a eles ou até no rebaixando. Será que assim faremos uma comunidade de irmãos nos preceitos do "Amai-vos....

Ele nos pede: Perdoar sempre. O nosso inimigo atualmente, é nosso irmão. Analisar a culpa da inimizade: é meu orgulho pedindo passagem, para a minha intransigência, ou será que aquele que se diz nosso inimigo está com amor-próprio ferido, gelando seus mais secretos sentimos. A culpa é nossa, ou dele ? Ainda não compreendemos as verdadeiras virtudes humanas. Quando somos prejudicados não devolver na mesma moeda, é o nosso capital espiritual, nos desvinculando com os que nos querem mal. Procurar mostra o outro lado, isto é, aconselhar o nosso irmão inimigo ou agressor a pensar no que está fazendo, se está certo as atitudes dele, mas sem humilhá-lo, sendo o mais humilde possível. Tenhamos cautela com os nosso inimigos, mas nem por isso deixamos de orar por eles. Aconselhemos e orientemos. Jesus foi perseguido, humilhado e crucificado, mas nem por isso deixou de amar o seu próximo, ele disse "Perdoa-lhes Pai, eles não sabem o que fazem".

" Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno porque esta aparelhado para o diabo e para os seus anjos; porque tive fome e não me deste de comer; tive sede e não me deste de beber; era hospede e não me recolhestes; estava nú então me cobriste; estava enfermo no cárcere e não me visitastes". Então, eles perguntaram: "Senhor, quando é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou hospede, ou nú, ou enfermo, ou no cárcere, e deixamos de te assistir?" Então Jesus respondeu: "Todas as vezes que deixastes de dar essas proteções a um destes pequeninos, deixaste de dá-las a mim mesmo."

Ele nos pergunta: Será que entendemos a caridade como ela deve ser entendida? O que fazemos ao nosso próximo mais próximo?

Ele nos ensina: Se amamos ao próximo como a nós mesmos, deveremos fazer aos outros o quereríamos que os outros nos fizessem.

Ele nos pede: Que devemos fazer a caridade nas suas mais variadas formas: a ajuda monetária, uma conversa amiga, um conselho, uma visita aos doentes, ensinar aqueles que não sabem escrever ou ler, enfim qualquer ato de solidariedade para com o próximo.

"Não devemos servir a Deus e a Maomé",

"Daí a César o que é de César, daí a Deus o que é de Deus",

Ele nos pergunta: Qual deles devemos escolher ? É melhor servir a Deus ou a Maomé (um deus egípcio, da riqueza) ? Será que dá para servir aos dois ao mesmo tempo ?

Ele nos ensina: Não podemos servir a Deus, em seus princípios de espiritualismo, e a Mamom, cultuando ao mesmo tempo o materialismo. Os bens materiais são provisórios e usados somente nesta vida, enquanto os bens espirituais (inteligência e moral) são eternos.

Ele nos pede: Cuidar da parte espiritual que é eterna e usar a parte material com sabedoria e inteligência para fazer o bem, sem egoísmo.

"Meu reino não é deste mundo"

"Na casa de meu pai há muitas moradas"

Ele nos pergunta: Onde é o reino de Deus ? Para que serve o nosso planeta Terra ? Há vida em outros planetas ? Será que a vida só existe no planeta Terra ? Para que Deus criou as outras estrelas no universo infinito ? Será que poderemos identificar Deus como um cara burro, que fez coisas sem utilidade ?

Ele nos ensina: Que este mundo físico chamado Terra é provisório, o eterno é o espiritual. Este mundo em que vivemos é só uma escola preparatória. Há vários mundos, nós podemos viver, seja no mundo material, seja no mundo espiritual.

Ele nos pede: Viver o melhor possível, tirar proveito dos ensinamentos que a vida nos dá, dando valor aos bens espirituais sobre os bens materiais, transitórios e mutáveis.

"Buscai e Acharei"

"Ajuda-te que o céu te ajudará"

Ele nos pergunta: Tenho que esperar as coisas cair do céu ? Deus recompensa o preguiçoso ? Se ele ajudar o preguiçoso não estaria incentivando a vadiagem. Os que se esforçam e os que não fazem nada tem os mesmos direitos ?

Ele nos ensina: Quer dizer que tudo o que fizermos, seja conosco ou com o próximo, acharemos o que estamos procurando, isto é, como a Lei de Ação e Reação, tudo aquilo que plantamos ou fizemos de bom colheremos, assim como tudo de ruim que plantarmos ou fizermos colheremos também. Podemos dizer que a sementeira é livre, podemos plantar o que quisermos, escolher o caminho que desejarmos, mas a colheita é obrigatória, as dificuldades ou facilidades de cada caminho serão encontradas pelo caminho que escolhermos. A lei de Deus é sabia e justa, não privilegiando ou punindo nenhum de seus filhos, pois cada um colherá o que plantar, com o diz o ditado "Quem planta vento, colhe tempestade".

Ele nos pede: Faça a tua parte, faça o bem, ajude o próximo, se esforce, estude.

"Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a ti mesmo. Aí estão todos os profetas e todos os ensinamentos."

Ele nos pergunta: A quem devemos amar ?

Ele nos ensina: Amar a Deus sobre todas as coisas, e por conseqüência a tudo que ele criou, os mundos e as pessoas com quem nos relacionamos, isto é o próximo.

Ele nos pede: Amar a Deus e a todos os nossos irmãos, mesmo que alguns deles sejam os nossos inimigos, pois somos todos (sem exceção) filhos de um mesmo Pai. Apesar das aparentes diferenças (Credo, cor, cultura), temos as mesmas capacidades, desde que saibamos explorá-las.

"Rogarei ao pai que envie um espírito consolador, que lembrará tudo que tenho dito e que dirá coisas novas"

Ele nos pergunta: Será que precisa vir um novo Jesus ? Será que Ele vai ensinar alguma coisa diferente daquilo que já ensinou ? Quem é esse consolador ? O que ele trouxe de novidade ? Este consolador lembrou os ensinos de Jesus ?

Ele nos ensina: Que na hora certa, isto é, quando o homem estiver em condições intelectuais e morais para receberem novos ensinamentos, e quando alguns homens começaram a se esquecer dos ensinos de Jesus, Deus enviaria um espírito para relembrar tudo que Ele ensinou e ensinaria coisas novas.

Ele nos pede: Analisar qual espírito é o consolador, qual que relembrou os ensinos de Jesus e qual que trouxe a nós novos ensinamentos.
Devemos combater o egoísmo, em nosso ser e no mundo todo, o principal entrave da sabedoria humana. Perguntamos: como um homem se torna egoísta? Quando vê que os outros pensam mais em si mesmo,ei-lo levado a pensar mais em si mesmo do que nos outros. Colocar-se na defensiva, para não se machucar com a falta de sentimos e de reconhecimento dos outros. Recusar emprestar ou doar um objeto qualquer ou sentimentos, é egoísmo: estamos pensando mais em nós do que no próximo. Façamos aos outros o que gostaríamos que eles nos fizesse. Para saber se você está fazendo uma boa ação para com o próximo, analise primeiro se gostaria que ele fizesse o mesmo para você. Se a resposta for não, então por que fazê-la? Se a resposta for sim, então por que não ensinar outros a fazerem o mesmo?

A oração é uma evocação que nos coloca em relação mental com Deus a quem dirigimos o pensamento. Com ela nós podemos glorificar, pedir ou agradecer. É o meio de entrarmos em contato com o Criador e com Jesus, nosso Salvador. Com a oração podemos conversar com Deus e intercedermos por nossos parentes e amigos que estão ao nosso lado, e na face da terra.
Jesus nos ensinou a oração dominical, o "Pai Nosso". Mas a oração principal, a melhor, a mais garantida de chegar ao endereço desejado é aquela realizada com o coração. Em várias passagens o Cristo nos informou que Deus vê o que se passa no íntimo do homem, no nosso coração.
Então se é preciso saber que o verdadeiro espirito do natal não é apenas o que vemos em todo final de ano e especificamente na semana que antecede ao 25 de dezembro, que para grande maioria é uma data em que se comemora o nascimento de Cristo. O espírito do Natal é realmente o sentimento do nascimento de Cristo em nosso coração, mas que este sentimento seja todos os dias de nossa vida.
Para sermos bons, humanos, gentis, educados, amorosos, sem preconceito, e acima de tudo asceptivel em tudo e com todos.


Escrito por;



***FRANCIS DE MELLO***  

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