sábado, 10 de dezembro de 2011

"FORÇA DE PIMENTEL É GRANDE DEMAIS PARA SER DESTRONADO"


Cliente de Pimentel, Fiemg emplacou nome em ministério.



A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), principal cliente da empresa de consultoria do ministro Fernando Pimentel, a P-21, emplacou uma indicação política na pasta comandada pelo petista: a secretaria responsável pela definição de benefícios à indústria.
Fontes ouvidas pelo Estado confirmam que o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, convenceu Pimentel a nomear Heloisa Meneses como titular da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP). Andrade, Meneses e Pimentel saíram de Belo Horizonte para Brasília.
Andrade comandava a Fiemg quando a entidade patronal pagou R$ 1 milhão à empresa de Pimentel por serviços de consultoria econômica em sustentabilidade. À época, Meneses coordenava o Instituto Euvaldo Lodi, vinculado à Fiemg e à CNI, em Minas Gerais.
Mudando de cidade, o trio continuou em contato permanente. A SDP é o alvo principal de lobistas no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e mantém negociações permanentes com a CNI para discutir mecanismos de estímulo ao setor produtivo.
O presidente da CNI negou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, a indicação política. O Ministério do Desenvolvimento não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Como presidente da CNI, Andrade elogiou publicamente as medidas do Plano Brasil Maior. As principais medidas do plano preveem a desoneração da folha de pagamentos de alguns setores escolhidos a dedo pelo governo e a devolução para exportadores de 3% do valor das mercadorias vendidas ao exterior.
O pacote foi considerado tímido por especialistas. No terceiro trimestre deste ano, a participação de importados nas vendas ao consumidor brasileiro subiu para 21,5%, o volume mais alto dos últimos 15 anos, segundo a CNI.
Reestruturação. Ao assumir o ministério em janeiro, Pimentel promoveu a maior reestruturação da pasta desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, substituindo todos os secretários que estavam ali havia anos.
Além do ministro, que é amigo da presidente Dilma Rousseff desde os tempos de guerrilha contra a ditadura, na década de 1970, o secretário executivo, Alessandro Teixeira, também trabalhou na coordenação de campanha da petista em 2010.
O Estado revelou ontem que a maior doadora de campanha do ministro em sua campanha para o Senado no ano passado, a Camargo Corrêa S/A, está sob investigação do Ministério Público Estadual (MPE) por suspeitas de superfaturamento em um contrato de R$ 165,9 milhões firmado por Pimentel quando era prefeito de Belo Horizonte. Consorciada com a Santa Bárbara Engenharia, cuidou da urbanização da favela Cafezal. A construtora registrou R$ 2 milhões em doação de campanha ao petista.


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***FRANCIS DE MELLO***

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