segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"A MEGA SENA ASSASSINA"

Advogado: lutaremos até 10 anos para viúva não levar R$ 50 mi


Conforme testamento, Adriana Almeida pode ficar com uma herança de aproximadamente R$ 50 milhões após morte de marido. Foto: Gabriel Macieira/Especial para Terra
Conforme testamento, Adriana Almeida pode ficar com uma herança de aproximadamente R$ 50 milhões após morte de marido
Foto: Gabriel Macieira/Especial para Terra
O advogado Marcus Faria Rangoni, que representa Renata Senna, filha de Renné Senna, disse que sua cliente irá até as últimas instâncias judiciais para que Adriana Almeida não fique com metade da herança deixada pelo seu pai. Renné foi assassinado em 2007, dois anos depois de levar R$ 52 milhões da loteria, e hoje a quantia está estimada em mais de R$ 100 milhões. Adriana, que ficou conhecida como "viúva da Mega-Sena", foi julgada e absolvida na semana passada em Rio Bonito (RJ) da acusação de homicídio, mas não pode retirar o montante previsto em testamento porque o Ministério Público (MP) recorreu da decisão.
"Não há nenhuma possibilidade de acordo entre a Renata e a Adriana. A minha cliente nunca fará acordo para divisão de bens, mesmo que demore uma década essa briga. Ela quer que o pai dela descanse em paz com a condenação de Adriana", afirmou Marcus Rangoni.
Conforme o advogado, que disse que também irá recorrer, há uma ação de indignidade contra Adriana na Vara Cível, com as mesmas provas do processo criminal. Segundo ele, como os jurados não fundamentaram a decisão, o juiz cível pode declarar a absolvição indigna devido às provas apresentadas. "Ela ainda tem muita coisa para resolver e precisa sair do processo cível", ressaltou o defensor.
Logo após o resultado do júri de Rio Bonito, a promotora Priscila Naegele recorreu e disse estar convencida de que Adriana mandou mandar Renné. O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro confirmou que o MP recorreu da decisão e disse que aguarda o pedido de anulação do júri. Na segunda instância do TJ, os desembargadores devem decidir se aceitam a requisição.
Decisão soberana
Para Jackson Costa Rodrigues, que defende a viúva da Mega-Sena, a decisão dos jurados é soberana. "A probabilidade de chance de anulação é pouca, porque a decisão do jurado é soberana. É necessário haver algo muito diferente do resultado para que ocorra a modificação, o que não acreditamos. Vamos aguardar o comunicado do Tribunal de Justiça", comentou ele.
Rangoni entende que a estratégia dos advogados de defesa induziu os jurados ao erro. Durante todo o julgamento, segundo ele, Jackson Costa tentou desqualificar Renata, dizendo que o milionário não podia ser pai dela. Jackson afirmou também que Renata tinha interesse na morte do pai, já que ficaria com metade da herança. "Estamos focados agora em reverter a decisão e colocá-la no banco dos réus, mas fora de Rio Bonito. Entendemos que o júri sofreu pressão lá", disse Rangoni.
No júri, Adriana admitiu que era infiel ao milionário. "Eu traí por carência. O Renné estava com disfunção erétil. Traí apenas por satisfação sexual", admitiu ela. Os outros acusados do crime, os ex-seguranças do milionário Anderson Silva de Souza e Ednei Gonçalves Pereira já haviam sido julgados e foram condenados, em 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato.


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***FRANCIS DE MELLO***

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