domingo, 15 de janeiro de 2012

"CRACOLÂNDIA VIRA PALANQUE POLÍTICO"


Ação na cracolândia já pauta debate eleitoral em São Paulo 



A tentativa coordenada do governo e da Prefeitura de São Paulo de colocar um fim à cracolândia lançou o combate ao crack como primeiro tema da campanha eleitoral na capital paulista. A mudança relega a segundo plano assuntos que costumam pautar a disputa, como transportes e habitação. Desde já, o PT usa os episódios de violência policial para classificar a ação como 'mal planejada', enquanto tucanos e kassabistas apostam no sucesso da operação para usá-la como bandeira política.
Disposto a atacar a operação para emparedar seus principais adversários, o PT escalou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na elaboração de um projeto de combate ao consumo da droga para seu pré-candidato a prefeito, Fernando Haddad.
O objetivo é mostrar, no município, sintonia com o Plano Nacional de Combate ao Crack, proposto durante a campanha nacional de 2010 e recém-lançado pela presidente Dilma Rousseff, com foco pesado no tratamento dos dependentes químicos. Para minar a ação na cracolândia, que poderia ser usada como trunfo pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), petistas passaram a criticar os episódios de violência na região.
'A operação se mostrou exclusivamente uma intervenção contra os usuários de crack e com uso apenas de forças policiais', escreveu o ex-ministro José Dirceu (PT) em seu blog.
O partido, contudo, pode ser obrigado a evitar o assunto, caso se concretize a aliança sugerida pelo PSD ao PT, apesar da resistência dos petistas da capital. A aproximação impediria Haddad de usar a operação para atacar a estratégia do governo tucano.
Causa preocupação no partido a gafe cometida por Haddad ao condenar a ação policial na UUS, em novembro, quando afirmou que 'não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia'. Nas semanas seguintes, o ministro disse que não se arrependia da comparação, mas criticou também a falta de atenção aos usuários da droga.
Estratégia. Os ataques dos petistas se contrapõem à cautela dos tucanos na abordagem do tema. Líderes do PSDB defendem a operação na cracolândia, apesar dos casos incômodos de violência policial. 'Essa ação não tem volta. Daqui a seis meses, vai estar muito melhor do que estava, então vai ser possível comparar', avalia o presidente municipal do partido, Julio Semeghini.
Timidamente, os tucanos criticam também a falta de patrulhamento nas fronteiras - responsabilidade do governo federal do PT -, que permitiria a entrada de drogas no País. Na campanha presidencial de 2010, o então candidato do PSDB, José Serra, afirmou que o problema seria resolvido 'se o governo não fizesse corpo mole'.
Otimista, a cúpula do PSD de Kassab acredita que a região da cracolândia estará livre das drogas antes do início da campanha e acredita que o prefeito será o principal beneficiado pela operação, caso tenha sucesso.
'O tema do crack vai entrar na campanha e ponto final', diz o marqueteiro Nelson Biondi. Na sua avaliação, o eleitor se importará mais com a sensação de que algo está sendo feito na cracolândia do que com questões como a violência policial. 'Mesmo se der errado, o Kassab e o PSDB terão discurso: 'nós fizemos o que era possível. Quem tiver ideia melhor que a apresente'.'
Ele usa sua experiência na campanha bem-sucedida de Beto Richa (PSDB) ao governo do Paraná, em 2010,quando o assunto também estava no âmbito presidencial. 'Em todas as pesquisas que a gente fazia, havia pelo menos uma pessoa cuja família foi afetada pelo crack.' Biondi diz que não sabe se os candidatos à Prefeitura poderão defender em público a internação compulsória, mas acrescenta: 'Se eu fosse eles, defenderia'.
Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, a estratégia adotada pelo PT 'é uma forma de criticar a condução do processo, sem se opor à ideia'. Por sua vez, o posicionamento de PSDB e PSD fica condicionado aos resultados: se fracassar, e o tráfico de drogas voltar ao centro ou apenas se espalhar pela cidade, é possível que os partidos evitem o assunto. 'Ninguém pode defender publicamente atirar bala de borracha em usuário de drogas.'

Isso já era de se esperar por parte dos partidos e dos pretendentes político a alguma vaga no cenário político de 2012. O PT por sua vez tem mania de criticar tudo que a oposição faz em favor da democracia e de um país melhor, estão criticando a ação cracolândia como desorganizado, por parte do PSDB e PSD, dando sinais de se calarem em caso de o PSD se unirem ao PT. Oras, se um presidente não dá conta de resolver o problema em quase dez anos de mandato, como é que pode esse condenar uma medida acertado da oposição por ter conseguido êxito em seu intento, mesmo anos depois de diversos tentativas frustrados, mas se tudo der como eles estão otimistas com o resultado, pode ser que venha ser realmente positivo à campanha do PSDB, ou PSD, caso este se mantenha com a intenção de continuar unido ao primeiro, porém o PT pode até se beneficiar com a referida ação, mas, se prejudicar com a má ação de combate do governo federal que está sendo uma mer................


Escrito por;









***FRANCIS DE MELLO***

Nenhum comentário:

Postar um comentário