terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"MINISTRO BEZERRA É BLINDADO POR DILMA"


Por apoio do PSB, Dilma decide blindar ministro.





A presidente Dilma Rousseff decidiu blindar o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e escalou o auxiliar como porta-voz da reunião realizada ontem, no Palácio do Planalto, para criar uma força-tarefa que atuará em áreas de risco de Estados afetados pelas chuvas. Dilma avaliou como 'inconsistentes' as denúncias que apareceram até agora contra Bezerra e também não quer comprar briga com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), padrinho do ministro.
Ao voltar a despachar ontem no Planalto, após as férias de fim de ano, a presidente fez questão de demonstrar que mantém a confiança em Bezerra. 'Se eu não contasse com a confiança e apoio dela, não estaria aqui', disse o ministro aos jornalistas, depois de apresentar as diretrizes traçadas pelo governo para definir providências diante das fortes chuvas que castigam o Sudeste. 'Estou tranquilo porque nenhuma das denúncias irá prosperar. O Tribunal de Contas aprovou todas as minhas contas.'
Sob intenso fogo cruzado, Bezerra enfrenta uma série de acusações que vão de nepotismo a uso indevido de dinheiro público quando era prefeito de Petrolina, em Pernambuco. No dia 3, o Estado revelou que 90% das verbas da Integração para obras contra desastres naturais foram destinadas a Pernambuco, Estado natal de Bezerra.
Explicações. Dilma orientou o ministro a dar explicações públicas sobre as denúncias e acionou aliados para que saiam em sua defesa. Na quinta-feira, Bezerra prestará esclarecimentos a uma 'comissão representativa' do Congresso, chamada assim por causa do recesso parlamentar.
Questionado se ainda pretende concorrer à Prefeitura do Recife pelo PSB, ele desconversou. 'Eu te respondo isso na quarta-feira', disse, embora a sua ida ao Congresso deva ocorrer na quinta. Na prática, a pré-candidatura de Bezerra não passa de uma estratégia de Eduardo Campos para forçar o dividido PT a se entender na capital pernambucana, compondo com os socialistas.
Na semana passada, o ministro foi alvo de cotoveladas petistas. 'Acho que a Defesa Civil tem de ser tratada como política nacional. Não pode ficar subordinada a interesses político-partidários aqui e acolá', afirmou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT.
Aliado de Dilma, o governador de Pernambuco reagiu com irritação às estocadas de Vargas e insinuou que o PSB poderia dar o troco no PT nas eleições municipais. Diante do impasse, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou nota dizendo que as relações entre os dois partidos são 'as melhores possíveis'.
Sem querer se indispor com Campos, o deputado João Paulo Lima e Silva - um dos pré-candidatos do PT à prefeitura do Recife - também manifestou solidariedade a Bezerra. 'Não vamos permitir que a adoção de providências necessárias e urgentes seja tratada como um mero privilégio de um Estado em relação aos demais', escreveu ele.
Com essa atitude da presidente Dilma, fica mais visível que ela gosta mesmo é do poder que lhe está nas mãos que descobrir a verdade e o povo que nela votou. Quantos são os ministro já caídos no primeiro ano de governo, mesmo assim ela tende à ajudar ou deixar na impunidade  os indícios de irregularidades, ao fazer o tal indiciado provar sua inocência, mas, fora do poder. Com isso Dilma deixa claro que não está qualificada como muitos que não votaram nela por vê-la como uma pessoa incapaz de tomar decisões radicais contra seus aliados mesmo sendo dos piores em termos de sujeira político.



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***FRANCIS DE MELLO***

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