Juscelino Kubitschek, 31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961
Juscelino Kubitschek
Presidente responsável pela inauguração de Brasília, JK impulsionou o Brasil a índices de desenvolvimento até então inéditos, em feito que ele próprio chamava de “cinquenta anos em cinco”, conforme o seu Plano de Metas. Uma das principais preocupações de JK era fomentar o desenvolvimento industrial nacional para deixar o País menos dependente de importações. A isenção de impostos de importação de equipamentos industriais se uniu ao incentivo para a instalação de fábricas no País, e as indústrias automobilística, naval, siderúrgica e hidrelétrica – como a usina de Furnas – se desenvolveram como nunca antes.
As rodovias passaram a interligar todas as regiões do País e, em 1959, JK criou a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), para estimular a integração da região ao mercado nacional. Entre as críticas ao governo de JK estão apontamentos sobre o descaso com toda a forma de transporte que não a rodoviária e o endividamento deixado em função da construção de Brasília, que cumpriu previsão da Constituição de 1891, visando ao desenvolvimento do interior do País. Ainda assim, JK segue sendo saudado como um dos melhores presidentes que o Brasil já teve, consolidando a transição de uma economia rural para a urbana naqueles que ainda são lembrados como os “Anos Dourados”.
Curiosidade: No seu aniversário de 56 anos, JK se encantou com Lúcia Pedroso, então com 23 anos, casada com o líder do PSD José Pedroso, que acabaria descobrindo a traição e ameaçando matar os dois. O deputado, entretanto, apenas revelou o caso para Sara Kubitschek, e tanto os casamentos como o caso extraconjugal seguiram intactos, atravessando o câncer e a consequente impotência de JK até a morte do ex-presidente, que escreveu 10 mil páginas de cartas para a amada.
As rodovias passaram a interligar todas as regiões do País e, em 1959, JK criou a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), para estimular a integração da região ao mercado nacional. Entre as críticas ao governo de JK estão apontamentos sobre o descaso com toda a forma de transporte que não a rodoviária e o endividamento deixado em função da construção de Brasília, que cumpriu previsão da Constituição de 1891, visando ao desenvolvimento do interior do País. Ainda assim, JK segue sendo saudado como um dos melhores presidentes que o Brasil já teve, consolidando a transição de uma economia rural para a urbana naqueles que ainda são lembrados como os “Anos Dourados”.
Curiosidade: No seu aniversário de 56 anos, JK se encantou com Lúcia Pedroso, então com 23 anos, casada com o líder do PSD José Pedroso, que acabaria descobrindo a traição e ameaçando matar os dois. O deputado, entretanto, apenas revelou o caso para Sara Kubitschek, e tanto os casamentos como o caso extraconjugal seguiram intactos, atravessando o câncer e a consequente impotência de JK até a morte do ex-presidente, que escreveu 10 mil páginas de cartas para a amada.
Foto: Portal Brasil / Divulgação.
Juscelino Kubistchek: Plano de Metas e Brasília
Juscelino Kubistchek foi eleito presidente da República em 1955, juntamente com o vice-presidente João Goulart. Nos primeiros anos do pleito, após a situação política ter tomado seus caminhos (tentativa de golpe da UDN (União Democrática Nacional) e dos militares), rapidamente JK colocou em ação o Plano de Metas e a construção de Brasília, transferindo a capital do Brasil da cidade do Rio de Janeiro para o Planalto Central. Sendo assim, abordaremos os principais feitos realizados por JK durante o seu governo como presidente (1955-1960).
O Plano ou Programa de Metas (31 metas) tinha como principal objetivo o desenvolvimento econômico do Brasil, ou seja, pautava-se em um conjunto de medidas que atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a dinamização do processo de industrialização do Brasil.
O desenvolvimentismo econômico que o Brasil viveu durante o mandato de JK priorizou o investimento nos setores de transportes e energia, na indústria de base (bens de consumos duráveis e não duráveis), na substituição de importações, destacando a ascensão da indústria automobilística, e na Educação. Para JK e seu governo, o Brasil iria diminuir a desigualdade social gerando riquezas e desenvolvendo a industrialização e consequentemente fortalecendo a economia. Sendo assim, estava lançado seu Plano de Metas: “o Brasil iria desenvolver 50 anos em 5”.
Para ampliar o desenvolvimentismo econômico brasileiro, JK considerava impossível o progresso da economia sem a participação do capital estrangeiro. Para alcançar os objetivos do Plano de Metas era necessária uma intervenção maior do Estado na economia, priorizando, então, a entrada de capitais estrangeiros no país, principalmente pela indústria automobilística. Ressalta-se que nesse período o Brasil iniciou o processo de endividamento externo.
Os setores de energia e transporte foram considerados fundamentais para o desenvolvimentismo econômico, ressalta-se a importância do governo Vargas neste processo, com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda-RJ no ano de 1946 e da Petrobras no ano de 1953. Outros setores que ganharam relevância foram o agropecuário; JK procurou aumentar a produção de alimentos e o setor energético, construindo as usinas Hidrelétricas de Paulo Afonso no rio São Francisco e as barragens de Furnas e Três Marias.
Contudo, tais mudanças empreendidas por JK ocasionou a acentuação da industrialização do país com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) anual em 7%, mas não superando a inflação da dívida externa. A industrialização do país se efetivou basicamente na região sudeste, destacando neste momento a grande migração nordestina para esta região.
Após analisarmos alguns pontos do Plano de Metas, focaremos a outra promessa de campanha efetivada por JK: a construção de Brasília e a transferência da capital federal. Em fins de 1956, depois de o Congresso Nacional ter aprovado a transferência da capital, iniciaram-se as obras da construção de Brasília. A nova capital do Brasil teria um moderno e arrojado conjunto arquitetônico realizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O Plano Piloto da cidade foi desenvolvido pelo urbanista Lúcio Costa.
Juscelino Kubistchek não foi o primeiro a falar sobre a possiblidade da transferência da capital do Brasil, desde 1891 a Constituição Federal, no seu artigo 3º, já almejava a transferência. Na última década do século XIX, mas precisamente no ano de 1894, foi nomeada uma comissão que visitou e demarcou a área do futuro Distrito Federal no Planalto Central. Essa comissão ficou conhecida como Missão Cruls em referência ao astrônomo belga Luiz Cruls que a chefiava.
A interiorização da capital federal já era um sonho de muitos brasileiros anteriores a JK, mas foi Juscelino que efetivou a transferência da capital. Acostumado a lidar com projetos arrojados, JK deu a ordem para o início da construção de Brasília, os trabalhos tiveram início no final de 1956. A nova capital foi inaugurada no ano de 1960.
A construção da nova capital se configurou como uma grande meta a ser cumprida. Brasília somente pôde ser efetivada a partir da grande vontade de JK, e também pelo empenho dos trabalhadores que a construíram, grande parte se constituía de migrantes da região nordeste do Brasil. Os trabalhadores que a construíram tornaram seus primeiros moradores, ficando conhecidos como “Candangos”.
Com Juscelino Kubistchek, o interior do Brasil passou a ser visto como espaço de possibilidades, como parte integrante da civilização brasileira.
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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