Não há um caso em que buscaram o dinheiro que foi desviado",
destaca o deputado (foto: Agência Brasil)
destaca o deputado (foto: Agência Brasil)
O deputado federal Miro Teixeira, do PDT, identifica uma reincidência do "estilo" anti-crise da presidente Dilma Rousseff (PT). Na condução da querela do ministro do Trabalho, o pedetista Carlos Lupi, ela vem repetindo o método de fritura aplicado em outros escândalos no governo.
- Ela não intervém em nenhum momento, exceto depois da absoluta fritura dos ministros, quando ela ganha pontos perante a opinião pública por demitir o ministro cujo desgaste ela permitiu - critica Miro Teixeira, ex-ministro das Comunicações.
Segundo o deputado, o presidencialismo sofre uma mudança de natureza no momento em que a presidente transfere aos partidos a responsabilidade pela demissão dos ministros.
- É preciso que a gente reflita sobre o que está se passando no nosso País. Está se criando um presidencialismo atrofiado, que aproveita os momentos em que são surpreendidos os que desviam dinheiro público, roubam ou praticam irregularidades, e deixa que isso se prolongue. E, com a demissão, considera esgotado o episódio. Não há um caso em que buscaram o dinheiro que foi desviado.
O site Grajaú de Fato, do Maranhão, publicou imagens que desmentem a versão do ministro Carlos Lupi de que, em 2009, ele não teria usado um avião arranjado por Adair Meira, dono de ONGs com convênios na pasta, para cumprir agenda. A situação de Lupi deve ser definida esta semana, enquanto prossegue sua fritura.
Terra Magazine - Qual deve ser a posição do PDT no caso de Carlos Lupi?
Miro Teixeira - É muito simples. A nomeação e a demissão de ministro dependem do ministro e da presidente da República, que nomeia e demite. Nós não estamos no parlamentarismo. É muito curioso esse talento revelado pela presidente Dilma Rousseff de parecer absolutamente distante do que ocorrer. No final, ainda ganha mais popularidade. É estranho...
Miro Teixeira - É muito simples. A nomeação e a demissão de ministro dependem do ministro e da presidente da República, que nomeia e demite. Nós não estamos no parlamentarismo. É muito curioso esse talento revelado pela presidente Dilma Rousseff de parecer absolutamente distante do que ocorrer. No final, ainda ganha mais popularidade. É estranho...
A presidente parece distante dessa questão?
Não é que pareça. Ela não intervém em nenhum momento, exceto depois da absoluta fritura dos ministros, quando ela ganha pontos perante a opinião pública por demitir o ministro cujo desgaste ela permitiu. Quando eu digo que permitiu o desgaste, não estou falando de inocentes ou de culpados, não. Ou de culpados e de inocentes. É porque nós estamos no presidencialismo. É preciso chamar a atenção das pessoas que, no presidencialismo, o ministro depende do decreto do presidente para ser nomeado ou ser demitido.
Não é que pareça. Ela não intervém em nenhum momento, exceto depois da absoluta fritura dos ministros, quando ela ganha pontos perante a opinião pública por demitir o ministro cujo desgaste ela permitiu. Quando eu digo que permitiu o desgaste, não estou falando de inocentes ou de culpados, não. Ou de culpados e de inocentes. É porque nós estamos no presidencialismo. É preciso chamar a atenção das pessoas que, no presidencialismo, o ministro depende do decreto do presidente para ser nomeado ou ser demitido.
A decisão não dependeria tanto do ministro Carlos Lupi?
Ele pode se demitir. É o que lhe disse: depende do ministro e depende do presidente da República.
Ele pode se demitir. É o que lhe disse: depende do ministro e depende do presidente da República.
Há notícias de que o PDT não teria nomes para substituir o ministro...
Não tem essa coisa de "o partido político". É uma coisa que se construiu aqui, de o partido colocar o ministro e tirar o ministro. Se o PT quiser tirar o ministro (Guido) Mantega, que está indo bem no ministério da Fazenda, será que consegue? A minha resposta é "não". É preciso que a gente reflita sobre o que está se passando no nosso País. Está se criando um presidencialismo atrofiado, que aproveita os momentos em que são surpreendidos os que desviam dinheiro público, roubam ou praticam irregularidades, e deixa que isso se prolongue. E, com a demissão, considera esgotado o episódio. Não há um caso em que buscaram o dinheiro que foi desviado.
Não tem essa coisa de "o partido político". É uma coisa que se construiu aqui, de o partido colocar o ministro e tirar o ministro. Se o PT quiser tirar o ministro (Guido) Mantega, que está indo bem no ministério da Fazenda, será que consegue? A minha resposta é "não". É preciso que a gente reflita sobre o que está se passando no nosso País. Está se criando um presidencialismo atrofiado, que aproveita os momentos em que são surpreendidos os que desviam dinheiro público, roubam ou praticam irregularidades, e deixa que isso se prolongue. E, com a demissão, considera esgotado o episódio. Não há um caso em que buscaram o dinheiro que foi desviado.
Isso se deve, em parte, ao comportamento do PMDB nos últimos anos, tanto no governo de FHC quanto de Lula? De pressionar para pôr ministro, tirar ministro, escolher os nomes?
Isso cria um falso cenário. Dá a impressão, no caso da presidente Dilma, de que existe e que a presidência dá como malfeito. Eu te confesso que nunca fui a uma reunião para ocupar um cargo, porque o que está me interessando é analisar esse momento do presidencialismo e do marketing político no Brasil.
Isso cria um falso cenário. Dá a impressão, no caso da presidente Dilma, de que existe e que a presidência dá como malfeito. Eu te confesso que nunca fui a uma reunião para ocupar um cargo, porque o que está me interessando é analisar esse momento do presidencialismo e do marketing político no Brasil.
É um caso inédito: a presidente demite seis ministros e mantém sua popularidade?
Por quê? Porque a malfeitoria fica por conta do partido. E correção fica com a presidente. Agora eu pergunto: cadê o dinheiro que foi desviado? O que foi feito para recuperar?
Por quê? Porque a malfeitoria fica por conta do partido. E correção fica com a presidente. Agora eu pergunto: cadê o dinheiro que foi desviado? O que foi feito para recuperar?
postado por:
***FRANCIS DE MELLO***
O que mais incomoda o grupo do do deputado Miro Teixeira, è exatamente a vontade que ele tem em ser o centro das atenções. O PDT em si nada faz em favor do país, muito menos para ajudar a presidente, embora esta não está nem ao menos sabendo mais que seja a presidenta do brasil, diante da paralisia de palavras que ela teve no 1º Fórum Social Mundial no Rio Grande do Sul realizou-se o primeiro temático, feito inédito na história do evento. Para quem esperava da fala da Dilma no gigantinho um discurso maiúsculo, se frustrou. Por esse motivo é que tem ela recebido alfinetadas de todos os lados, até mesmo dos parlamentares de seu PT!
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