'Sexualidade é politicagem para votos', diz filho de Bolsonaro 25 de novembro de 2011 • 14h29
O vereador Carlos Bolsonaro (PP-RJ) criticou a prefeitura do Rio de Janeiro por permitir aos funcionários uso de nomes sociais Foto: Reprodução |
O filho do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), vereador Carlos Bolsonaro (PP-RJ), fez críticas nesta sexta-feira, através de sua página no microblog Twitter, aos que usam a "sexualidade" como "politicagem para obtenção de votos e milhões de reais em recursos públicos". Ele também criticou a prefeitura do Rio de Janeiro por autorizar funcionários públicos a usarem seus nomes sociais, dando o exemplo do travesti Beyoncé Pão Doce.
O vereador ainda afirmou que "ninguém tem nada com a simpatia ou opção sexual de ninguém, mas incluir este debate nas escolas primárias é pura covardia". Na última quinta-feira, seu pai envolveu-se em uma polêmica na Câmara ao fazer insinuações sobre a opção sexual da presidente Dilma Rousseff (PT). Na tribuna da Casa, Jair Bolsonaro afirmou que o Ministério da Educação (MEC) ainda planeja incluir o combate à homofobia nos currículos escolares e disparou contra Dilma. "Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma".
"Não é uma brincadeira, mas sim um estagiário remunerado gay bancado pela prefeitura do Rio. (...) O MEC autoriza funcionários públicos a usarem nomes sociais em suas repartições. Imaginem o professor(a) Beyoncé Pão Doce dando aula para crianças", ironizou o vereador.
O PT afirmou que vai pedir a cassação do deputado Bolsonaro na próxima terça-feira. "Eu acho que ele feriu o decoro parlamentar. Ele incita ódio aos homossexuais e não segue os ritos do Parlamento. Portanto, nós vamos representá-lo no Conselho de Ética e vamos pedir a cassação dele na próxima terça-feira", informou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), líder do PT na Câmara. Hoje, ao Terra, Bolsonaro afirmou que não quis ofender e que não se interessa pela opção sexual de Dilma, apenas pela exclusão do chamado kit-gay das escolas.
"Eu não tenho que pedir desculpas para a presidente. Tudo que eu falo é motivo de processo, então eu acho que tenho que ficar quieto em Brasília. Qualquer escorregada minha é motivo para processo, mas eu não vou parar de falar. O dia que eu parar de falar, não fico mais em Brasília", afirmou Bolsonaro, dizendo não temer um processo de cassação.
"Pois que me cassem, mas tenham vergonha na cara de enterrar esse projeto do kit-gay, já que Dilma não teve coragem de enterrar", concluiu Bolsonaro. Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão, determinou a retirada das declarações das notas taquigráficas atendendo a pedido do deputado Marcon (PT-RS).
Bolsonaro: "prefiro filho morto em acidente a um homossexual"
No dia 08 de junho o deputado já teria dito as seguintes palavras.
Após alguns dias sem se envolver em polêmicas, o deputado Jair Bolsonaro voltou a atacar os homossexuais em entrevista na edição deste mês da revista masculina Playboy. Entre outras coisas, Bolsonaro afirma que prefere um filho morto a um herdeiro gay e diz que ser vizinho de um casal homossexual é motivo de desvalorização de imóvel.
"Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo", disse.
Em outro trecho, ele acrescenta: "se um casal homossexual vier morar do meu lado, isso vai desvalorizar a minha casa! Se eles andarem de mão dada e derem beijinho, desvaloriza".
Bolsonaro defende também o uso da violência e critica mais uma vez Preta Gil, meses após a confusão no programa CQC: "a promiscuidade da Preta Gil está no blog dela. Ela fala ali que é bissexual, diz que na casa dela os héteros eram exceção".
o que deixa mais que confirmado que ele tenha dito algo contra a presidenta Dilma Rousseff, e está mais que claro que ele pratica o chamado homofobia.
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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