quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Em depoimento no Senado, Lupi exibiu documentos para se defender das acusações. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Em depoimento no Senado, Lupi exibiu documentos para se defender das acusações
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Em depoimento na Comissão de Assuntos Sociais do Senado nesta quinta-feira, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), minimizou a pressão de setores do seu próprio partido para que deixe o cargo e disse que sua permanência no primeiro escalão do governo federal depende exclusivamente da presidente Dilma Rousseff. Após a divulgação de que viajara ao Maranhão a bordo de um avião providenciado pelo diretor de uma ONG que detém contratos milionários com o Ministério do Trabalho, Lupi chegou a dizer que só deixaria a pasta "abatido à bala".
Na manhã de hoje no Senado o ministro ouviu dos senadores pedetistas Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) o apelo para que deixasse a Esplanada dos Ministérios e para que o PDT desembarcasse do primeiro escalão do governo federal.
"O nosso partido é um partido democrático. Nós debatemos. Não tem ninguém impondo nada a ninguém. Sou amigo pessoal do senador Pedro Taques, fui eu que o filiei ao PDT, sou amigo pessoal do senador Cristovam. O partido é democrático, democracia é assim. Só Jesus Cristo é unanimidade", comentou ele, que adotou um tom moderado durante toda a audiência.
Mais cedo, ao rebater críticas à sua gestão no Ministério do Trabalho, Carlos Lupi apelou à tese de que "forças reacionárias" querem derrubá-lo da pasta "no tapetão". "(Existem) Forças reacionárias que aproveitam possíveis falhas e possíveis erros para nos fazer dividir. Estamos na causa certa, do lado certo e, mais, no lado que tem representado a base essencial da história do trabalhismo", argumentou o ministro. "A nossa presença no governo é a afirmação da nossa causa. Estamos ganhando antagonismos, forças grandiosas que são contra o que a gente pensa porque estamos defendendo essa causa."
Durante o depoimento que prestou aos senadores, Lupi também afirmou que a presidente Dilma Rousseff pediu que ele continuasse como auxiliar do governo federal. Ele, que foi prestar explicações diretas à presidente na quarta-feira, se negou a comentar no Senado o teor da conversa, mas resumiu: "lealdade tem que ser a marca e o princípio do ser humano. (Na conversa com a presidente) Tem que se guardar a confiança recíproca. Só vou me limitar a dizer que ela pediu para que eu continuasse".
Lupi retornou ao Senado após a divulgação de que ele teria mentido ao negar que viajara ao Maranhão a bordo de um avião providenciado pelo diretor de uma ONG que detém contratos milionários com o Ministério do Trabalho. A aeronave para que o ministro cumprisse agenda oficial em sete municípios maranhenses teria sido providenciada por Adair Meira, que controla ONGs com contratos de cerca de R$ 14 milhões com a pasta.
A mistura de interesses públicos e privados, como caronas fornecidas por empresários, é proibida pelo Código da Alta Administração Pública Federal, que reúne um conjunto de condutas éticas esperadas de agentes públicos. Aos senadores, Lupi disse que não tem "relação pessoal" com Meira.
Acredito piamente que nosso Ministro do Trabalho não se firmará jamais no cargo, seus próprios comparsa de partido já não o aguentam mais no ministério, estão desesperados para o verem bem longe da esplanada dos ministérios. Só não acredito que eles queiram que ele deixe a pasta por vontade de desembarcar realmente da esplanada, ou sé para concorrerem entre sí a mesma vaga. Isso só veremos dentro em pouco quando o amigo deles 'Lupi" deixar de vez a pasta!
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***FRANCIS DE MELLO***

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