Capital brasileira no Japão, Hamamatsu vira "terra de oportunidades" |
Cidade se tornou a capital brasileira no Japão |
Os rostos orientais são maioria como em qualquer outra cidade do Japão, mas em Hamamatsu é fácil ouvir pelas ruas palavras em português sendo faladas. A metrópole, casa da Seleção Brasileira na terceira fase da Copa do Mundo masculina de vôlei, tem a maior concentração de imigrantes no país, e por isso ficou conhecida como a "capital brasileira no Japão".
Com população de cerca de 800 mil pessoas, Hamamatsu atrai especialmente dekasseguis, brasileiros descendentes de japoneses, que chegam à cidade para trabalhar na indústria automobilística, além da produção de outros produtos eletrônicos. Sony, Panasonic, Honda, Yamaha e Kawai possuem indústrias na metrópole.
Além de imigrantes do Brasil, Hamamatsu atrai pessoas de países mais pobres da Ásia, como Filipinas e Indonésia. Pelas ruas da cidade é possível ver anúncios e placar em português, com lojas voltadas a esse público, além de igrejas evangélicas.
"O Japão é uma terra de oportunidades. Aqui a pessoa pode se estabelecer muito bem se trabalhar com seriedade", relata Levi da Silva, chef de cozinha do restaurante Servitu, especializado em culinária brasileira, que também tem um mercado com produtos importados do país.
"Já estive em outros lugares e aqui é diferente. Em Hamamatsu tem tudo na mão. O ruim é que gasta tudo o que se ganha", explica Pedro Takeda, dekassegui que mora no Japão há 22 anos e relata a grande presença de filipinos. "O que eles ganham aqui não ganhariam lá em um ano", diz.
A concentração de brasileiros, porém, vem diminuindo, especialmente após o terremoto que atingiu o Japão em março de 2011. Muitos perderam o emprego para cidadãos japonese vindos das áreas mais afetadas, e tiveram que voltar ao Brasil. "Muitos voltaram para o Brasil mas já querem voltar para cá. Foi aquele pânico, mas já está se normalizando", conta Levi.
Eu também concordo que em Hamamatsu é um lugar bom para se viver, contudo há aquele medo constante do chamado terremoto, fenômeno que não tem momento marcado para acontecer, além do alto custo de vida. Aqui se o imigrante não for econômico, nunca poderá fazer seu pé de meia, conta Sandrinha Komatsubashy.
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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