Fernando Henrique Cardoso, (01 de janeiro de 1995 a 01 de janeiro de 2003)
Fernando Henrique Cardoso
O sucesso do Plano Real alavancou FHC à Presidência, a partir da qual o sociólogo o implementou uma série de medidas de cunho social – como o Bolsa Escola, a Rede de Proteção Social e o Auxílio Gás, unificados depois por Lula com o Bolsa Família – e continuou o processo de privatização iniciado por Collor, do qual a venda mais notável foi a da parte acionária do governo da Vale do Rio Doce, hoje a maior empresa privada do País. Também foram privatizados diversos bancos estaduais e estatais do sistema telefônico. A desestatização provocou diversas greves de servidores públicos, a quem o governo sucessivamente negou reajustes salariais. Com o estímulo à entrada de empresas estrangeiras no País e o aumento da concorrência, aliado ao abafamento das fontes de déficit público, FHC conseguiu domar a inflação ainda em seu primeiro mandato. O tucano logrou, ainda, aprovar a reeleição para os cargos eletivos do Executivo. São obras de sua gestão a criação do gasoduto Brasil-Bolívia e a vigência do novo Código de Trânsito e da Lei de Responsabilidade Fiscal, além de diversas melhorias no setor rodoviário.
Vencedor em primeiro turno nas eleições de 1998, FHC enfrentou uma grave crise financeira logo no início do segundo mandato, com uma substancial desvalorização da moeda. A essa crise se somou a do setor energético. FHC tampouco ficou incólume a denúncias de corrupção, a exemplo de acusações de compra de parlamentares pela aprovação da reeleição, favorecimento de grupos financeiros durante processos de privatização e caixa dois de sua campanha eleitoral, que teria ligação com o escândalo do Caso Alstom – denúncias de pagamento de propina a diversos integrantes do PSDB por parte da imprensa internacional, notadamente pelos periódicos alemão Der Spiegel e americano Wall Street Journal. De todo modo, FHC concluiu seus dois mandatos, feito que não era alcançado por um presidente eleito pelo voto direto desde Juscelino.
Curiosidade: Hoje, FHC é um dos maiores nomes do ativismo a favor da descriminalização da maconha no País. Ao lado dos ex-presidentes americanos Bill Clinton e Jimmy Carter, ele aparece no filme Quebrando o tabu, que, lançado em maio de 2011, defende que a política de guerra contra as drogas é ineficaz.
Vencedor em primeiro turno nas eleições de 1998, FHC enfrentou uma grave crise financeira logo no início do segundo mandato, com uma substancial desvalorização da moeda. A essa crise se somou a do setor energético. FHC tampouco ficou incólume a denúncias de corrupção, a exemplo de acusações de compra de parlamentares pela aprovação da reeleição, favorecimento de grupos financeiros durante processos de privatização e caixa dois de sua campanha eleitoral, que teria ligação com o escândalo do Caso Alstom – denúncias de pagamento de propina a diversos integrantes do PSDB por parte da imprensa internacional, notadamente pelos periódicos alemão Der Spiegel e americano Wall Street Journal. De todo modo, FHC concluiu seus dois mandatos, feito que não era alcançado por um presidente eleito pelo voto direto desde Juscelino.
Curiosidade: Hoje, FHC é um dos maiores nomes do ativismo a favor da descriminalização da maconha no País. Ao lado dos ex-presidentes americanos Bill Clinton e Jimmy Carter, ele aparece no filme Quebrando o tabu, que, lançado em maio de 2011, defende que a política de guerra contra as drogas é ineficaz.
Foto: Portal Brasil / Divulgação
Governo Fernando Henrique Cardoso
Fernando Henrique Cardoso (FHC), durante os dois mandatos como presidente da República, efetivou o Plano Real, privatizou várias estatais brasileiras e implantou a política neoliberal.
Governo FHC: plano real, controle da inflação e política neoliberal
O governo presidencial de dois mandatos, 1º mandato (1994-1997) e 2º mandato (1998-2002), de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pela efetiva implantação da política Neoliberal no Brasil.
Fernando Henrique Cardoso nasceu no estado do Rio de Janeiro no dia 18 de junho de 1931, com menos de dez (10) anos mudou-se para São Paulo, lá concluiu o curso de Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), realizou os estudos de pós-graduação na Universidade de Paris. Na década de 1960, após o Golpe Militar no Brasil, foi exilado no Chile e posteriormente na França, onde realizou seus estudos de pós-graduação, retornou para o Brasil como professor da USP no ano de 1968, com o decreto do Ato Institucional (AI-5) foi aposentado de suas atribuições docentes.
Após a aposentadoria foi convidado a lecionar em algumas universidades estrangeiras e fundou, juntamente com outros intelectuais brasileiros, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Esse Centro tinha como principal objetivo a análise da realidade socioeconômica da sociedade brasileira.
Sua vida política teve início no ano de 1978, quando foi eleito suplente do Senador paulista Franco Montoro, no ano de 1983 assumiu o senado quando Franco Montoro foi eleito governador do estado de São Paulo. Perdeu as eleições para a prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros no ano de 1985, mas em 1986 foi eleito senador por São Paulo.
Fernando Henrique Cardoso foi um dos fundadores do Partido Social Democrático Brasileiro (PSDB). No primeiro ano do mandato do presidente Itamar Franco, Fernando Henrique assumiu o Ministério das Relações Exteriores, em 1992, e no ano seguinte foi atribuída a ele a função de Ministro da Fazenda. Nesta pasta realizou uma reforma monetária na economia brasileira que vivia sucumbida pela inflação, o chamado Plano Real.
Em 1993 deixou o Ministério da Fazenda e lançou sua candidatura à presidência da República pelo PSDB, seu principal adversário foi Luiz Inácio Lula da Silva, que concorria à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula era o favorito à presidência. Fernando Henrique Cardoso ganhou as eleições e assumiu a pasta presidencial no ano de 1994. Seu principal objetivo durante o primeiro mandato foi o combate à inflação.
No primeiro mandato, mas precisamente no de 1997, FHC (como ficou conhecido) deu continuidade ao processo de reformas estruturais com a finalidade de evitar a volta da inflação, procurando deixar a economia estável. Durante este mandado o presidente pautou pela privatização de várias estatais brasileiras, como a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), a Telebrás (empresa de telecomunicações) e o Banespa (banco pertencente ao governo do estado de São Paulo). A compra das empresas estatais ocorreu, sobretudo, por grupos estrangeiros, que faziam aquisição das ações ou compravam grande parte dessas, assim, tornavam-se sócios majoritários.
Ainda no ano de 1997, FHC conseguiu enviar e aprovar no Congresso Nacional a emenda da reeleição, tornando-se candidato outra vez à presidência da república e ainda tendo Lula como seu principal adversário. O Plano Real e o controle da inflação continuou sendo sua principal propaganda política, o que favoreceu a FHC mais uma vitória nas urnas, conseguindo a reeleição.
No ano de 1999, FHC assumiu o segundo mandato como presidente do Brasil, neste mandato não houve grandes investimentos nas reformas estruturais (privatizações). Ocorreram, sim, algumas reformas no setor da Educação, sendo aprovadas no ano de 1996 as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB), e posteriormente foram criados os Parâmetros Curriculares para o Ensino Básico.
Ao final do seu segundo mandato (2002), somando oito (8) anos no poder, FHC conseguiu controlar a inflação brasileira, entretanto, durante o seu governo a distribuição de renda no Brasil continuou desigual, a renda dos 20% da população rica continuou cerca de 30 vezes maior que a dos 20% da população mais pobre. O Brasil ficou em excessiva dependência do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do Brasil na política Neoliberal.
FHC deixou a presidência no dia 1 de janeiro de 2003, e quem a assumiu foi Luiz Inácio Lula da Silva.
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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