Em foto, Lupi aparece saindo de aeronave onde teria viajado com fundador de ONG conveniada com o ministério
Ameaçado de perder o cargo, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), reuniu-se na manhã desta quarta-feira com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para dar explicações sobre as denúncias de irregularidades das quais tem sido alvo. "Ele disse que vai se defender", revelou um auxiliar da Presidência. Lupi prometeu à presidente que dará explicações públicas. Amanhã, o ministro vai esclarecer o uso de um avião particular na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Para receber o ministro, Dilma remarcou uma reunião de coordenação política, que reúne os ministros mais próximos do Planalto. O encontro estava agendado para o período da manhã e agora vai acontecer pela tarde. A agenda oficial da Presidência não indicava a audiência com o ministro e a presença do ministro foi desmentida pela assessoria de imprensa.
À presidente Dilma, Lupi disse que as fotos o mostram viajando em um jato alugado por duas organizações não-governamentais (ONGs) e não de uma empresa. "Ele disse que o avião não era de empresário", disse a mesma fonte, e esse é o argumento que o ministro levará quando der explicações públicas. Uma foto revelou o ministro desembarcando de uma aeronave alugado pelo diretor das ONGs Fundação Pró-Cerrado e Renapsi, Adair Meira. Na semana passada, em Depoimento na Câmara dos Deputados, Lupi disse não conhecer o diretor.
Por enquanto, Lupi continua no cargo, mas Dilma deverá ficar de olho nas explicações que ele dará amanhã no Congresso. Em dez meses de mandato da presidente Dilma Rousseff, seis ministros já foram demitidos; cinco deles por denúncias de corrupção.
O tempo do Ministro Lupi, já passou. Já deveria ter sido substituído tendo em vista de tantos erros e dívidas no ministério. Não consigo entender como um presidente deixa as coisas chegarem numa situação insustentável de ministros corriptos, como nossa Presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. Já por diversos vezes mencionei que Lupi não tem como ficar no ministério, e na realidade não ficará mesmo, pois tudo o que tem dito é apenas para ganhar mais tempo, o que deveria já ter caído.
À Câmara, na semana passada, Lupi disse que viagens de jatinho que fez foram pagas pelo PDT no MA
Fragilizado pela confirmação de que viajou mesmo em um jatinho providenciado pelo diretor da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), telefonou nesta quarta-feira para parlamentares do partido a fim de buscar apoio da legenda e reforçar sua disposição de se defender das acusações de ter supostamente beneficiado Meira, cuja ONG ganhou convênios com a pasta. Diante do risco de engrossar a lista dos auxiliares demitidos pela presidente Dilma Rousseff, o PDT cancelou a reunião do diretório nacional que faria neste sábado para discutir a gestão do ministro à frente da pasta. Pela manhã, em caráter reservado, o ministro precisou reapresentar justificativas à presidente Dilma Rousseff, a quem já tinha informado não ter relações com Adair Meira. A ONG de Meira recebeu quase R$ 14 milhões em convênios com a pasta. Na conversa com a presidente, Lupi voltou a afirmar que o jatinho que usou não era do empresário. A expectativa de pedetistas é que Lupi se reúna com a bancada do partido para apresentar sua defesa sobre a real relação com o empresário ligado à ONG. Lupi, que havia negado conhecer Adair ou ter utilizado qualquer jatinho particular de empresários, foi desmentido com a publicação de uma foto e um vídeo em que aparece ao lado do diretor das ONGs e desembarcando da aeronave. Se conseguir se manter no cargo até quinta-feira, Lupi tentará novamente se explicar aos parlamentares e, com isso, apresentar argumentos que garantam a ele sustentação política e a permanência no cargo de auxiliar da presidente Dilma Rousseff. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou hoje convite para que o pedetista explique a utilização de um avião privado alugado pelo diretor das ONGs Adair Meira. O ministro, que tinha recebido o compromisso inicial de que não seria demitido precocemente do governo e de que ficaria no primeiro escalão federal pelo menos até o início do próximo ano, perdeu a garantia de continuidade à frente da pasta.
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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