O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), disse nesta quinta-feira, em depoimento na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que não tem "relação pessoal" com o empresário Adair Meira, diretor de organizações não-governamentais (ONGs) que mantêm contratos com a pasta.
"A gente pode até entrar no carro de alguém que nos dá carona e não saber quem é. Quantos ministros, deputados, senadores podem ter usado carro, avião de quem não conhece? Meu erro foi não checar com a apuração que devia", disse. "Quem tem que explicar pagamento de aeronave não sou eu. Não tenho obrigação de saber. Não pedi a aeronave, não solicitei a aeronave. Vi um linchamento público durante cinco dias", argumentou.
Lupi retornou ao Senado após a divulgação de que ele teria mentido ao negar que viajara ao Maranhão a bordo de um avião providenciado pelo diretor de uma ONG que detém contratos milionários com o Ministério do Trabalho e Emprego. A aeronave para que o ministro cumprisse agenda oficial em sete municípios maranhenses teria sido providenciada por Adair Meira, que controla ONGs com contratos de cerca de R$ 14 milhões com a pasta.
A mistura de interesses públicos e privados, como caronas fornecidas por empresários, é proibida pelo Código da Alta Administração Pública Federal, que reúne um conjunto de condutas éticas esperadas de agentes públicos.
Na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Carlos Lupi apresentou a nota taquigráfica de outro depoimento que prestou, desta vez na Câmara dos Deputados, em que foi questionado se tinha "relação pessoal" com Adair Meira. O ministro admitiu conhecer o empresário, mas disse não manter amizade com o diretor da ONG.
"Não disse que não o conheço. Há um processo de tentativa de linchamento público da gente por falta, por mentir. Não tenho nenhuma relação. Não sou amigo dele, não tenho relação pessoal com ele", afirmou Lupi aos senadores.
O ministro disse que conheceu Adair Meira apenas no dia da viagem feita ao Maranhão e atribuiu a uma "falha de memória" o fato de não ter se lembrado do nome do empresário no depoimento prestado à Câmara.
"Não tem nenhum tipo de ofensa. Sei que o senhor Adair ficou chateado por eu não lembrar o nome. Não sou um ser humano que não tenho memória absoluta. Não registrava o nome dele naquele momento com a personalidade dele. Não podemos viver em uma sociedade em que condena sem provas, em que se editam falas (...) para tentar demonizar qualquer cidadão", explicou ele, defendendo ainda a ONG Pró-Cerrado, de Adair Meira.
"A instituição dele é uma das que mais realiza trabalhos. Repito, é (instituição) séria. Não fiz em nenhum momento diminuição, cena, teatro (ao não lembrar o nome do empresário). Depois de dez, doze perguntas recorri a um documento (para lembrar o nome)", disse.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira que é de responsabilidade do Congresso apurar se o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mentiu em depoimento prestado na semana passada na comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. Aos parlamentares, o ministro disse que não conhecia Adair Meira, controlador de duas organizações não-governamentais (ONGs) - Pró-Cerrado e Renapsi - que têm contrato com a pasta e que recebeu R$ 14 milhões pelos convênios. Lupi também negou que tenha utilizado um jatinho providenciado por Adair.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta quarta-feira que é de responsabilidade do Congresso apurar se o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mentiu em depoimento prestado na semana passada na comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. Aos parlamentares, o ministro disse que não conhecia Adair Meira, controlador de duas organizações não-governamentais (ONGs) - Pró-Cerrado e Renapsi - que têm contrato com a pasta e que recebeu R$ 14 milhões pelos convênios. Lupi também negou que tenha utilizado um jatinho providenciado por Adair.
Imagens veiculadas no último fim de semana, no entanto, contradizem a versão do ministro. Em fotos e vídeos, Lupi aparece descendo do jatinho na companhia do diretor das ONGs. O ministro rebateu dizendo que o PDT no Maranhão teria alugado o jatinho, versão negada pelo diretório estadual.
O PSDB, partido de oposição ao governo Dilma Rousseff, protocolou hoje um pedido para que o Ministério Público peça abertura de investigação contra Lupi por crime de responsabilidade e, se necessário, a perda do cargo e suspensão dos direitos políticos do ministro. Gurgel, no entanto, procurou não caracterizar o teor das denúncias.
"Só posso opinar quando tiver isso (pedido) em mãos. Temos que ver com exatidão sobre o que se trata. Pela notícia que tive, é algo que se dirige ao Congresso, no âmbito do Congresso pelo fato de eventualmente ele não ter dito a verdade", destacou.
Fonte: Terra.
O nome de Lupi já havia sido citado pelo fato de ele comandar um ministério cujos assessores participariam de um suposto esquema de propina para a celebração de convênios sobre capacitação profissional.
Como eu disse em outras vezes, acho que já passou da hora em substituir o ministro Lupi, em um momento diz que não viajou no referido jatinho, em outra diz ter viajado mas havia esquecido, disse não ter nunca se encontrado com o presidente da ONG, depois diz só não ter lembrado o nome, até quando será que essa mentira vai dar certo?
Escrito por;
***FRANCIS DE MELLO***
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