quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"NEGROMONTE NÃO RESISTIU A PRESSÃO E ACABOU POR SE DEMITIR"


Negromonte deixa Ministério das Cidades e dá lugar a deputado.




O ministro negou irregularidades na pasta, mas não resistiu à pressão e deixou o governo. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O ministro negou irregularidades na pasta, mas não resistiu à pressão e deixou o governo
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil



O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), entregou nesta quinta-feira seu pedido de demissão à presidente Dilma Rousseff (PT), que escolheu para ocupar o cargo o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A informação foi confirmada por volta das 16h15 pela ministra da Comunicação Social, ministra de Comunicação Social, Helena Chagas. Negromonte é o sétimo ministro a deixar o governo após denúncias de irregularidades na gestão.
A demissão de Negromonte era dada como certa desde o início da semana. Em conversa com o governador baiano, Jacques Wagner (PT), que o indicou para o primeiro escalão, o ministro teria dito que não tinha mais "condições" de permanecer no cargo. Wagner havia confidenciado que não tinha como continuar a bancar a permanência do apadrinhado e bater de frente com a presidente. Na quarta-feira, o deputado Vilson Covatti (PP-RS) confirmou que Negromonte estava "determinado" a deixar a pasta.
A mais recente denúncia foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e aponta que o ministro teria participado, junto com o secretário-executivo da pasta, Roberto Muniz, de reuniões privadas com um empresário e um lobista. Após a reportagem, o chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, foi demitido.
A situação política de Negromonte começou a se desgastar após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ter mostrado um documento supostamente forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Gomide, que teria adulterado um parecer técnico que vetava a mudança de um projeto de mobilidade em Cuiabá (MT). Com a suposta adulteração, os custos da obra foram ampliados em R$ 700 milhões. No Senado, Negromonte negou participação do ministério na mudança e pediu investigação do Ministério Público.
Também entre as denúncias existem suspeitas de que o tesoureiro do Partido Progressista, Leodegar Tiscoski, e outros executivos ligados à legenda favoreciam empreiteiras no gabinete do Ministério das Cidades, liberando recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Agora é definitivo, Negromonte realmente entregou sua carta de demissão assim como já era esperado. Saiu dizendo que não há irregularidades, contudo preferiu pedir demissão, o que demonstra seu enfraquecimento até mesmo junto a seu partido que já vinha bem manchado. O que mais nos enoja, é o sujeito sair mais sujo que pau de galinheiro, e se dizendo limpo de corpo e alma, o que com certeza ele não pode dizer é que seus bolsos estejam limpos, assim como suas contas em paraíso fiscal de algum lugar do planeta!




Escrito por;







***FRANCIS DE MELLO***

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