terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Glencore acerta compra da Xstrata em negócio de US$ 90 bi.

Os grupos suíços Glencore e Xstrata oficializaram nesta terça-feira sua tão esperada fusão, para criar um gigante das matérias-primas capaz de rivalizar com os demais grandes atores do setor. A união dos dois grupos suíços, que já havia sido parcialmente revelada na quinta-feira passada, somará US$ 90 bilhões em ações e será capaz de competir com outros grandes "players" da indústria.
O volume de negócios anual gerado pela união será de US$ 209,4 bilhões. A nova entidade, chamada Glencore Xstrata International, ficará entre os quatro grandes grupos mineiros do mundo, atrás apenas do anglo-australiano BHP Billiton, da brasileira Vale e do anglo-australiano Rio Tinto.
"Uma fusão entre Glencore e Xstrata oferece uma oportunidade única de criar um novo modelo de atividade em nosso setor, para responder a um entorno volátil", disse o presidente de Xstrata, Mick Davis, citado em um comunicado. Os dois grupos, sediados no paraíso fiscal de Zug, na Suíça, iniciaram as conversações para sua fusão em 2006, explicou o presidente da Glencore, Ivan Glasenberg.
"A introdução em bolsa em maio permitiu a obtenção de uma melhor capitalização para a Glencore. Os mercados compreenderam melhor" o funcionamento do grupo, até então muito discreto sobre sua atividade, afirmou Glasenberg. A Glencore se beneficiará das matérias-primas da Xstrata e este, por sua vez, da rede de vendas de Glencore, com 8.000 abastecedores e 54 escritórios no mundo todo, segundo a Glasenberg.
A Glencore possui ainda suas próprias instalações portuárias, assim como depósitos e uma frota de barcos. O presidente-executivo da Glencore, Ivan Glasenberg, será o presidente e o vice-presidente-executivo da nova empresa. Já o presidente de conselho da Xstrata, John Bond, e o vice-presidente financeiro, Trevor Reid, continuarão em seus cargos.
Após o anúncio, a agência de classificação Moody''s afirmou que pode elevar a nota das empresas em até um escalão, devido aos prováveis benefícios da fusão para ambas as companhias, que ampliarão sua capacidade de diversificação e suas sinergias. A agência, no entanto, também mencionou as incertezas que rodeiam os detalhes finais à conclusão da transação.
Com informações da AFP.














Postado por;






























***FRANCIS DE MELLO***

Nenhum comentário:

Postar um comentário