sábado, 11 de fevereiro de 2012

"REPRESENTANTES DOS PMs GREVISTAS DO RIO, RECLAMAM DA FALTA DE INTERESSE EM NEGOCIAÇÃO POR PARTE DO GOVERNO"


RJ: policiais grevistas reclamam de falta de negociação. 



 Os grevistas organizam uma grande manifestação para este domingo. Foto: Marcus Vinicius Pinto/Terra
Os grevistas organizam uma grande manifestação para este domingo.
Foto: Marcus Vinicius Pinto/Terra

A direção do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro está reunida para avaliar o resultado do primeiro dia de greve das polícias e do Corpo de Bombeiros do Estado. O movimento apresentou pouca adesão, segundo o governador Sérgio Cabral, mas os grevistas evitam falar em um fim da paralisação. Os grevistas organizam uma grande manifestação para este domingo, em frente ao Copacabana Palace, para tentar recuperar o ânimo perdido após a assembleia que varou a madrugada da última sexta-feira e decidiu pela greve em tom ameaçador - o que não se confirmou.
A principal reivindicação dos grevistas no momento é abertura de um canal de diálogo para tratar de suas propostas, que incluem a fixação de um piso salarial nacional para os policiais e bombeiros em R$ 3,5 mil. "Eles (o comando) estão prendendo todo mundo, mas não querem conversar", afirma um policial grevista que não quis se identificar. "Reconhecemos o esforço para aprovar um reajuste, mas não queremos apenas isso."
Os grevistas salientam que não há chance da paralisação terminar durante o final de semana, mas gostariam que uma negociação fosse aberta para resolver a questão antes do início do carnaval - na próxima sexta-feira.
A manifestação do domingo busca forçar a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, que foi preso logo após o anúncio da paralisação, quando retornava de Salvador, onde os policiais já estão parados há mais de uma semana. Daciolo foi levado para a penitenciária de Bangu I depois que algumas de suas ligações telefônicas - entre elas conversas com a deputada estadual Janira Rocha (PSol) e o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR) - foram interceptadas e o comando dos bombeiros interpretou parte das conversas como incitamento a motim.

A greve no Rio 


Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.
A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.
Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.
Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.

Em meu ver o Governador Sérgio Cabral (PMDB), está agindo corretamente no endurecimento dessa greve sem nenhuma credibilidade por ter sido deflagrado simplesmente por questões políticas corriqueiras, por políticos tidos como desacreditado e sem moral nenhuma para esse tipo de questão.



Escrito por;







***FRANCIS DE MELLO***

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