sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

"O MINISTÉRIO DA FAZENDA VAI APURAR DENÚNCIAS FEITAS PELA IMPRENSA NOS ÚLTIMOS DIAS RELACIONADAS À CASA DA MOEDA"


Sindicância terá 30 dias para apurar denúncias na Casa da Moeda.


Prazo consta em portaria publicada no 'Diário Oficial da União'.
Comissão poderá ter acesso a documentos e colher depoimentos.




Portaria do Ministério da Fazenda publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (3) indicou os integrantes da Comissão de Sindicância que foi aberta para apurar denúncias de corrupção na Casa da Moeda, e estabeleceu um prazo de 30 dias para a conclusão dos trabalhos.
"Para bem cumprir as suas atribuições, a Comissão terá acesso a toda documentação necessária à elucidação dos fatos, bem como deverá colher quaisquer depoimentos e demais provas que entender pertinentes", informou a portaria publicada no Diário Oficial.
Nesta quinta-feira (2), o Ministério da Fazenda, ao qual a Casa da Moeda é subordinada, informou que a abertura de investigação foi motivada por reportagens publicadas nos últimos dias. Na quarta e quinta-feiras, o ministro Guido Mantega, titular da pasta, foi questionado pela imprensa sobre as denúncias envolvendo a Casa da Moeda, mas não quis dar declarações aos jornalistas.
Denúncias
Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" publicada nesta terça (31), o ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci Martins, que foi exonerado pela presidente da República, Dilma Rousseff, é suspeito de receber propina de fornecedores do órgão por meio de duas empresas no exterior. Ao jornal, ele atribui a denúncia a uma briga partidária dentro do PTB, que indicou seu nome.
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, defendeu que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vá ao Congresso dar explicações sobre a demissão do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci.
Segundo Jefferson, a indicação de Denucci para o cargo foi feita por Mantega e respaldada pelo PTB, e por isso o desgaste pela demissão não poderia recair sobre o partido. O presidente do PTB nega que a saída de Denucci tenha sido motivada por pressão do partido.
O Ministério Público Federal já está investigando as denúncias de operações suspeitas na Casa da Moeda.

Jefferson defende que Mantega explique demissão na Casa da Moeda.


Demissão de Denucci teria ocorrido por suspeita de corrupção.
Presidente do PTB diz que deputado alertou ministro sobre suspeitas.


O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, defendeu nesta quinta-feira (2) que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vá ao Congresso dar explicações sobre a demissão do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci. Ele foi demitido pela presidente Dilma Rousseff no fim de semana e sua exoneração foi publicada na última segunda-feira (30) no “Diário Oficial da União”. A Casa da Moeda, que foi fundada em 1694, é ligada ao Ministério da Fazenda.
Segundo Jefferson, a indicação de Denucci para o cargo foi feita por Mantega e respaldada pelo PTB, e por isso o desgaste pela demissão não poderia recair sobre o partido. O presidente do PTB nega que a saída de Denucci tenha sido motivada por pressão do partido.
De acordo com Jefferson, partiu do PTB o aviso ao governo de que haveria irregularidades na gestão da Casa da Moeda. “O [deputado federal] Jovair Arantes (PTB-GO) foi alertar o Mantega e agora dá nisso. O difícil de ser base aliada é isso, você vai tentar ajudar e se prejudica”.“Ele [Denucci] é afilhado dele [Mantega], então tem que dar explicações. Uma coisa institucional. O ministro pediu que o PTB chancelasse a indicação, então ele deveria vir a público porque a confusão está ficando na conta do PTB. Por lealdade, ele deveria vir ao Congresso Nacional”, afirmou Jefferson.
Procurado pelo G1, o Ministério da Fazenda não se pronunciou sobre o assunto.

De acordo com reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, Denucci saiu por suspeita de ter recebido propina de fornecedores da Casa da Moeda. O dinheiro teria sido depositado na conta de duas empresas no exterior em nome dele e da filha dele.
Ainda segundo a reportagem do jornal, essas duas empresas – constituídas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens britânicas – teriam recebido US$ 25 milhões. O dinheiro seria uma comissão paga por dois fornecedores da Casa da Moeda. O Ministério Público Federal está investigando denúncias de operações suspeitas na Casa da Moeda.

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***FRANCIS DE MELLO***


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