segunda-feira, 24 de junho de 2013

"SBT, SILVIO SANTOS, E SUA RELIGIÃO"

Silvio Santos diz que não aluga horários no SBT para igrejas evangélicas por questão religiosa: “Judeu não deve alugar a televisão para os outros”


Silvio Santos diz que não aluga horários no SBT para igrejas evangélicas por questão religiosa: “Judeu não deve alugar a televisão para os outros”

Judeu não deve alugar a televisão para os outros



Senor Abravanel, nome de batismo do apresentador Silvio Santos, não é a única coisa que o grande público não conhece a respeito do empresário. Silvio é descendente de judeus, e segue a religião de seus ancestrais, mesmo sendo casado com uma evangélica, a autora de novelas Irís Abravanel.
Numa de suas raras entrevistas, Silvio Santos falou que não aluga horários no SBT para igrejas evangélicas por uma questão de princípios religiosos.
“Judeu não deve alugar a televisão para os outros. Você não sabe que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel? A história é essa: no dia em que os judeus começaram a deixar que outros deuses fossem homenageados em Israel, os babilônios foram lá e tiraram o templo e jogaram os judeus para fora. O judeu não pode deixar que na casa dele tenha outra religião. É por isso que não deixo nenhuma religião entrar no SBT”, afirmou à Folha de S. Paulo.
Silvio Santos comentou ainda sobre a disputa pelo segundo lugar de audiência com a TV Record, que atualmente atravessa crise financeira: “Estamos lutando. O lugar [no ranking] é importante, mas a administração [correta da empresa] é melhor. A Record está perdendo um dinheirão. Por quê? Porque está administrando mal. Está jogando dinheiro fora [risos]“, disse o apresentador.
Segundo Silvio Santos, existem propostas para fazer um filme sobre sua história de vida, mas ele não aceita: “Por que eu não dou entrevista, não concordo com livro sobre mim, com filme? Se nenhum advogado, nenhum médico ou professor é cercado de todas essas regalias, eu também não devo ser”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+


Sinceramente não vejo contradição em um religioso não aceitar ceder espaço em sua empresa à outra pessoa que não seja de sua religião.
Vendo por este lado precisamos entender que Silvio Santos é proprietário do canal de TV SBT, e por questões pessoal e religioso não sede espaço à outra religioso, outra religião que não seja a sua própria, mas também a sua não faz uso de espaço para tal. 
É claro e óbvio que os religiosos em geral já tentaram conseguir o tal espaço, mas, com sua decisão em não cede-lo muitos o tem como uma pessoa ruim, e vê seu lado religioso como uma ameaça aos costumes dos espirituais, principalmente os evangélicos no geral.
Vejo esta posição do Empresário como uma fidelidade à sua religião, o que os próprios evangélicos não costumam te-la, quando se trata da parte financeira. 
É certo que os muçulmanos são totalmente opostos ao que diz a Bíblia, que é de longe o livro santo da maioria das religiões do mundo, bem como o mais vendido. Porém, é preciso ressaltar que quem tem su fé e de um modo costumeiro não se deixa levar por outra doutrina, claro que existe as chamadas conversões, ou seja, a mudança de religião, em busca de melhorias espirituais, assim como a conversão de uma outra religião para a Evangélica, também existem a mesma da evangélica para outras, que no caso estes são chamados de desviados.Em meu modo de entender, cada um de nós temos nossa escolha de maneira clara, e esta nos foi dado por Deus, e por este motivos é  que nos tornamos responsáveis por nossa própria Salvação ou condenação, e isso não estou falando só no mundo religioso, mas em toda nossa existência de vida, seja no trabalho, casamento, preferência sexual, negócios, vícios dentre tantas outras escolhas.
No entanto, só pode ser feliz aquele que acredita ter feito uma escolha correta, ou seja, vive satisfeito com o que escolheu. Contudo, sua felicidade se completa ao saber entender o livre arbítrio dos demais, sem os condenarem por não fazerem parte de uma escolha que não seja a sua.  
O ser humano tem por mania de não aceitar a escolha dos outros se achando assim o senhor da verdade única, quando essa verdade única e exclusiva a Deus pertence, e nem Ele condena-nos por nossa escolha, porém nos adverte apenas de que ao fazermos esta escolha de modo errôneo teremos que arcar com as consequências, bem como ao fazermos a escolha acertada, assim também receberemos o devido pagamento por ela.
Portanto é preciso sabermos entender as escolhas de nosso próximo, e não só entender, mas também respeitar, mesmo que esta seja totalmente diferente da nossa, ou contraditório ao nosso entender. 
Só assim poderemos vivermos felizes conosco mesmos e estar de bem com todos e tudo que existe na face da terra, porém sempre retendo o que nos seja bom e excluindo o que nos faça mal. Devemos nos afastar de tudo o que não nos seja bom na vida material e espiritual.


***FRANCIS DE MELLO***

domingo, 23 de junho de 2013

"PT ENTRA EM PÂNICO DIANTE DA SITUAÇÃO NACIONAL DOS MOVIMENTOS CONTRA O AUMENTO E GRITO DE FORA AOS CORRUPTOS"


SERÁ QUE O PARTIDO DOS 

TRABALHADORES (PT) PERDEU FORÇAS 


DE MOBILIDADE?


Ficheiro:Diretas Já.jpg




A ideia de criar um movimento a favor de eleições diretas foi lançada em 1983, pelo então senador Teotônio Vilela no programa Canal Livre da TV Bandeirantes.

A primeira manifestação pública a favor de eleições diretas ocorreu no recém emancipado município de Abreu e Lima, em Pernambuco, no dia 31 de março de 1983. Organizada por membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no município, a manifestação foi noticiada pelos jornais do estado. Foi seguida por manifestações em Goiânia, em 15 de junho de 1983 e em Curitiba em novembro do mesmo ano.
Posteriormente, ocorreu também uma manifestação na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, no dia 27 de novembro de 1983 na cidade de São Paulo. Com o crescimento do movimento, que coincidiu com o agravamento da crise econômica (em que coexistiam inflação,1 fechando o ano de 1983 com uma taxa de 239%, e uma profunda recessão), houve a mobilização de entidades de classe e de sindicatos. A manifestação contou com representantes de diversas correntes políticas e de pensamento, unidas pelo desejo de eleições diretas para presidente da República.
A repressão aumenta, mas o movimento pela liberdade não retrocede e os democratas intensificam as manifestações por eleições diretas. Na televisão, o general Figueiredo classificava como 'subversivos' os protestos que começavam a acontecer em todo o país.
No ano seguinte, o movimento ganhou massa crítica e reuniu condições para se mobilizar abertamente. E foi em São Paulo que a investida democrata ganhou força com um evento realizado no Vale do Anhangabaú, no Centro da Capital, em pleno aniversário da cidade de São Paulo – dia 25 de janeiro. Mais de 1,5 milhão de pessoas se reuniram para declarar apoio ao Movimento das Diretas Já. O ato é liderado por Tancredo Neves, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Simon, além de outros artistas e intelectuais engajados pela causa.
A essa altura, a perda de prestígio do regime militar junto à população era grande. Militares de baixo escalão, com seus salários corroídos pela inflação, começavam a pressionar seus comandantes - que também estavam descontentes.

Lideranças e personalidades 

O movimento agregou diversos setores da sociedade brasileira. Participaram inúmeros partidos políticos de oposição ao regime ditatorial, além de lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantes e jornalísticas. Dentre os políticos, destacaram-se Tancredo NevesLeonel BrizolaMiguel ArraesJosé RichaUlysses GuimarãesAndré Franco MontoroDante de OliveiraMário Covas,Gérson CamataOrestes QuérciaCarlos Bandeirense MirandópolisLuiz Inácio Lula da SilvaEduardo SuplicyRoberto FreireLuís Carlos PrestesFernando Henrique CardosoVander RamosMarcos FreireFernando LyraJarbas Vasconcelos e dentre personalidades em geral destacaram-se Sócrates (futebolista)Christiane TorloniMário LagoGianfrancesco GuarnieriFafá de BelémChico BuarqueMartinho da VilaOsmar SantosJuca Kfouri entre outros.


comícios

A cantora paraense Fafá de Belém participou ativamente no movimento das Diretas Já a partir do comício de 16 de Abril de 1984. Fafá se apresentou gratuitamente em diversos comícios e passeatas, cantando de forma magistral e muito original, de entre outros temas, o "Hino Nacional Brasileiro", gravado no seu álbum Aprendizes da Esperança, lançado no ano seguinte. A célebre interpretação, diante das câmeras, para uma multidão que clamava pela redemocratização do país, foi muito contestada pela Justiça, mas ao mesmo tempo, foi ovacionada e aclamada pelo público. A partir daí, a Fafá passou a ser conhecida como a "Musa das Diretas". Numa entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 2006, Fafá declarou que Montoro e outros políticos do PMDB não queriam sua participação no movimento e que ela só passou a se apresentar após insistência de Lula. Na mesma entrevista, Fafá declarou ter sido muito próxima a políticos do PT, mas que sua relação com estes se definhou após ela ter declarado seu apoio a Tancredo Neves, cuja candidatura o partido foi contra. Fafá foi de suma importância para o comício realizado em 10 de abril de 1984, pois foi ela quem conseguiu fazer com que Dante de Oliveira subisse ao palco do evento, alegando para os policiais presentes que ele era o percussionista de sua banda.
PARTIDO DOS TRABALHADORES
Campanha Nacional de Filiação do PT convoca mobilização nacional
Mobilize-se. Filie-se ao PT.



O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, é um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América do Sul. Maior partido na Câmara dos Deputados, o PT é o partido preferido de cerca de um quarto do eleitorado brasileiro desde dezembro de 2009. Os presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são amplamente reconhecidos como os membros mais notórios do partido. Seu símbolo é uma estrela vermelha de cinco pontas, com a sigla PT inscrita ao centro. Seu código eleitoral é o 13.

A fundaçãoComposto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo. O partido é fruto da aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores (CUT), grupo ao qual pertenceu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos setores da esquerda brasileira.

O PT foi fundado com um viés socialista democrático. Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), que reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABCD paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época, do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABCD, estimulado por lideranças anti-stalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político - uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarnosc na Polônia comunista de então.

O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático, tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista.
Apolonio de Carvalho
Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. A ficha de filiação número um foi assinada por Apolonio de Carvalho, seguido pelo crítico de arte Mário Pedrosa, pelo crítico literário Antonio Candido e pelo historiador e jornalista Sérgio Buarque de Hollanda.

Ideologia partidária oficial

O PT surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos armados de Esquerda então existentes. Desde a sua fundação, apresenta-se como um partido de Esquerda que defende o socialismo como forma de organização social. Contudo, diz ter objeções ao socialismo real implementado em alguns países, não reconhecendo tais sistemas como o verdadeiro socialismo. A ideologia espontânea das bases sindicais do partido - e a ação pessoal de lideranças sindicais como as de Lula, Jair Meneguelli e outros, sempre se caracterizou por uma certa rejeição das ideologias em favor da ação sindical como fim em si mesma, e é bem conhecido o episódio em que Lula, questionado por seu adversário Fernando Collor quanto à filiação ideológica do PT, em debate televisionado ao vivo em 1989, respondeu textualmente que o PT "jamais declarou ser um partido marxista".

Mesmo assim, o partido manteve durante toda a década de 1980 relações amistosas com os partidos comunistas que então governavam países do "socialismo real" como a União Soviética, República Democrática Alemã, República Popular da China, e Cuba. Estas relações, no entanto, jamais se traduziram em qualquer espécie de organização interpartidária ou de unidade de ação e não sobreviveram à derrocada do mesmo socialismo real a partir de 1989, não obstante a manutenção de certa afinidade sentimental de algumas lideranças do PT com o governo de Fidel Castro - como no caso emblemático do ex-deputado José Dirceu, que na década de 1960 foi exilado em Cuba e lá recebeu treinamento para a luta de guerrilha (da qual jamais participou concretamente). A liderança do PT mantém também boas relações com o governo de Hugo Chávez na Venezuela.

O PT nasceu com uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas. Nas palavras do seu programa original: "As correntes social-democratas não apresentam, hoje, nenhuma perspectiva real de superação histórica do capitalismo imperialista. O PT organizou-se, no papel, a partir das formulações de intelectuais marxistas, mas também continha em seu bojo, desde o nascimento, ideologias espontâneas dos sindicalistas que constituíram o seu "núcleo duro" organizacional, ideologias estas que apontavam para uma aceitação da ordem burguesa, e cuja importância tornou-se cada vez maior na medida em que o partido adquiria bases materiais como máquina burocrático-eleitoral.

O partido se articula com diversos outros partidos e grupos de esquerda latino-americanos, como a Frente Ampla uruguaia, partidos comunistas de Cuba, Brasil e outros países, e movimentos sociais brasileiros, como o MST no chamado Foro de São Paulo, reunião de movimentos e partidos políticos de esquerda latino-americanos. Lula, afirmou no último desses encontros: "Precisei chegar à presidência da República para descobrir o quão importante foi criar o Foro de São Paulo".

Alguns afirmam que tais relações não se traduzem em qualquer espécie de unidade organizacional, ficando no nível da solidariedade política mútua em torno de certos objetivos comuns, como a luta pela unidade latino-americana e a oposição à penetração política estadunidense na América Latina. Esses últimos dizem que o que caracteriza o PT é uma certa adesão retórica ao socialismo, adesão esta que não se traduz em pressupostos ideológicos claros e consensualmente admitidos pela generalidade do partido. O ex-presidente do PT, José Genoíno, costumava afirmar que o socialismo e o marxismo tornaram-se, para o partido, mais "um sistema de valores" do que um conjunto de medidas para a transformação da sociedade.

Outros, discordando, caracterizam o Foro de São Paulo como um traçado de políticas conjunto e de fato, que foi o que permitiu a ascensão de Lula, de Hugo Chávez, de Evo Morales e da Frente Ampla, argumentando que essas políticas conjuntas estão traçadas nas atas desses foros, e são prontamente executadas pelos participantes presentes em governo. As ideologias políticas dos partidos e movimentos participantes do Foro de São Paulo diferem elas mesmas consideravelmente.

Poder-se-ia dizer, ainda, que, no PT, o trabalho ideológico-teórico sempre foi levado à reboque das origens concretas do partido. A favor dessa afirmação está o fato de que seu núcleo duro é composto por sindicalistas com uma preocupação, acima de tudo, com os interesses corporativos dos trabalhadores assalariados organizados, o que explicaria a facilidade com que o partido, uma vez no poder, adaptou-se à lógica da economia capitalista como um todo e a uma política econômica bastante ortodoxa. E não se trata, aqui, apenas da Presidência da República: já na década de 1990, prefeitos petistas como o futuro Ministro da Fazenda Antônio Palocci adotavam políticas de governo de tipo neoliberal (privatizações, cortes drásticos de gastos públicos) que em pouco distinguiam-se das propostas por seus análogos do PSDB ou dos Democratas (antigo PFL). Em julho de 2006, o próprio presidente Lula se declarou distante da esquerda, admitindo que em um eventual segundo mandato prosseguiria com políticas conservadoras.

Ainda assim, é possível contra-argumentar que uma regência capitalista da economia também foi praticada por Lênin, na chamada Nova Política Econômica, logo depois da revolução soviética. José Genoíno, em entrevista à Folha de São Paulo em Fevereiro de 2005, afirmou categoricamente que o governo Lula seguia a Nova Política Econômica leninista.

Deve-se lembrar, ainda, que a burocracia do PT, por conta das suas ligações com cúpulas sindicais como as da CUT, teve a oportunidade concreta de desenvolver estratégias de acumulação de capital através da administração de fundos de pensão privados (cujo desenvolvimento o governo Lula tentaria estimular na recente reforma da previdência), estratégias estas que acabariam por desenvolver uma certa identidade de interesses entre a burocracia do partido e setores da burguesia brasileira.



Na campanha eleitoral do PT em dezembro de 2011, deflagrou um slogan de mobilização nacional para angariar filiados 


O Partido dos Trabalhadores lançou no último dia 8 de dezembro de 2011, em seu programa partidário na TV e no rádio, a Campanha Nacional de Filiação. A divulgação da campanha continua através das inserções nacionais do Partido que começaram a ser veiculadas no sábado (10) e prosseguem nos dias 22, 24 e 27 de dezembro.
Com a campanha, o PT deseja convocar toda a nação brasileira para mobilizar-se pela continuidade da construção de um projeto nacional transformador.
“Em toda a parte, as pessoas estão mobilizadas para pedir mudanças, para reivindicar um novo mundo. E o Brasil é o país mais apto para realizar a maior revolução democrática do planeta. Porque, aqui, essa revolução já começou. Milhões de brasileiros melhoraram de vida, nossa economia se tornou a sétima maior do planeta e a imagem do Brasil se fortaleceu como nunca”, diz trecho da mensagem do presidente do PT, Rui Falcão, no hotsite da Campanha.
Na convocação é ressaltada a importante participação do Partido na mobilização do povo brasileiro nos momentos mais decisivos da sua história.
O PT hoje está organizado em mais de cinco mil municípios, conta com mais de 1,5 milhão de filiados e 60 mil dirigentes em todo o País. Governa cinco estados brasileiros e tem três vice-governadores e elegeu, em 2010, 14 senadores, 88 deputados federais e 149 deputados estaduais. Nas eleições municipais de 2008 foram eleitos 560 prefeitos, 428 vice-prefeitos e 4.166 vereadores petistas.
Em seu 4º. Congresso Nacional – Etapa Extraordinária, realizado este ano, o PT avançou ainda mais na consolidação da sua democracia interna e aprovou conquistas como a paridade de gênero e a ampliação da participação dos jovens e representantes da diversidade étnico-racial.

Hoje o PT é um partido, que realmente está partido/dividido entre as lideranças de mais notoriedade devido aos últimos episódios do movimento que está ocorrendo em todo país de modo geral.
Estamos vendo aí um Lula omisso e sumido, o que já um grande líder em movimentos de reivindicações diversas, com certeza anda meio que na retaguarda dos acontecimentos estudando uma saída estratégica para a situação. Podemos assistir uma Dilma como presidente assustada, o que demonstrou claramente em seu último pronunciamento a nação. 
Só o fato de não conseguir transmitir ao vivo seu pronunciamento deixou claro o medo de errar no que haveria de dizer, porém foi mais infeliz ainda ao dizer um monte de abobrinhas, como exemplo o fato de trazer médicos do exterior, não falando quais suas reais intenções sobre os médicos brasileiros, omitindo o péssimo salário dos mesmo. 
Prometeu um investimento de 100% dos lucros do petróleo à saúde, porém omitiu o que fazer com os hospitais falidos e sucateados em todo o país, bem como o incentivo aos profissionais da área, como; Auxiliar de enfermagem, enfermeiros entre tantos outros.
Também deixou-nos no escuro sobre o que pensa ou irá fazer respeito à corrupção, apenas dizendo que está disposta em cobrar transparência na coisa pública e que estará em diálogo com os lideres do movimento.
Esperamos que ao se reunir com estes receba a cobrança da real transparência, haja visto que há muito se mostrar à população, tipo; gastos com passagens aérea, cartões corporativos da presidência e demais políticos.
Acredita-se que o partido dos trabalhadores está neste momento na berlinda como iremos ver abaixo uma matéria da Folha de São Paulo do historiador Lincoln Secco. 


A direção do PT está em pânico, diz historiador



Na quarta-feira, enquanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciavam, constrangidos, o cancelamento do reajuste no transporte, começava a ganhar corpo no comando do PT a ideia de tomar as ruas no dia seguinte, numa tentativa de reverter a imagem de partido vilão dos protestos.
Uma das marcas dos atos que pipocaram em diversas cidades do país foi o repúdio a qualquer tipo de manifestação partidária durante as passeatas. Algo talvez inédito na história das manifestações políticas brasileiras. Desde o início, foram muitos os depoimentos de censura e agressões contra quem tentasse levantar cartaz ou bandeira de partido político.
Com a presidente Dilma Rousseff e o próprio Haddad entre os principais alvos das manifestações, não é difícil entender porque o PT acabou sendo o mais hostilizado.
Na quinta, conforme o plano petista, alguns grupos de simpatizantes da sigla saíram de vermelho com suas bandeiras para se juntar à manifestação convocada para a avenida Paulista. A ideia era "comemorar" a redução das tarifas. O resultado foi um quebra-quebra entre os manifestantes em que os petistas, justamente por estarem de vermelho, ostentando símbolos da legenda, levaram a pior.
O ato simbólico mais revelador da derrota petista foi protagonizado pelo presidente nacional da sigla, o deputado estadual Rui Falcão, de São Paulo.
Na própria quinta, enquanto militantes da sigla ainda apanhavam na rua, Falcão retirou de sua conta no Twitter a mensagem do dia anterior com a hashtag #OndaVermelha. O chamamento que convocava a militância petista para a reação simplesmente desapareceu.
Antes do conflito das bandeiras na Paulista, o historiador Lincoln Secco, autor de livro sobre a história do PT, já tinha uma conclusão sobre a repercussão dos protestos no interior da legenda: "A direção do PT está em pânico".
"É a primeira vez que o PT precisa enfrentar um movimento de massas", constata Secco. "Embora não seja só contra o partido, é contra ele também. Contra alguns de seus governos. Isso é inédito." O PT, diz Secco, não enfrentou esse tipo de problema em 2005, quando o do mensalão veio à tona, porque os protestos convocados contra o governo Lula "não pegaram".
"Acho que só pelos erros que o Haddad cometeu, isso é um indício que a direção do PT está em pânico. Não sabe o que fazer".
Para o pesquisador, os protestos serão lembrados como um marco para a sigla. "O que se viu nesses dias foi um partido que envelheceu distanciado da juventude, de novos movimentos sociais. Controla os antigos, mas não inova."
Entre os erros de Haddad, Secco cita o fato de o prefeito ter autorizado o aumento da passagem de ônibus antes de cumprir a principal promessa de sua campanha, o bilhete único mensal. Lembra também que, ao ficar dando ênfase para um aumento abaixo da inflação, não percebeu que as pessoas não estavam preocupadas com o índice de preço, mas com o aumento em si, qualquer que fosse o reajuste.
Se há um consolo para o partido, está no fato de não parecer existir no atual cenário político nenhuma sigla concorrente em condições de lucrar com os movimentos que tomaram as ruas.
"A partir de um momento, todos políticos deram declarações elogiosas ao movimento: Dilma, Aécio, Eduardo Campos e Marina Silva. Mas eles não têm condições de ir para a rua e dizer isso. Estão disputando a leitura do movimento, não a direção." (RM)





***FRANCIS DE MELLO***

sábado, 22 de junho de 2013

"MANIFESTAÇÕES VERSOS POLÍTICAS"

As manifestações contra o aumento das passagens deflagram um interesse público coletivo da população brasileira!



Depois de diversos aumentos seguidos nos preços das passagens coletivos a população/brasileiros decidiram dizer não às empresas, governadores e políticos no geral que são os responsáveis por estes aumentos abusivos.
No dia 8 de Maio deste ano em Goiânia houve uma manifestação na praça cívica contra um aumento que estava sendo estudado e preparado para acontecer, quando a passagem custava R$ 2,70 (dois reais e setenta centavos), as empresas planejavam passar para os  R$ 3,00 (três reais), coisa que nesta data já começou a causar diversos transtornos ao meio coletivo das empresas responsáveis pelo transporte coletivo da capital goiana.

R$2,70 já é roubo!

Esse ano as empresas do transporte e seus parceiros “públicos” anunciaram outro aumento da passagem de ônibus. A ideia é que a tarifa aumente para R$3,00! Esse aumento, como todos os aumentos que tivemos nos últimos anos, não se justifica para os usuários do transporte coletivo. Os atrasos e os ônibus superlotados continuam! É mais um aumento para saciar a sede de lucros das grandes empresas que compõem a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo.
Em 2007, a passagem de ônibus era R$1,80. Em 2012 já chegou a R$2,70. É um aumento de 50% em apenas 5 anos! Mesmo a inflação aumentou apenas 35% de 2007 pra cá… será que houveram tantos custos extraordinários que justifiquem?
O usuário não é bobo: quais são os custos?
Ninguém sabe o que realmente acontece no transporte público em Goiânia. Quais são os custos das empresas? Quantos ônibus realmente estão circulando? Quanto lucro é gerado com esse serviço de péssima qualidade? Como se justificam os aumentos da passagem na realidade do transporte aqui em Goiânia? Por que esses dados não são publicados e ficam só entre os empresários e os cargos de confiança de políticos com campanhas financiadas pelas próprias empresas do transporte? Para nós, não basta inventar uma fórmula e um ‘compromisso’ entre empresas e políticos. Exigimos a publicação das planilhas de custos e lucros das empresas do transporte público!
Quem decide?
Na Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) em que se decidem aumentos da passagem, criação e alteração de linhas de ônibus, não há um representante sequer dos usuários e trabalhadores do transporte coletivo! Os aumentos sempre são aprovados por todos os presentes, é só as empresas darem a ordem. Os aumentos anuais, nunca justificados plenamente, são uma das expressões do grande poder que as empresas do transporte exercem diariamente sobre a população usuária do transporte em Goiânia. As linhas são decididas de acordo com as conveniências políticas e necessidades de lucro das empresas. Nos terminais e ônibus as empresas circulam seguranças armados que impõem as regras particulares das empresas nos espaços públicos. Continuaremos aceitando isso? Que democracia é essa em que um punhado de empresários manda e mais de um milhão de usuários e milhares de trabalhadores do transporte só obedecem?
Transporte “público”?
Em Goiânia não há transporte público.  O que há é um serviço público que as empresas exploram para o seu lucro, um serviço essencial para conseguir viver na cidade e acessar outros serviços básicos como saúde, educação e lazeres. Não temos sequer um passe livre estudantil para conseguir chegar às escolas e universidades para estudar. Com essa tarifa abusiva, as nossas viagens e os nossos direitos ficam ainda mais limitados pela necessidade de lucro das empresas.
A saída é a luta e a organização!
Nós da Frente Contra o Aumento chamamos a todos os usuários para se organizarem e lutarem contra mais esse aumento abusivo da tarifa!  Manifestações, bloqueios de rua, paralisações de terminal, pular catracas, panfletagens e mais todas as ações necessárias que demonstrem a força, a conscientização e a luta dos usuários!
A frente é um movimento autônomo, apartidário e aberto que busca juntar os usuários do transporte contra o aumento da passagem. Todos os grupos e indivíduos que quiserem agir contra o aumento estão convidados a participar! Nossas reuniões são públicas e costumam ser anunciadas nas redes sociais anteriormente.

Diante dessa decisão da chamada "FRENTE CONTRA O AUMENTO", A coisa foi tomando rumo interessante, onde foi despertados os brasileiros mais atenciosos com a coisa pública de modo que foi crescendo a dimensão do interesse de uma população sofrida com tamanhos descasos e ganância dos empresários por mais lucratividade a ponto de super onerar os usuários  deste transporte, chegando a prejudicar os estudantes de um modo geral, não só com os altos valores, mas, também com o descasos da manutenção dos veículos/ônibus bem como os atrasos contínuos e até falta deste para certas linhas e horários, fazendo assim com que estes ficassem revoltados e se obrigando a dar um basta em tudo isso.
Sinto-me na obrigação de dizer que todos os usuários de transportes coletivos são os mais prejudicados com todos esses descasos e aumentos abusivos. No caso dos aumentos ultrapassaram a inflação em muitos percentuais sem uma causa justa, e até sem mérito algum por parte das prestadoras do serviço. 
O que mais deixou os usuários revoltados foram as quebradeiras de ônibus causando assim paralisação em horários de pico de algumas linhas, com isso deixou-os enfurecidos a ponto de interditarem terminais estratégicos, ruas e linhas como já mencionado acima, com tudo isso houve os mais exaltados que passaram da medida causando quebra quebra até ateando fogo em ônibus e veículos nas ruas, bem como destruindo comércios dentre outros bens privados e públicos, fazendo assim por a imprensa contra o movimento. Porém é preciso esclarecer que os episódios de vandalismo nada tem a ver com o movimento, são pessoas mau intencionados que gostam de se aproveitarem  de momentos como estes para deixarem suas marcas sem assinaturas, tanto, que as tais em grande maioria costumam saírem as ruas usando máscaras para não se deixarem conhecer causando assim grande prejuízo, se se importarem de onde sará o dinheiro para a reposição dos bens destruídos. Bom seria que os verdadeiros manifestantes com intenção sadia e ordeiros os expulsassem de seus meios. Contudo, sabemos que se assim fizerem poderá causar uma guerrilha entre eles, e daí a coisa ficaria sem controle. Registro aqui minha admiração á estes que estão com intenção pura e sadia.
Muito bem, Estamos vivendo uma verdadeira revolução contra os abusos dos políticos corruptos, porém vejo que os manifestantes estão meio que perdidos quanto ao que querem na verdade, haja visto não terem um protocolo de manifesto perante de suas reivindicações, tanto que no pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff  vimos-a sem uma meta específica, tentando assim entender e acertar os pontos de reivindicação dos brasileiros/manifestantes.
Oras, se foi derrubado os aumentos por meio seus pedidos, que saiam as ruas com outra pauta reivindicativa, como exemplo, "PRISÃO DOS CORRUPTOS CONDENADOS" dentre outras coisas. Os malacos sabem, digo, achavam que sabia que o brasileiro tem/tinha a mente curta, por este motivo acreditam estarem na política por mais tempo. Mas, diante destes acontecimentos e manifestações começaram entender que pra tudo tem um final, e esperamos que o final dos pilantras seja já em 2014. Precisamos nos manifestar nas urnas e mostrar que somos mansos como pensam, mas sabemos ser bravos e decididos quando encurralados, e é exatamente neste momento dos segundo em que estaremos na urna para expressar nossa cidadania que precisamos assinar com voto de ouro dando lugar aos verdadeiro honestos da história como o Ministro Joaquim Barbosa, queira Deus e ele, possa ser uma opção de voto em outubro de 2014.






***FRANCIS DE MELLO***




terça-feira, 18 de junho de 2013

"FINALMENTE O BRASILEIRO ACORDOU"



Depois que o Brasil saiu das mãos dos ditadores através 

do grito das diretas já, muita coisa mudou na história 

política do pais. 

A partir desse fato históricos tivemos diversas 

manifestações, desde pedido de melhorias de salários 

até a derrubado de um presidente, bem como o apoio á 

um trabalhador semi analfabeto como presidente da 

república.


É bem verdade que desde então passamos a ter 

conhecimento de fatos que até então era omitido pela 

mordaça de ditadura, como por exemplo os desvios de 

verbas pública que vem desde o Juiz Lalau até o recente 

episódio dos mensaleiros. Contudo porém, é preciso 

dizer que as coisas melhoraram e muito, mas a 

roubalheira também ficou mais aguçada de modo tal, que 

se for trancafiar os tais seria preciso soltar os que lá 

estão para ceder lugar à estes, ou construir inúmeros 

presídio para os tais.


Muito bem, o que quero ressaltar é que o povo brasileiro 

parece estar acordando para estes descasos, foi 

desencadeado uma manifestação a nível local devido 

aumentos de preço de passagens em Goiânia-GO que se 

foi estendendo por outras Capitais como Salvador-BA, 

Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP dentre outras, mas, no 

dia da abertura da copa das confederações em Goiânia 

mais de 70 mil brasileiros deram o ponta pé inicial ao 

que estão chamando de manifestação contra o aumento 

das passagens, que na realidade nada tem a ver. Estes 

vaiaram a presidenta Dilma no estádio Mané Garrincha, 

foi dalí que saiu a histórica idéia de uma manifestação 

em massa para mostra à presidenta que estamos todos 

insatisfeitos com estes desmando e roubalheiras sem 

controle.


Há poucos dias escrevi que "O BRASIL ESTÁ PRESTES À 

ENTRAR EM UMA GRANDE RECESSÃO", porém estamos que 

não se trata apenas do caus da recessão e sim de algo muito mais 

além disso.


Com estas manifestações estamos vendo que o povo está 

acordando aos desmandos por parte dos governantes, queira Deus 

que este mesmo povo veja que tem poder em colocar o Brasil no 

eixo, haja visto, para isto tenhamos que depor todos os membros 

da cúpula do governo federal, estaduais e municipais  ou seja lá 

quem tentar se opor à essa cobrança. 

Estamos vendo um mídia que ao longo do tempo tem mostrado 

apenas o lado governamental certo do Brasil, parando e apoiando 

a população em seus manifestos, Se nós outros que não saímos de 

casa fizer nossa parte dando nosso apoio de solidariedade via 

redes sociais à quem está nas ruas com certeza teremos resultados 

faraônicos.
 

Dilma ficou “impressionada” com dimensão das 

manifestações



Manifestantes subiram a rampa do Congresso e invadiram a área em Brasília Foto: Gustavo Gantois / Terra
Manifestantes subiram a rampa do Congresso e invadiram a área em Brasília
“Ela (Dilma) está muito atenta e passou o dia de ontem muito preocupada em fazer essa análise (do significado dos protestos) e não tomar nenhuma ação, porque precisa fazer um diagnóstico dessa realidade para não sair tomando medidas”, afirmou o ministro a senadores durante depoimento em uma comissão.

Um dos principais interlocutores políticos do governo federal e articulador com movimentos sociais, o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, afirmou que a presidente Dilma Rousseff está “atenta” e “preocupada” em entender a mensagem dos protestos. Na última segunda, 12 capitais foram tomadas por manifestações. Originalmente foram motivadas por aumento do custo da tarifa de ônibus e por gastos com a Copa das Confederações, mas os descontentamentos se mostram mais amplo em cada ato.
“Ela (Dilma) está muito atenta e passou o dia de ontem muito preocupada em fazer essa análise (do significado dos protestos) e não tomar nenhuma ação, porque precisa fazer um diagnóstico dessa realidade para não sair tomando medidas”, afirmou o ministro a senadores durante depoimento em uma comissão.

Mais cedo, o ministro afirmou ao Terra que a presidente ficou “impressionada” com a dimensão dos protestos e que o governo ficou monitorando ao longo da noite as ações. Chamou a atenção do governo a ocupação do teto do Congresso Nacional e também o volume de pessoas nas ruas do Rio e de São Paulo.


O ministro sugeriu que em um contato com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, o momento em que os manifestantes ameaçaram invadir o prédio principal do Congresso Nacional foi o ponto mais sensível do protesto de segunda. “Esse é o limite. Não se entra no Congresso Nacional (...). Esse tem de ser o limite e cabe a quem está em posição de governo zelar pela lei e pela ordem”, afirmou o ministro durante depoimento à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.
A Polícia Militar do Distrito Federal reforçou a segurança do Parlamento, que comumente é guardado pela Polícia Legislativa. A atuação policial em Brasília e em São Paulo foi elogiada pelo ministro. “O processo foi exemplar, adequado. Ficamos até a meia-noite assistindo”, disse.
Um dos desafios que o Planalto afirma estar encontrando frente à nova onda de manifestações é a nova modalidade de organização, sem direção ou estrutura hierárquica. O governo alega dificuldade em encontrar interlocutor para dialogar com esses movimentos.























Acidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.
Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, o protesto foi marcado pela repressão e pelo abuso da ação policial. A passeata, que começou pacífica - com jovens cantando, carregando cartazes e distribuindo flores para a população -, terminou com cenas de guerra em diversas ruas do centro.
As primeiras bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam até por quase até meia-noite. Enquanto os policiais atacavam com bombas e tiros de bala de borracha, os manifestantes respondiam com pedras e rojões.
A polícia teria iniciado o confronto porque um acordo com os manifestantes teria sido rompido. Segundo o major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, o combinado era que a manifestação, que começou na praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, se encerrasse na praça Roosevelt, ao lado da igreja da Consolação. "Se não é para cumprir acordo, não adianta reclamar das consequências", disse o major.
Ônibus estacionados, pedestres que passavam nas regiões onde houve confrontos e veículos de paulistanos viraram reféns da situação. Durante a troca de pedradas e bombas, muitos motoristas fecharam os veículos e se abrigaram no comércio da região. Em ônibus e estações de metrô, mulheres e crianças, além de adultos, sofreram com os efeitos do gás lacrimogêneo.​























O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.
O fotógrafo do Terra Fernando Borges foi um dos profissionais da imprensa presos enquanto cobria a manifestação. Ele portava crachá de imprensa, equipamento fotográfico de trabalho e se apresentou como jornalista, mas foi levado pelos policiais. Ele passou 40 minutos detido junto com outros manifestantes, de frente para a parede, com as mãos nas costas e a cabeça baixa, e depois foi liberado.
O repórter do Terra Vagner Magalhães levou um golpe de cassetete de um policial militar durante a cobertura do evento. Ele foi agredido no braço, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Próximo à praça Roosevelt, no centro, a também repórter do Terra Marina Novaes chegou a ser detida, mas foi dispensada depois que se apresentou como jornalista.
Sete repórteres do jornal Folha de S. Paulo foram atingidos, sendo que os jornalistas Giuliana Vallone e Fábio Braga levaram tiros de balas de borracha no rosto enquanto trabalhavam no protesto. Uma imagem de Giuliana com o olho inchado após o tiro circula repercutiu nas redes sociais. O fotógrafo Sérgio Silva, da agência Futura Press, que foi atingido no olho esquerdo por um tiro de bala de borracha disparado pela PM durante o protesto corre risco de perder a visão.

Manifestantes ocupam rampa do Congresso Nacional
Manifestantes ocupam rampa do Congresso Nacional

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet e obrigaram uma atitude dos governos estadual e municipal. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado afirmou que a polícia não usará gás lacrimogêneo ou balas de borracha para reprimir os novos protestos. Foi informado também que ninguém será preso por levar consigo recipientes com vinagre.
Além disso, diante da persistência dos movimentos em manter os protestos pela causa, o governo de São Paulo convocou representantes para uma reunião com a SSP para o dia 17 de junho. A prefeitura da capital paulista também sinalizou que irá se reunir com os grupos no dia 18 de junho. "O objetivo (do convite) é garantir que todos possam exercer seu direito de manifestação de forma segura e pacífica", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em seu perfil no Twitter. "Preservando assim a liberdade de expressão, o interesse público e os serviços essenciais", complementou.
No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, em entrevista à TV Bandeirantes, o governador declarou que via "ações coordenadas" oportunistas no movimento que cobra a suspensão do reajuste das tarifas de transporte público na capital paulista e em outras cidades do País. Ele reiterou por diversas vezes "a defesa do direito de ir e vir" da população e garantiu que não permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de veículos e pessoas.
No mesmo dia, em entrevista ao programa Bom Dia SP, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a Polícia Militar deve ser investigada por abusos cometidos durante a repressão à manifestação, mas não deixou de criticar a ação dos ativistas. "Infelizmente, na terça, vimos violência contra policiais. Hoje, o Brasil conhece cenas de violência que ensejaram uma abertura de investigação pela SSP”, disse. "São cenas lamentáveis que não condizem com o espírito de São Paulo", afirmou.
A mobilização em torno do aumento da tarifa de ônibus ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Nos dias 15 e 16 de junho, dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.
Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota.
O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.
Fonte: Terra.













***FRANCIS DE MELLO***