sexta-feira, 22 de novembro de 2013

"AOS HOMENS CRISTÃOS SOLTEIROS"


"QUEM REALMENTE PRETENDE SER ESTE HOMEM SOLTEIRO?"



imagesQUEM REALMENTE PRETENDE SER ESTE HOMEM?





Essa semana enquanto lia o blog Desiring God, ministério do John Piper, me deparei com um artigo que me chamou muito a atenção. Era um artigo destinado aos jovens cristãos solteiros e tinha como título “Single, Satisfied and Sent: Mission for the Not-Yet Married” (Solteiro, Satisfeito e Enviado: Missão para os ainda não casados)¹. O artigo disserta acerca de como os cristãos podem servir a Deus e à causa do Evangelho enquanto ainda solteiros. Isso me fez refletir acerca de uma série de coisas que tenho visto em nossa cultura gospel brasileira e até mesmo sobre a minha postura como um rapaz cristão e solteiro.
Hoje existe em nosso meio evangélico uma série de movimentos que visam sensibilizar os jovens cristãos acerca da pureza sexual. Embora concorde com a motivação de tais movimentos, a acho totalmente moralista e com pouquíssimo embasamento bíblico. Uma vez que não deixa claro as atribuições que o homem e a mulher devem ter em um relacionamento e em uma família, de acordo com os padrões que a própria Bíblia estabelece. Entretanto, uma das coisas que acho mais terrível nesses movimentos é a supervalorização do casamento apenas como um meio de satisfação sexual, ao mesmo tempo que a solteirice é vista como um período de provação e que obrigatoriamente vai passar, como um sinal da bondade de Deus. É como se funcionasse mais ou menos assim: eu me guardo sexualmente e Deus tem obrigação de me dar um casamento porque permanecer solteiro é uma maldição.
Em contraposição a essa forma totalmente antibíblica de pensar, tenho percebido que Deus em sua infinita misericórdia por nossa geração tem levantando um novo “movimento”, por assim dizer, entre os jovens reformados. São os chamado “machos bíblicos” e as “mulheres piedosas” que se dispõem a viver tanto a masculinidade como a feminilidade de forma bíblica, a fim de construir casamentos e famílias que honrem a Deus e expresse a Sua glória em nossa sociedade decaída. Segundo essa ótica bíblica, é dever do homem cristão trabalhar de modo digno e cortejar uma mulher a fim de casarem e a ele amar sua esposa como Cristo a amou, enquanto ela deve submeter-se a ele em amor e assim formarem uma família da aliança.
Eu concordo plenamente com essa visão, e eu mesmo tenho buscado a cada dia ser também um “macho bíblico”, vivendo minha masculinidade de acordo com a Bíblia. Entretanto, às vezes, o que sinto falta nessa abordagem, sobretudo do papel do homem, é a questão dos solteiros. É verdade que as pessoas que não se casam são uma exceção tanto na Bíblia como nos dias de hoje e por isso devemos dar atenção àquilo que a Bíblia enfatiza. Por outro lado, não podemos nos esquecer que as exceções existem e estão registradas na Bíblia de maneira singular.
Tanto Jesus como Paulo eram homens solteiros e afirmam claramente que o casamento além de ser um ministério, não é algo destinado a todos os homens. Jesus fala em Mateus 19.25 que existem pessoas que não se casam a fim de se dedicarem exclusivamente ao Reino de Deus. Paulo argumenta o mesmo ao longo de todo o capítulo 7 de 1 Coríntios e até mesmo aponta o quanto é algo louvável não se casar a fim de dedicar toda uma vida por completo em prol do avanço do Reino de Deus na Terra.
Tais ensinamentos parecem não mais fazerem sentido hoje em dia e quase inconcebível que um jovem decida não se casar ou demore a casar-se porque quer dedicar um certo tempo de Sua vida exclusivamente a Deus, sendo por exemplo, missionário em lugares onde o Evangelho nunca foi pregado e em que há uma série de riscos aos que desejam serem cristãos. É verdade que o padrão de Deus para os homens é que eles se casem, mas ainda assim há exceções, há aqueles que abrem mão do casamento em prol do Reino, e isso é algo que não pode ser negligenciado. Ao contrário, deveria até mesmo ser incentivado, como fez Paulo.
É necessário desenvolvermos uma teologia da solteirice (não gosto da palavra celibato). Não podemos deixar que o casamento se torne um ídolo em nossa cultura cristã, como o era na cultura judaica. É certo que o casamento tinha uma função redentiva no Antigo Testamento e ainda hoje é importante que hajam famílias da aliança em nossas sociedades. Porém não podemos nos esquecer daqueles que se farão “eunucos pelo Reino de Deus” como afirmou Jesus.
Vivemos um momento crítico na História, em que milhares de povos nunca ouviram a pregação do Evangelho de Cristo, os quais estão situados basicamente em uma mesma região do mundo. Estamos diante da última fronteira missionária, o Islã, e ultrapassá-la requer a coragem e o sangue de homens de verdade que estão dispostos a abrirem mão de tudo para que Cristo tenha supremacia sobre Maomé. Até mesmo de uma esposa, família e filhos. É tempo de a Igreja entender e promover isso. Como o próprio Paulo argumentou, é mais fácil ser um missionário solteiro do que casado.
É por isso que é necessário que homens se disponham a isso. Hoje dois terços dos missionários ativos no campo são casais. Outro terço são mulheres solteiras e só o resto é que são homens solteiros.² Não podemos deixar que o feminismo atinja também a Igreja. A pregação do Evangelho e o pastoreio dos crentes sempre foi um dever explicitamente masculino. Mas para a nossa vergonha, os homens da nossa geração tem se calado como Adão, não tem tomado a posição que lhes cabem e por isso Deus tem levantado por mulheres para irem ao campo missionário. Obreiras fiéis, que apesar de todas as dificuldades, tem cumprido o chamado do Senhor. Vale ressaltar que muitas dessas dificuldades se dão exatamente pelo fato de essa ser uma tarefa principalmente para homens. Por isso, faz-se extremamente necessário a presença de homens missionários que estejam dispostos a gastarem suas vidas no campo pregando o Evangelho fielmente, pastoreando novas comunidades e quem sabe, até mesmo liderando ao casamento as obreiras fiéis que lá já estão.
Não proponho que todos sejam solteiros, até porque não é isso o que a Bíblia diz e eu mesmo espero me casar. O que quero salientar é que o casamento não pode se tornar mais um ídolo da nossa geração. Ao mesmo tempo, me entristeço ao ver tantos jovens cristãos desperdiçando seus anos de solteiro sem fazer nada em prol do Reino. Embora me refira aqui em especial aqueles que abrem mão de tudo para servirem a Deus em outras nações, o mesmo também se aplica às nossas igrejas locais.
Assim, o desafio que me faço diariamente e que gostaria de estendê-lo aos demais “machos bíblicos” da minha geração é esse. Que realmente desejemos um dia nos casar e liderar uma família. Mas mais do que isso, que ansiemos ver a expansão do Reino de Deus na Terra e Cristo sendo exaltado entre as nações. Que nossa maior ambição não seja casar, mas sim a glória global de Deus e a expansão do Evangelho onde estivermos; e for a vontade de Deus, encontraremos alguém que esteja em busca do mesmo. Como diziam os morávio, “Que o Cordeiro receba a recompensa dos Seus sofrimentos através de nós!”
***FRANCIS DE MELLO***


terça-feira, 22 de outubro de 2013

"SANTOS E BEATOS"




Santos na Igreja Católica
A definição comumente aceita de santos, entre os católicos, é que são aqueles indivíduos que viveram uma vida exemplar na terra e a quem a Igreja Católica determinou que estão certamente com Deus. Os santos são mais comumente conhecidos pelo martírio, virtude heroica, e milagres. Como resultado destes dons, católicos em todo o mundo rezam aos santos, e os honram celebrando seus dias festivos, mencionando-os de tempos em tempos na celebração da Missa, colocando estátuas e pinturas deles, entesourando seus pertences mundanos, bem como seus restos físicos, e dando os nomes deles a seus filhos e a suas igrejas.

O processo pelo qual a Igreja Católica determina quem é santo é chamado canonização. O candidato tem que ter estado morto há pelo menos cinco anos antes que um processo de santidade possa ser oficialmente iniciado. Quando uma pessoa religiosa muito respeitada morre, o bispo local tem que deixar que a reputação de santidade dessa pessoa cresça por si só. Se a adoração das pessoas aumenta e continua durante cinco a dez anos depois da morte da pessoa, então o bispo é autorizado a iniciar uma investigação oficial da vida e obra do candidato, de modo a ver se a reputação de santidade é fundada na verdade.

Há dois diferentes níveis de honra para os santos indivíduos que faleceram. Aquelas pessoas que são veneradas localmente ou por ordens religiosas de padres ou freiras são beatificadas. Elas são chamadas pelo título "beato". Somente aquelas que são canonizadas pelo Papa são realmente santos. Esta distinção é virtualmente ignorada pela maioria dos católicos. A mais completa compilação dos santos católicos, A Bibliotheca Sanctorum, está beirando os vinte volumes e alista mais de 10.000 santos. Só aproximadamente 400 deles foram oficialmente canonizados por papas.

A Congregação pelas Causas dos Santos, um dos nove ministérios da Santa Sé, supervisiona a canonização dos santos. No passado, o processo era mais extenso e minucioso do que é hoje. Antes de João Paulo II se tornar Papa, havia muitos bloqueios estrategicamente colocados no caminho da santidade. Houve realmente, no Vaticano, um ofício cujo propósito era fazer tudo que pudesse para expor o lado negativo do candidato de modo a assegurar que nenhum indivíduo fosse indevidamente honrado. Esse ofício era conhecido como o do Advogado do Diabo. Nos anos recentes, o ofício do Advogado do Diabo tem sido afastado, e o processo de canonização inteiro foi drasticamente agilizado. João Paulo II beatificou e canonizou mais indivíduos do que todos os outros papas juntos no século vinte.

Uma vez que uma pessoa é canonizada, os católicos ficam seguros de poderem rezar com confiança ao santo para que interceda com Deus em seu benefício. O nome da pessoa é acrescentado à lista de santos e é determinado um dia festivo no qual ela será honrada na celebração da Missa desse dia.

Alguns santos são indicados como intercessores especiais junto a Deus em benefício de certas causas ou grupos de pessoas. Eles são chamados Santos Padroeiros. O que se segue relaciona vários Santos Padroeiros bem conhecidos.

Santos Padroeiros de Países
Argentina - Nossa Senhora de Lujan
Austrália - São Gregório Iluminador
Brasil - Imaculada Conceição
Canadá - São José, Sant'Ana
Chile - São Tiago; Nossa Senhora de Monte Carmelo
China - São José
Colômbia - São Pedro Claver; São Luís Bertrand
Equador - Sagrado Coração
Inglaterra - São Jorge
França - Santa Joana D'Arc
Alemanha - São Bonifácio
Índia - Nossa Senhora da Assunção
Irlanda - São Patrício, Santa Brígida e Santa Columba
Itália - São Francisco de Assis; Santa Catarina de Siena
Japão - São Pedro Batista
México - Nossa Senhora de Guadalupe
Filipinas - Sagrado Coração de Maria
Portugal - Imaculada Conceição, São Francisco Bórgia, Santo Antônio de Pádua
Rússia - Santo André
Espanha - São Tiago, Santa Teresa
Estados Unidos - Imaculada Conceição

Santos Padroeiros de Ocupações, Doenças e
Enfermidades, Profissões e Estados de Vida
Atores - São Genésio
Atletas - São Sebastião
Padeiros - Santa Isabel da Hungria
Males corporais - Nossa Senhora de Lourdes
Pacientes de câncer - São Peregrino
Filhos - São Nicolau de Mira
Gestantes - Santa Margarida
Fazendeiros - São Jorge
Pescadores - Santo André
Donas de casa - Sant'Ana
Trabalhadores - Santo Isidoro
Objetos perdidos - Santo Antônio de Pádua
Amantes - São Rafael
Mães - Santa Mônica
Órfãos - São Jerônimo
Policiais - São Miguel
Pobres - São Lourenço
Viajantes - São Cristóvão


A Igreja Católica faz distinção entre o tipo de adoração que pode ser dada a Deus, latria, e a veneração própria para os santos, doulia. Esta distinção, contudo, é freqüentemente difícil de manter, na prática.

Os santos e suas histórias são parte integral da fé Católica e um meio importante de ensinar aos católicos como cumprir essa fé. Há uma ligação especial dos católicos com os santos aos quais rezam. É aceito, comumente, que os santos não se esquecem das lutas que eles suportaram enquanto estavam na terra e, aproximando-se de Deus, dão mais força àqueles que estão lutando na terra.

Santos e a Bíblia
Dentro das páginas do Velho Testamento (na Bíblia Sagrada, Edição Pastoral), três diferentes palavras hebraicas são traduzidas como "santo" ou "santos": qadosh, qodesh e qaddiysh. Estas palavras são variações da mesma palavra raiz. Em geral, o significado dessas palavras é santo, uma coisa ou lugar sagrado, bondoso, devoto, piedoso, bom, santo e anjo. Embora essas palavras, em algumas passagens, podem ser entendidas como anjos ou pessoas santas que já haviam morrido, a mesma palavra hebraica é usada para convidar seres humanos vivos (o povo consagrado) a louvar a Deus (Salmo 34:10).

No Novo Testamento, a palavra grega, "hagios", é traduzida "santo" ou "santos". Ela é definida como sagrado, puro, sem culpa ou religioso, consagrado, santo. Um santo é aquele que é separado do pecado e, portanto, consagrado a Deus, sagrado. Sob a nova lei, é também aparente que santos freqüentemente são pessoas consagradas, vivendo na terra. Esse fato é, às vezes, mais difícil enxergar lendo a Bíblia em nossa própria língua, pois alguns tradutores interpretam a mesma palavra original de maneiras diferentes. A mesma palavra grega é traduzida por santos, fiéis, à santidade, anjos e cristãos. Embora os tradutores de Bíblias modernas utilizam palavras diferentes, os autores originais, guiados pelo Espírito Santo, usaram a palavra "santo" para descrever pessoas santificadas (fiéis, cristãos) vivendo na terra. Alguns dos lugares onde eles viveram foram Jerusalém, Lida, Acaia, Éfeso, Filipo, a casa de César, Colossos e Itália (Atos 19:13; Romanos 15:26; Atos 9:32; 2 Coríntios 1:1; Efésios 1:1; Filipenses 1:1; 4:22; Colossenses 1:2; Hebreus 13:24). Eles eram divíduos que podiam ser ministrados e serem equipados para ministrar a outros. O termo "santo" no Novo Testamento parece ser sinônimo de "cristão".

Resumo
Não há menção do processo de canonização ou beatificação nem no Velho, nem no Novo Testamentos. Também não há nenhum uso dos termos "santo" ou "beato" como títulos. A palavra "santo" era um termo descritivo.

Também não há exemplo de ninguém, na Bíblia, orando aos santos ou dando honra a eles, em particular ou em assembléia pública. De igual modo, o conceito de santos sendo habilitados a receber qualquer tipo de adoração não é encontrado nas Escrituras. De fato, essa prática é condenada. Quando Jesus estava sendo tentado pelo diabo, Satanás disse a Jesus que se prostrasse e o adorasse. Jesus replicou citando a Escritura do Velho Testamento que dizia para adorar e servir somente a Deus (Mateus 4:8-10; Lucas 4:6-8; Deuteronômio 6:13; 10:20).

A ideia de que santos são indivíduos que morreram e se tornaram especialmente qualificados para interceder pelos vivos também não é encontrada na Bíblia. Há, contudo, uma passagem nas Escrituras que mostra que os próprios santos estão necessitando de intercessão. Romanos 8:26 e 27 diz: "... mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que sonda os corações sabe quais são os desejos do Espírito, pois o Espírito intercede pelos cristãos de acordo com a vontade de Deus." As Escrituras indicam que Jesus e o Espírito Santo são capazes de fazer intercessão por nós junto ao Pai (Isaías 53:12; Romanos 3:34). Em Hebreus nos é dito que Jesus sempre vive para fazer intercessão pelo seu povo (7:25). Cristãos vivos devem orar uns pelos outros (Tiago 5:16; 1 Timóteo 2:1). A Bíblia não autoriza a prática de pedir que pessoas fiéis que viviam no passado intercedessem por nós.

Do mesmo modo, a idéia de santos padroeiros não é encontrada na Bíblia.

O conceito de santos da Igreja Católica não é algo que possa ser apoiado pelas Escrituras. Em nenhum lugar na Bíblia encontramos santos descritos como indivíduos que depois da morte são elevados a uma posição mais alta no reino. Eles são simples crentes fiéis. De acordo com as Escrituras, todos os que são seguidores de Deus são santos.

Transcrito de;
 
Católico Apostólico Cristão Sim. Católico Romano Não. 







***FRANCIS DE MELLO***

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Arca de Noé e encontrada

Arca de Noé encontrada por chineses na Turquia.

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Conforme publicação do jornal português Correio da Manhã, a Arca de Noé  encontrada por historiadores chineses. Os mesmos garantem que o objeto de madeira, preso na montanha, a 4 mil metros de altitude, tem 99,9% de ser a Arca do Dilúvio.

Yang Ving Cing, um dos historiadores, afirmou que a Arca está protegida no Monte Ararat há cerca de 4,8 mil anos. Esta informação corresponde à data indicada pela Bíblia em Gênesis. A grande caixa, conforme texto original bíblico, com medidas estabelecidas pelo Criador a Noé, para que ele, sua família e mais um casal de cada animal se salvassem do Dilúvio, flutuou durante o período chuvoso até parar no Ararat, na fronteira com o Irã.
Descobriu-se que o grande barco tem vários compartimentos, que segundo os historiadores, seriam as divisões para acomodar os animais. Agora os chineses pretendem solicitar à Unesco a classificação  do local como Patrimônio da Humanidade, conforme o jornal espanhol 20 Minutos, citado pelo periódico português.
Estas descobertas confirmam que a Bíblia e o seu conteúdo são verdadeiros.  E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate (Gn. 8.4), diz o texto sagrado. Portanto há uma asfixia da mídia para com o fato. Pois notificar nos grandes jornais o fato é tal como um tapa na cara dos ateus, céticos, anticristos. É assumir que realmente a Palavra de Deus não é historia da carochinha. E o príncipe deste mundo não quer os jornais, telejornais, enfatizando esta descoberta.

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Fonte: Isabel Chaves (Correio da Manhã), Portugal, 2/maio/2010

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"A IGREJA EVANGÉLICA DO BRASIL JÁ É UMA GRANDE NAÇÃO"

Xenofobia evangélica!


Xenofobia evangélica




A igreja evangélica do Brasil já é uma grande nação, tal como a igreja católica, de quem, aliás, sempre seguiu os passos.
Hoje, evangélicos possuem embaixadas de suas denominações em vários lugares do país e também ao redor do planeta, através das chamadas missões. Ou seja, nações ideológicas e religiosas dentro de outras nações.
No Brasil, já são dezenas de milhões de cristãos evangélicos pertencentes a subgrupos, maiores e menores, que possuem traços marcantes de identidade que os diferem entre si.
Seja na indumentária de homens e mulheres, o corte dos cabelos (ou o não corte), a utilização de véus, chapéus, a Bíblia debaixo do braço, ou ainda nos coletivos de jovens abarrotando cultos com shows de música gospel aos sábados – bem como pizzarias no pós-culto – enfim, grupos e subgrupos são formados praticamente todos os dias no Brasil, ganhando seu espaço na sociedade.
Ocorre que as mudanças que vem acontecendo geração após geração promovem cismas e os desligamentos são inevitáveis, quase nunca pacíficos e os que saem, chamados ‘rebeldes’ pelos que ficam, o fazem sempre motivados por algum tipo de demanda espiritualizada. Ou seja, um descontentamento com alguma linha de raciocínio, alguma postura escandalosa (que são muitas) de líderes mais elevados na pirâmide e, por fim, o despertamentos espirituais, moveres sobrenaturais, os chamados avivamentos, tudo é razão para a criação de novos grupos.
O argumento quase sempre passa por terminologias como: “Deus me mostrou que não podemos mais ficar aqui” ou então: “A Palavra diz: ‘saí do meio dela, meu povo’” e por aí vai.
Entrementes, esses casos que determinam novos conceitos, práticas e idéias que costumeiramente levam ao rompimento com determinadas tradições e ritos são capazes de produzir discriminação, a xenofobia teológica. Ou seja, havendo a permanência de um grupo ou indivíduo que se contrasta do convencional, dentro de um grupo, o próprio grupo trata de promover sua exclusão.
A exclusão pode ocorrer através de preconceitos velados, constrangimentos, assédios morais ou ainda por um convite expresso para ir embora. É uma situação que tem se tornado comum na história das igrejas evangélicas do Brasil e, sem dúvida, tem sido uma das fortes razões para a existência de tão grande diversidade de denominações e comunidades, as quais, sob um olhar superficial, parecem idênticas entre si.
Somente quem vive no âmago dessas questões entende e pode falar das ínfimas de suas discordâncias textuais, mas o fato é que elas acabam se fortalecendo de tal maneira, que se tornam as bases de fé, teologia, liturgia e doutrina de um novo grupo, praticamente igual ao outro.
Seria bem melhor se a Igreja Evangélica fosse capaz de construir uma situação que promovesse a igualdade do meio de toda essa diversidade. Infelizmente, a fragmentação está se tornando cada vez mais caótica e vem produzindo festivais de intolerância, além de gerar ambientes e pessoas fascistas.
Já é possível notar exemplos de fascismo nas imediações de grande parte das igrejas. Isso sempre foi notório nas igrejas americanas e também na África do Sul, onde negros e brancos nunca participavam dos mesmos cultos. Aqui no Brasil, temos igrejas elitizadas, grupos onde somente empresários de grosso calibre participam, igrejas de descolados, de artistas, igrejas de adoradores extravagantes, igrejas onde se fala em línguas estranhas e outras onde se acha ridículo falar, igrejas onde se ri descontroladamente e igrejas onde cultos mais parecem velórios, igrejas onde há iluminação, fumaça e telões de led, como num mega show, igrejas que transmitem cultos ao vivo por meios de comunicação de massa e igrejas onde só podem participar quem é batizado, ou quem é dizimista. Teria mais exemplos…
De fato, a história se repete sempre como um ciclo. Se formos notar bem veremos a Reforma Protestante potencializada por interesses políticos e econômicos. Diversas nações da Europa, cansadas de ter que se submeter ao cajado de Roma – a religião que virou império – e não querendo mais receber suas cartas no jogo político e econômico do mundo daquele tempo, fundaram suas próprias denominações. Luteranos na Alemanha, Presbiterianos na Suíça etc. etc. etc.
Mas nem tudo é um mar de lama e, mas formos considerar a religião cristã por sua contribuição histórica, teremos resultados dúbios.
Veremos atuações nefastas de verdadeiros déspotas cristãos que governaram o mundo com cetro de ferro, dignos do título de anticristo. Veremos contribuições pontuais fundamentais para a filosofia e a ciência, para a cultura, a educação e a formação de cidadãos ‘bons’. Esse ‘bons’, obviamente, é questão de conceito e em minha opinião, muitos dos benefícios trazidos pela igreja cristã na história tratam-se de medidas de domesticação, alienação, sempre a serviço da formação de sua própria nação, ou contratado por alguma outra.
Infelizmente, a conclusão é de que no fundo, todos os cristãos querem ser abraões, ou seja, pais de alguma nação, entendendo enganosamente que ser um abraão é ser um rei, alguém rico e que domina sobre outras pessoas.
É o que penso acerca da maior parte dos pastores da atualidade. Grandes ou pequenos, eles só querem ser reis e quando se tornam poderosos líderes de uma nação, fazem guerra, induzem ao preconceito, enfim, transformam-se em anticristos.

Testo de  Rafael Reparador




FRANCIS DE MELLO!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"SBT, SILVIO SANTOS, E SUA RELIGIÃO"

Silvio Santos diz que não aluga horários no SBT para igrejas evangélicas por questão religiosa: “Judeu não deve alugar a televisão para os outros”


Silvio Santos diz que não aluga horários no SBT para igrejas evangélicas por questão religiosa: “Judeu não deve alugar a televisão para os outros”

Judeu não deve alugar a televisão para os outros



Senor Abravanel, nome de batismo do apresentador Silvio Santos, não é a única coisa que o grande público não conhece a respeito do empresário. Silvio é descendente de judeus, e segue a religião de seus ancestrais, mesmo sendo casado com uma evangélica, a autora de novelas Irís Abravanel.
Numa de suas raras entrevistas, Silvio Santos falou que não aluga horários no SBT para igrejas evangélicas por uma questão de princípios religiosos.
“Judeu não deve alugar a televisão para os outros. Você não sabe que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel? A história é essa: no dia em que os judeus começaram a deixar que outros deuses fossem homenageados em Israel, os babilônios foram lá e tiraram o templo e jogaram os judeus para fora. O judeu não pode deixar que na casa dele tenha outra religião. É por isso que não deixo nenhuma religião entrar no SBT”, afirmou à Folha de S. Paulo.
Silvio Santos comentou ainda sobre a disputa pelo segundo lugar de audiência com a TV Record, que atualmente atravessa crise financeira: “Estamos lutando. O lugar [no ranking] é importante, mas a administração [correta da empresa] é melhor. A Record está perdendo um dinheirão. Por quê? Porque está administrando mal. Está jogando dinheiro fora [risos]“, disse o apresentador.
Segundo Silvio Santos, existem propostas para fazer um filme sobre sua história de vida, mas ele não aceita: “Por que eu não dou entrevista, não concordo com livro sobre mim, com filme? Se nenhum advogado, nenhum médico ou professor é cercado de todas essas regalias, eu também não devo ser”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+


Sinceramente não vejo contradição em um religioso não aceitar ceder espaço em sua empresa à outra pessoa que não seja de sua religião.
Vendo por este lado precisamos entender que Silvio Santos é proprietário do canal de TV SBT, e por questões pessoal e religioso não sede espaço à outra religioso, outra religião que não seja a sua própria, mas também a sua não faz uso de espaço para tal. 
É claro e óbvio que os religiosos em geral já tentaram conseguir o tal espaço, mas, com sua decisão em não cede-lo muitos o tem como uma pessoa ruim, e vê seu lado religioso como uma ameaça aos costumes dos espirituais, principalmente os evangélicos no geral.
Vejo esta posição do Empresário como uma fidelidade à sua religião, o que os próprios evangélicos não costumam te-la, quando se trata da parte financeira. 
É certo que os muçulmanos são totalmente opostos ao que diz a Bíblia, que é de longe o livro santo da maioria das religiões do mundo, bem como o mais vendido. Porém, é preciso ressaltar que quem tem su fé e de um modo costumeiro não se deixa levar por outra doutrina, claro que existe as chamadas conversões, ou seja, a mudança de religião, em busca de melhorias espirituais, assim como a conversão de uma outra religião para a Evangélica, também existem a mesma da evangélica para outras, que no caso estes são chamados de desviados.Em meu modo de entender, cada um de nós temos nossa escolha de maneira clara, e esta nos foi dado por Deus, e por este motivos é  que nos tornamos responsáveis por nossa própria Salvação ou condenação, e isso não estou falando só no mundo religioso, mas em toda nossa existência de vida, seja no trabalho, casamento, preferência sexual, negócios, vícios dentre tantas outras escolhas.
No entanto, só pode ser feliz aquele que acredita ter feito uma escolha correta, ou seja, vive satisfeito com o que escolheu. Contudo, sua felicidade se completa ao saber entender o livre arbítrio dos demais, sem os condenarem por não fazerem parte de uma escolha que não seja a sua.  
O ser humano tem por mania de não aceitar a escolha dos outros se achando assim o senhor da verdade única, quando essa verdade única e exclusiva a Deus pertence, e nem Ele condena-nos por nossa escolha, porém nos adverte apenas de que ao fazermos esta escolha de modo errôneo teremos que arcar com as consequências, bem como ao fazermos a escolha acertada, assim também receberemos o devido pagamento por ela.
Portanto é preciso sabermos entender as escolhas de nosso próximo, e não só entender, mas também respeitar, mesmo que esta seja totalmente diferente da nossa, ou contraditório ao nosso entender. 
Só assim poderemos vivermos felizes conosco mesmos e estar de bem com todos e tudo que existe na face da terra, porém sempre retendo o que nos seja bom e excluindo o que nos faça mal. Devemos nos afastar de tudo o que não nos seja bom na vida material e espiritual.


***FRANCIS DE MELLO***

domingo, 23 de junho de 2013

"PT ENTRA EM PÂNICO DIANTE DA SITUAÇÃO NACIONAL DOS MOVIMENTOS CONTRA O AUMENTO E GRITO DE FORA AOS CORRUPTOS"


SERÁ QUE O PARTIDO DOS 

TRABALHADORES (PT) PERDEU FORÇAS 


DE MOBILIDADE?


Ficheiro:Diretas Já.jpg




A ideia de criar um movimento a favor de eleições diretas foi lançada em 1983, pelo então senador Teotônio Vilela no programa Canal Livre da TV Bandeirantes.

A primeira manifestação pública a favor de eleições diretas ocorreu no recém emancipado município de Abreu e Lima, em Pernambuco, no dia 31 de março de 1983. Organizada por membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no município, a manifestação foi noticiada pelos jornais do estado. Foi seguida por manifestações em Goiânia, em 15 de junho de 1983 e em Curitiba em novembro do mesmo ano.
Posteriormente, ocorreu também uma manifestação na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, no dia 27 de novembro de 1983 na cidade de São Paulo. Com o crescimento do movimento, que coincidiu com o agravamento da crise econômica (em que coexistiam inflação,1 fechando o ano de 1983 com uma taxa de 239%, e uma profunda recessão), houve a mobilização de entidades de classe e de sindicatos. A manifestação contou com representantes de diversas correntes políticas e de pensamento, unidas pelo desejo de eleições diretas para presidente da República.
A repressão aumenta, mas o movimento pela liberdade não retrocede e os democratas intensificam as manifestações por eleições diretas. Na televisão, o general Figueiredo classificava como 'subversivos' os protestos que começavam a acontecer em todo o país.
No ano seguinte, o movimento ganhou massa crítica e reuniu condições para se mobilizar abertamente. E foi em São Paulo que a investida democrata ganhou força com um evento realizado no Vale do Anhangabaú, no Centro da Capital, em pleno aniversário da cidade de São Paulo – dia 25 de janeiro. Mais de 1,5 milhão de pessoas se reuniram para declarar apoio ao Movimento das Diretas Já. O ato é liderado por Tancredo Neves, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Simon, além de outros artistas e intelectuais engajados pela causa.
A essa altura, a perda de prestígio do regime militar junto à população era grande. Militares de baixo escalão, com seus salários corroídos pela inflação, começavam a pressionar seus comandantes - que também estavam descontentes.

Lideranças e personalidades 

O movimento agregou diversos setores da sociedade brasileira. Participaram inúmeros partidos políticos de oposição ao regime ditatorial, além de lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantes e jornalísticas. Dentre os políticos, destacaram-se Tancredo NevesLeonel BrizolaMiguel ArraesJosé RichaUlysses GuimarãesAndré Franco MontoroDante de OliveiraMário Covas,Gérson CamataOrestes QuérciaCarlos Bandeirense MirandópolisLuiz Inácio Lula da SilvaEduardo SuplicyRoberto FreireLuís Carlos PrestesFernando Henrique CardosoVander RamosMarcos FreireFernando LyraJarbas Vasconcelos e dentre personalidades em geral destacaram-se Sócrates (futebolista)Christiane TorloniMário LagoGianfrancesco GuarnieriFafá de BelémChico BuarqueMartinho da VilaOsmar SantosJuca Kfouri entre outros.


comícios

A cantora paraense Fafá de Belém participou ativamente no movimento das Diretas Já a partir do comício de 16 de Abril de 1984. Fafá se apresentou gratuitamente em diversos comícios e passeatas, cantando de forma magistral e muito original, de entre outros temas, o "Hino Nacional Brasileiro", gravado no seu álbum Aprendizes da Esperança, lançado no ano seguinte. A célebre interpretação, diante das câmeras, para uma multidão que clamava pela redemocratização do país, foi muito contestada pela Justiça, mas ao mesmo tempo, foi ovacionada e aclamada pelo público. A partir daí, a Fafá passou a ser conhecida como a "Musa das Diretas". Numa entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo em 2006, Fafá declarou que Montoro e outros políticos do PMDB não queriam sua participação no movimento e que ela só passou a se apresentar após insistência de Lula. Na mesma entrevista, Fafá declarou ter sido muito próxima a políticos do PT, mas que sua relação com estes se definhou após ela ter declarado seu apoio a Tancredo Neves, cuja candidatura o partido foi contra. Fafá foi de suma importância para o comício realizado em 10 de abril de 1984, pois foi ela quem conseguiu fazer com que Dante de Oliveira subisse ao palco do evento, alegando para os policiais presentes que ele era o percussionista de sua banda.
PARTIDO DOS TRABALHADORES
Campanha Nacional de Filiação do PT convoca mobilização nacional
Mobilize-se. Filie-se ao PT.



O Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido político brasileiro. Fundado em 1980, é um dos maiores e mais importantes movimentos de esquerda da América do Sul. Maior partido na Câmara dos Deputados, o PT é o partido preferido de cerca de um quarto do eleitorado brasileiro desde dezembro de 2009. Os presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são amplamente reconhecidos como os membros mais notórios do partido. Seu símbolo é uma estrela vermelha de cinco pontas, com a sigla PT inscrita ao centro. Seu código eleitoral é o 13.

A fundaçãoComposto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação, no dia 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo. O partido é fruto da aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores (CUT), grupo ao qual pertenceu o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos setores da esquerda brasileira.

O PT foi fundado com um viés socialista democrático. Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), que reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABCD paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época, do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABCD, estimulado por lideranças anti-stalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político - uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarnosc na Polônia comunista de então.

O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático, tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista.
Apolonio de Carvalho
Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. A ficha de filiação número um foi assinada por Apolonio de Carvalho, seguido pelo crítico de arte Mário Pedrosa, pelo crítico literário Antonio Candido e pelo historiador e jornalista Sérgio Buarque de Hollanda.

Ideologia partidária oficial

O PT surgiu da organização sindical espontânea de operários paulistas no final da década de 1970, dentro do vácuo político criado pela repressão do regime militar aos partidos comunistas tradicionais e aos grupos armados de Esquerda então existentes. Desde a sua fundação, apresenta-se como um partido de Esquerda que defende o socialismo como forma de organização social. Contudo, diz ter objeções ao socialismo real implementado em alguns países, não reconhecendo tais sistemas como o verdadeiro socialismo. A ideologia espontânea das bases sindicais do partido - e a ação pessoal de lideranças sindicais como as de Lula, Jair Meneguelli e outros, sempre se caracterizou por uma certa rejeição das ideologias em favor da ação sindical como fim em si mesma, e é bem conhecido o episódio em que Lula, questionado por seu adversário Fernando Collor quanto à filiação ideológica do PT, em debate televisionado ao vivo em 1989, respondeu textualmente que o PT "jamais declarou ser um partido marxista".

Mesmo assim, o partido manteve durante toda a década de 1980 relações amistosas com os partidos comunistas que então governavam países do "socialismo real" como a União Soviética, República Democrática Alemã, República Popular da China, e Cuba. Estas relações, no entanto, jamais se traduziram em qualquer espécie de organização interpartidária ou de unidade de ação e não sobreviveram à derrocada do mesmo socialismo real a partir de 1989, não obstante a manutenção de certa afinidade sentimental de algumas lideranças do PT com o governo de Fidel Castro - como no caso emblemático do ex-deputado José Dirceu, que na década de 1960 foi exilado em Cuba e lá recebeu treinamento para a luta de guerrilha (da qual jamais participou concretamente). A liderança do PT mantém também boas relações com o governo de Hugo Chávez na Venezuela.

O PT nasceu com uma postura crítica ao reformismo dos partidos políticos social-democratas. Nas palavras do seu programa original: "As correntes social-democratas não apresentam, hoje, nenhuma perspectiva real de superação histórica do capitalismo imperialista. O PT organizou-se, no papel, a partir das formulações de intelectuais marxistas, mas também continha em seu bojo, desde o nascimento, ideologias espontâneas dos sindicalistas que constituíram o seu "núcleo duro" organizacional, ideologias estas que apontavam para uma aceitação da ordem burguesa, e cuja importância tornou-se cada vez maior na medida em que o partido adquiria bases materiais como máquina burocrático-eleitoral.

O partido se articula com diversos outros partidos e grupos de esquerda latino-americanos, como a Frente Ampla uruguaia, partidos comunistas de Cuba, Brasil e outros países, e movimentos sociais brasileiros, como o MST no chamado Foro de São Paulo, reunião de movimentos e partidos políticos de esquerda latino-americanos. Lula, afirmou no último desses encontros: "Precisei chegar à presidência da República para descobrir o quão importante foi criar o Foro de São Paulo".

Alguns afirmam que tais relações não se traduzem em qualquer espécie de unidade organizacional, ficando no nível da solidariedade política mútua em torno de certos objetivos comuns, como a luta pela unidade latino-americana e a oposição à penetração política estadunidense na América Latina. Esses últimos dizem que o que caracteriza o PT é uma certa adesão retórica ao socialismo, adesão esta que não se traduz em pressupostos ideológicos claros e consensualmente admitidos pela generalidade do partido. O ex-presidente do PT, José Genoíno, costumava afirmar que o socialismo e o marxismo tornaram-se, para o partido, mais "um sistema de valores" do que um conjunto de medidas para a transformação da sociedade.

Outros, discordando, caracterizam o Foro de São Paulo como um traçado de políticas conjunto e de fato, que foi o que permitiu a ascensão de Lula, de Hugo Chávez, de Evo Morales e da Frente Ampla, argumentando que essas políticas conjuntas estão traçadas nas atas desses foros, e são prontamente executadas pelos participantes presentes em governo. As ideologias políticas dos partidos e movimentos participantes do Foro de São Paulo diferem elas mesmas consideravelmente.

Poder-se-ia dizer, ainda, que, no PT, o trabalho ideológico-teórico sempre foi levado à reboque das origens concretas do partido. A favor dessa afirmação está o fato de que seu núcleo duro é composto por sindicalistas com uma preocupação, acima de tudo, com os interesses corporativos dos trabalhadores assalariados organizados, o que explicaria a facilidade com que o partido, uma vez no poder, adaptou-se à lógica da economia capitalista como um todo e a uma política econômica bastante ortodoxa. E não se trata, aqui, apenas da Presidência da República: já na década de 1990, prefeitos petistas como o futuro Ministro da Fazenda Antônio Palocci adotavam políticas de governo de tipo neoliberal (privatizações, cortes drásticos de gastos públicos) que em pouco distinguiam-se das propostas por seus análogos do PSDB ou dos Democratas (antigo PFL). Em julho de 2006, o próprio presidente Lula se declarou distante da esquerda, admitindo que em um eventual segundo mandato prosseguiria com políticas conservadoras.

Ainda assim, é possível contra-argumentar que uma regência capitalista da economia também foi praticada por Lênin, na chamada Nova Política Econômica, logo depois da revolução soviética. José Genoíno, em entrevista à Folha de São Paulo em Fevereiro de 2005, afirmou categoricamente que o governo Lula seguia a Nova Política Econômica leninista.

Deve-se lembrar, ainda, que a burocracia do PT, por conta das suas ligações com cúpulas sindicais como as da CUT, teve a oportunidade concreta de desenvolver estratégias de acumulação de capital através da administração de fundos de pensão privados (cujo desenvolvimento o governo Lula tentaria estimular na recente reforma da previdência), estratégias estas que acabariam por desenvolver uma certa identidade de interesses entre a burocracia do partido e setores da burguesia brasileira.



Na campanha eleitoral do PT em dezembro de 2011, deflagrou um slogan de mobilização nacional para angariar filiados 


O Partido dos Trabalhadores lançou no último dia 8 de dezembro de 2011, em seu programa partidário na TV e no rádio, a Campanha Nacional de Filiação. A divulgação da campanha continua através das inserções nacionais do Partido que começaram a ser veiculadas no sábado (10) e prosseguem nos dias 22, 24 e 27 de dezembro.
Com a campanha, o PT deseja convocar toda a nação brasileira para mobilizar-se pela continuidade da construção de um projeto nacional transformador.
“Em toda a parte, as pessoas estão mobilizadas para pedir mudanças, para reivindicar um novo mundo. E o Brasil é o país mais apto para realizar a maior revolução democrática do planeta. Porque, aqui, essa revolução já começou. Milhões de brasileiros melhoraram de vida, nossa economia se tornou a sétima maior do planeta e a imagem do Brasil se fortaleceu como nunca”, diz trecho da mensagem do presidente do PT, Rui Falcão, no hotsite da Campanha.
Na convocação é ressaltada a importante participação do Partido na mobilização do povo brasileiro nos momentos mais decisivos da sua história.
O PT hoje está organizado em mais de cinco mil municípios, conta com mais de 1,5 milhão de filiados e 60 mil dirigentes em todo o País. Governa cinco estados brasileiros e tem três vice-governadores e elegeu, em 2010, 14 senadores, 88 deputados federais e 149 deputados estaduais. Nas eleições municipais de 2008 foram eleitos 560 prefeitos, 428 vice-prefeitos e 4.166 vereadores petistas.
Em seu 4º. Congresso Nacional – Etapa Extraordinária, realizado este ano, o PT avançou ainda mais na consolidação da sua democracia interna e aprovou conquistas como a paridade de gênero e a ampliação da participação dos jovens e representantes da diversidade étnico-racial.

Hoje o PT é um partido, que realmente está partido/dividido entre as lideranças de mais notoriedade devido aos últimos episódios do movimento que está ocorrendo em todo país de modo geral.
Estamos vendo aí um Lula omisso e sumido, o que já um grande líder em movimentos de reivindicações diversas, com certeza anda meio que na retaguarda dos acontecimentos estudando uma saída estratégica para a situação. Podemos assistir uma Dilma como presidente assustada, o que demonstrou claramente em seu último pronunciamento a nação. 
Só o fato de não conseguir transmitir ao vivo seu pronunciamento deixou claro o medo de errar no que haveria de dizer, porém foi mais infeliz ainda ao dizer um monte de abobrinhas, como exemplo o fato de trazer médicos do exterior, não falando quais suas reais intenções sobre os médicos brasileiros, omitindo o péssimo salário dos mesmo. 
Prometeu um investimento de 100% dos lucros do petróleo à saúde, porém omitiu o que fazer com os hospitais falidos e sucateados em todo o país, bem como o incentivo aos profissionais da área, como; Auxiliar de enfermagem, enfermeiros entre tantos outros.
Também deixou-nos no escuro sobre o que pensa ou irá fazer respeito à corrupção, apenas dizendo que está disposta em cobrar transparência na coisa pública e que estará em diálogo com os lideres do movimento.
Esperamos que ao se reunir com estes receba a cobrança da real transparência, haja visto que há muito se mostrar à população, tipo; gastos com passagens aérea, cartões corporativos da presidência e demais políticos.
Acredita-se que o partido dos trabalhadores está neste momento na berlinda como iremos ver abaixo uma matéria da Folha de São Paulo do historiador Lincoln Secco. 


A direção do PT está em pânico, diz historiador



Na quarta-feira, enquanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciavam, constrangidos, o cancelamento do reajuste no transporte, começava a ganhar corpo no comando do PT a ideia de tomar as ruas no dia seguinte, numa tentativa de reverter a imagem de partido vilão dos protestos.
Uma das marcas dos atos que pipocaram em diversas cidades do país foi o repúdio a qualquer tipo de manifestação partidária durante as passeatas. Algo talvez inédito na história das manifestações políticas brasileiras. Desde o início, foram muitos os depoimentos de censura e agressões contra quem tentasse levantar cartaz ou bandeira de partido político.
Com a presidente Dilma Rousseff e o próprio Haddad entre os principais alvos das manifestações, não é difícil entender porque o PT acabou sendo o mais hostilizado.
Na quinta, conforme o plano petista, alguns grupos de simpatizantes da sigla saíram de vermelho com suas bandeiras para se juntar à manifestação convocada para a avenida Paulista. A ideia era "comemorar" a redução das tarifas. O resultado foi um quebra-quebra entre os manifestantes em que os petistas, justamente por estarem de vermelho, ostentando símbolos da legenda, levaram a pior.
O ato simbólico mais revelador da derrota petista foi protagonizado pelo presidente nacional da sigla, o deputado estadual Rui Falcão, de São Paulo.
Na própria quinta, enquanto militantes da sigla ainda apanhavam na rua, Falcão retirou de sua conta no Twitter a mensagem do dia anterior com a hashtag #OndaVermelha. O chamamento que convocava a militância petista para a reação simplesmente desapareceu.
Antes do conflito das bandeiras na Paulista, o historiador Lincoln Secco, autor de livro sobre a história do PT, já tinha uma conclusão sobre a repercussão dos protestos no interior da legenda: "A direção do PT está em pânico".
"É a primeira vez que o PT precisa enfrentar um movimento de massas", constata Secco. "Embora não seja só contra o partido, é contra ele também. Contra alguns de seus governos. Isso é inédito." O PT, diz Secco, não enfrentou esse tipo de problema em 2005, quando o do mensalão veio à tona, porque os protestos convocados contra o governo Lula "não pegaram".
"Acho que só pelos erros que o Haddad cometeu, isso é um indício que a direção do PT está em pânico. Não sabe o que fazer".
Para o pesquisador, os protestos serão lembrados como um marco para a sigla. "O que se viu nesses dias foi um partido que envelheceu distanciado da juventude, de novos movimentos sociais. Controla os antigos, mas não inova."
Entre os erros de Haddad, Secco cita o fato de o prefeito ter autorizado o aumento da passagem de ônibus antes de cumprir a principal promessa de sua campanha, o bilhete único mensal. Lembra também que, ao ficar dando ênfase para um aumento abaixo da inflação, não percebeu que as pessoas não estavam preocupadas com o índice de preço, mas com o aumento em si, qualquer que fosse o reajuste.
Se há um consolo para o partido, está no fato de não parecer existir no atual cenário político nenhuma sigla concorrente em condições de lucrar com os movimentos que tomaram as ruas.
"A partir de um momento, todos políticos deram declarações elogiosas ao movimento: Dilma, Aécio, Eduardo Campos e Marina Silva. Mas eles não têm condições de ir para a rua e dizer isso. Estão disputando a leitura do movimento, não a direção." (RM)





***FRANCIS DE MELLO***