quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"MAIORIA DOS CRISTÃOS EVANGÉLICOS SÃO DO ESTADO DO ACRE"


Maioria dos acreanos são evangélicos


















Em segundo lugar está o estado de Rondônia com 19,95%.



O Acre está no topo da lista dos Estados brasileiros com maior número de evangélicos pentecostais do Brasil, com o índice de 24,18% do total, segundo revela o novo Mapa das Religiões elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em Rio Branco, a proporção é de 28,43%.
Os resultados foram formados com base em dados de 2009 da Pesquisa de Orçamento Familiar, do IBGE. Em segundo lugar está o estado de Rondônia com 19,95%, seguido por Pará (19,41%) e Amapá (19,01%). São Paulo ficou em 13º lugar, com 14,62%, e o Rio de Janeiro em 15º, com 14,18%.
No ano da pesquisa, os fieis das pentecostais representaram 12,76% da população. Segundo o pesquisador Marcelo Néri, o responsável pelo mapa, a Assembleia de Deus já é a segunda maior igreja do Brasil, abaixo da Católica. A pesquisa também revelou que as igrejas pentecostais são as que mais têm se expandido no território brasileiro.
Os evangélicos — pentecostais e de outras denominações — subiram de 17,9% em 2003 para 20,2% em 2009. Eles são representativos principalmente nas classes D e E, afirmou Néri.
Em 2011, uma pesquisa divulgada por um jornal local, confirmou as constatações da FGV, quando 53,3% dos entrevistados se disseram evangélicos. À época, o deputado Astério Moreira declarou na tribuna, o seguinte: "Agora sabemos que é real, a maioria é evangélica no Acre. Isso significa que nós, evangélicos, representamos uma força política, um mercado consumidor e um contribuinte forte para os cofres públicos, pois todos nós pagamos impostos, o que nos permite cobrar melhores serviços", afirmou.

Dia do evangélico diverge opiniões
Na última segunda feira, 23 de Janeiro, foi comemorado o dia estadual do evangélico, cujo projeto de lei foi apresentado pelo deputado Helder Paiva, e sancionado em 2004 pelo governo do Estado.
Entretanto, o assunto ainda diverge opiniões. A acadêmica de jornalismo Anne Moura, discorda que os evangélicos tenham o seu dia, pois segundo ela, se há o dia do evangélico, deveria ser criado também o dia de cada outra religião.
Mas o assunto gera polêmica também dentro do próprio segmento cristão. A pastora presidente da Comunidade Apostólica, Isa Carvalho, diz que é a favor da comemoração ao dia do evangélico, mas que discorda que esse dia seja um feriado, pos apesar do número de evangélicos ser expressivo no Acre, torna-se injusto com os adeptos das demais crenças e religiões.
Questionada se há ausência de unidade entre as igrejas para promoverem ações que beneficiem a sociedade como um todo a pastora afirma que sim, mas reitera que ainda existe certo individualismo entre a maioria das denominações.
Mageana Carvalho, uma das pastoras da igreja Comunidade Apostólica do Conjunto Esperança, se diz favorável à existência de um dia simbólico para que a ação de Deus seja festejada, pois para ela, é uma forma de honrar o trabalho de todos os cristãos do estado do Acre. Contudo, ela afirma que a data não deveria ser segmentada aos evangélicos, pois esse é também um tempo de reflexão.
“Ser evangélico no Acre é uma grande responsabilidade, pois é algo que tem que ser levado muito a sério. Sobretudo, sonho com o dia em que nós vamos trabalhar em unidade, através de atividades que venham beneficiar toda a população, e não só o nosso segmento”. Afirma.
Para Sérgio Muradh, pastor da igreja Catedral da Bênção em Brasília (DF), o dia do evangélico é um dia de festa e principalmente de reflexão. Ele ressalta que outrora, o Brasil era considerado uma nação católica e que hoje já é a maior nação evangélica.
Segundo Muradh, é necessário que a igreja como um todo, se atente também às causas sociais que são tão importantes quanto às causas internas. Por isso, segundo ele, faz-se necessário o compromisso e a unidade interdenominacional, pois todos os líderes de ministérios deveriam estar unidos por um só amor, que é Deus. 

A “arte” do evangelismo 

Quando se fala em evangelizar ou pregar a palavra, o assunto remete a muitos, pensamentos conservadores e singulares. Contudo, uma forma incomum, porém, cada vez mais frequente de ser evangelizado é encontrada pelas ruas de Rio Branco: o grafite.
Grafite é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado, sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Outrora visto como contraventivo, atualmente o grafite já é considerado uma forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais.
Há também a aerografia, que é oriunda do grafite, porém, trata-se de inscrições de fato refinadas e pode ser feita em superfícies como tecidos, chapas galvanizadas, ambientes internos, entre outros. Com a finalidade de evangelizar através de seus trabalhos, o grafiteiro acreano Matias Souza é apontado como precursor do movimento evangélico no Hip Hop, que agrega o breaking dance, o rap, o Djing, e a escrita do grafite.
Para Souza, o retorno de seu trabalho é sempre gratificante. Ele conta que há algumas semanas, promoveu uma exposição de aerografia em Rio Branco, e em durante determinado dia de exposição, presenciou um dos atos mais marcantes de sua vida.
“Eu estava em um dia comum de exposição quando um homem entrou no local e começou a admirar um quadro que falava sobre o vale de ossos secos (previsto na bíblia sagrada), de repente, ele começou a chorar e em prantos, disse que era um pastor que há tempos estava fora da igreja, e naquele momento, ele se reconciliou com Deus”. Com certeza, esse foi um dos momentos mais marcantes da minha vida, relata. 

Breaking dance atua na ressocialização de jovens e adultos 


Outra ação que tem sido cada vez mais apoiada entre as igrejas, é a implantação de ritmos musicais que atuam na ressocialização de jovens e adultos. É o caso do breaking dance.
Segundo Valcicléia Amorim, co-criadora do grupo Trindade Crew, o grupo atua em 5 bairros da capital desmistificando ideias e evangelizando através da dança. Tancredo Neves, Conjunto Esperança, Montanhês e Mocinha Magalhães são alguns dos bairros em que atuam.
Cerca de 100 jovens entre 5 e 35 anos de idade já passaram pelo grupo que recebe os jovens e os encaminha às igrejas mais próximas dos respectivos bairros. Em casos extremos, o grupo alerta que encaminha o integrante à atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), localizado no bairro Manoel Julião. 


“Deus mudou a minha vida!” 


O depoimento a seguir é da chefe de cozinha Leude Alves, evangélica desde 1994. “Converti-me em meados de 1994 e desde então, tenho buscado direção de Deus em minha vida em todos os aspectos. Deus mudou a minha vida! Mas mudou principalmente meu modo de ver as coisas e de viver. As coisas nem sempre são maravilhosas e os problemas parecem ganhar um novo significado em nossas vidas. Mas agora sei que não estou sozinha e tenho total confiança em Deus. Estou fora do Brasil desde 2005 e ao chegar a Portugal, um país em sua maioria católico, não tinha conhecimento de igrejas evangélicas por aqui, mesmo assim, as palavras e os ensinamentos de Deus estavam cada vez mais fortes em meu coração.
Em uma viagem à Rio Branco, fui orientada por Deus a abrir uma célula (reunião familiar) em minha casa, e ao voltar, coloquei em prática a iniciativa e desde então, tenho acompanhado dezenas de conversões de pessoas de diferentes países, o que me deixa feliz e cada vez mais confiante em Deus. Esta célula culminou na abertura de uma igreja, onde podemos contemplar a glória de Deus e a salvação de vidas. Jamais pensei em largar o evangelho, pois largar o evangelho para mim seria como largar Deus. Ser evangélico é ser livre acima de tudo! 


Ranking dos Estados com mais pentecostais do Brasil: 

1 – Acre: 24,18%
2 – Rondônia: 19,75%
3 – Pará: 19,41%
4 – Amapá: 19,01%
5 – Distrito Federal: 18,87%
6 – Roraima: 18,28%
7 – Goiás: 15,65%
8 – Mato Grosso do Sul: 15,52%
9 – Tocantins: 15,51%
10 – Espírito Santo: 15,09%
11 – Amazonas: 15,09%
12 – Mato Grosso: 14,95%
13 – São Paulo: 14,62%
14 – Paraná: 14,48%
15 – Rio de Janeiro: 14,18%
16 – Pernambuco: 12,24%
17 – Minas Gerais: 11,63%
18 – Maranhão: 11,58%
19 – Rio Grande do Norte: 11,34%
20 – Rio Grande do Sul: 9.78%
21 – Santa Catarina: 9,18%
22 – Ceará: 9,17%
23 – Alagoas: 8,63%
24 – Bahia: 8,44%
25 – Paraíba: 7,80%
26 – Piauí: 6,18%
27 – Sergipe: 4,75%

Região metropolitana (só a periferia da capital)

1 – Belo Horizonte: 24,48%
2 – Curitiba: 24,21%
3 – Salvador: 24,02%
4 – Rio de Janeiro: 20,25%
5 – Belém: 20,05%
6 – Recife: 16,95%
7 – São Paulo: 16,19%
8 – Porto Alegre: 12,69%
9 – Fortaleza: 10,45%

Capitais

1 – Rio Branco (AC): 28,43%
2 – Belém (PA): 22,99%
3 – Boa Vista (RR): 21,21%
4 – Porto Velho (RO): 19,02%
5 – Brasília (DF): 18,82%
6 – Macapá (AP): 18,38%
7 – Palmas (TO): 17,44%
8 – Campo Grande (MS): 17,18%
9 – Curitiba (PR): 16,07%
10 – Manaus (AM): 15,30%
11 – Goiânia (GO): 14,91%
12 – Belo Horizonte (MG): 13,44%
13 – São Luís (MA): 13,11%
14 – Cuiabá (MT): 13,04%
15 – Natal (RN): 12,18%
16 – Maceió (AL): 11,84%
17 – Fortaleza (CE): 11,56%
18 – João Pessoa (PB): 11,01%
19 – Rio de Janeiro (RJ): 10,95%
20 – São Paulo (SP): 10,67%
21 – Recife (PE): 10,36%
22 – Salvador (BA): 10,01%
23 – Vitória (ES): 8,42%
24 – Porto Alegre ( RS): 8,03%
25 – Florianópolis (SC): 6,81%
26 – Teresina (PI): 5,90%
27 – Aracaju (SE): 4,18%





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***FRANCIS DE MELLO***

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